Rua Direita, em que o sol estreita os raios
num único os raios oblíquos
uma rua de Damasco, simples endereço
onde por um acidente celeste
Saulo entrou, hóspede
dos planos divinos e esperava
os dias eram cegos com o olhar colado a escamas
tremia ainda, pelo calafrio da luz
que penetrara até à raíz dos olhos?
pela Voz que, qual punho, o derrubara
na poeira de veludo da estrada de Damasco?
14/3/2012
© João Tomaz Parreira