segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

E no fim, Quando o governo concluir a sua missão de destruição do País e dos portugueses, Sobrarão os bancos...




Acreditar que a intervenção do Estado no Banif terá sucesso corresponde à mesma coisa que supor serem os êxitos iniciais da ofensiva alemã das Ardenas, em dezembro de 1944, uma sólida garantia da capacidade de Hitler inverter a sorte da guerra... Não há leitura técnica de mais este caso revoltante. Apenas uma leitura política e ideológica. Este é um governo que promove a luta de classes. Quis colocar os portugueses uns contra os outros, conseguindo unir sindicatos e patrões na mesma recusa ética da redução da TSU. Incita os jovens a hostilizarem os pensionistas. Desmoraliza os trabalhadores no ativo, alimentando o ressentimento de desempregados contra modestos salários, apresentados como privilégios. Movido pela sua ideologia da luta de classes, este governo não respeita a palavra dada, como se viu na abrupta redução para 12 dias da indemnização por despedimento. A transferência, num plano kamikaze, de 1,1 mil milhões de euros das dívidas do BANIF para o erário público, numa nacionalização de prejuízos, sem qualquer discussão parlamentar, exorbitando as competências do executivo, violando o princípio republicano do consentimento fiscal, constitui uma verdadeira confissão da natureza classista da política que o ministro das Finanças conduz em Portugal, em articulação com a fação predatória de ministros-banqueiros e banqueiros-ministros que visa submeter os povos da Europa ao jugo da indigência. Este ministro desembarcou em Lisboa como uma espécie de Lenine monetarista na Gare da Finlândia. Ele constitui a principal ameaça à coesão social e à tranquilidade pública. Veio com a missão de subverter o país e obrigar Portugal a uma nova revolução. Só que, na revolução tal como na guerra, sabe-se como as coisas começam, mas nunca como e quando acabam.


Viriato Soromenho Marques in Diário de Notícias Online