Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, percebi que, durante vários anos, eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que haviam crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar – e pela amizade distante que eu tinha com o Senhor. Finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia-me que como médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatómicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de facto suportou durante essas horas de tortura? [...]