[ Foto jornal Público ]
Uma equipa internacional de astrónomos conclui, na edição de amanhã da revista "Nature", que uma explosão estelar observada em 2007 é o primeiro exemplo registado de um tipo diferente de supernova.
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Quando uma estrela 10 a 140 vezes mais maciça que o Sol se esgota, morre numa fulgurante explosão ou supernova. A estrela original, cujo núcleo ficou reduzido a ferro inerte, colapsa sob o efeito da gravidade, libertando gigantescas quantidades de energia. No fim, só resta uma estrela de neutrões ou um buraco negro. Uma supernova famosa é a SN 1987A, observada em 1987 na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia próxima da nossa.Mas a teoria também prevê que as estrelas com mais de 140 vezes a massa do Sol, cujo núcleo seria de oxigénio, se desintegrariam numa explosão termonuclear desencadeada pela conversão de fotões em pares de electrões e positrões. A desintegração, desta vez, seria total. Avishay Gal-Yam, do Instituto Weizmann de Ciência em Revohot, Israel, e colegas, afirmam que foi o que aconteceu à supernova SN 2007bi. A descoberta é importante uma vez que, como se pensa que as estrelas supermaciças eram correntes nos primórdios do Universo, supernovas como esta podem ajudar a perceber a evolução do jovem Universo.
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In jornal Público Online