O geneticista James Watson, distinguido com o prémio Nobel da Medicina de 1962 por ter desvendado a estrutura molecular do ADN, a substância essencial da vida, prevê para próxima década a descoberta da cura do cancro.
.
Em declarações à agência Lusa em Lisboa, onde hoje à tarde proferiu uma conferência organizada pela Fundação Champalimaud, de que é presidente do conselho científico, James Watson, 81 anos, classificou o cancro como o "santo Graal" da ciência humana."A guerra ao cancro foi declarada nos Estados Unidos há cerca de 40 anos", afirmou. "Será uma guerra de 100 anos, de 70 anos? Eu acho que será de 50 anos", acrescentou
O cientista declarou-se "muito optimista" porque já "foi longo o caminho trilhado" e que a partir de agora "é preciso passar da compreensão à cura do cancro".
"Penso que agora conhecemos bastante bem o inimigo", sublinhou.Interrogado sobre o papel da genética na luta contra o cancro, o cientista disse que ela por si só não cura, mas conduz à bioquímica e "para curar o cancro é preciso pensar em bioquímia".
"A genética diz-nos o que está errado", cabendo à bioquímica desenvolver medicamentos cada vez mais eficazes contra a doença, afirmou. "Muitas pessoas não têm esperança e há razões para lhes dar esperança", garantiu. Um dos motivos do seu optimismo é que o preço dos tratamentos genéticos está a baixar progressivamente, pelo que o seu custo deixou de ser um obstáculo, como era no passado. "A chave não é o dinheiro, mas a determinação", sublinhou. "O cancro é um inimigo astuto e sofisticado, que exige repostas sofisticadas". [...]
.
Ler texto integral AQUI no Diário de Notícias de 06 de Novembro de 2009