segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

NO ANO DE DARWIN

Darwin, o Agitador.

“Há algo de subtilmente irónico nos retratos do homem que desafiou o mito da criação divina das espécies. Com a sua longa e farta barba branca, sobrancelhas carregadas e um nariz que o próprio considerava desproporcionado, Charles Darwin é a imagem de um profeta.

Do adolescente que preferia a caça à galinhola e as colecções de escaravelhos aos estudos não reza a história, pelo menos a que é contada pelas fotografias mais célebres da época. As que sobrevivem são a prova da sua própria evolução: do jovem nascido no seio de uma família abastada ao cientista notável, celebrado este ano por ocasião do bicentenário do seu nascimento (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809) e do 150º aniversário da publicação da sua obra de referência, "A Teoria das Espécies", que revolucionaria para sempre a concepção do mundo natural.

"Só te preocupas com a caça, os cães e os ratos. Serás uma vergonha para a família e para ti mesmo", ter-lhe-á dito um dia o pai, conhecido médico. Por influência deste, inscreve-se com o irmão no curso de Medicina, mas acaba por desistir por não suportar ver sangue. Segue então o curso clássico em Cambridge com o objectivo de se tornar pastor da Igreja anglicana, mas a única disciplina que frequenta com regularidade é a de Botânica.

Aí conhece o professor John S. Henslow, um encontro que lhe proporcionará a viagem decisiva para a elaboração da sua revolucionária teoria. Pouco depois de terminar os estudos, Henslow recomenda-o para o cargo de naturalista na expedição do "HMS Beagle", um pequeno barco da marinha britânica que partirá numa viagem de circum-navegação para completar o estudo hidrográfico da América do Sul. "Não é que vos considere um naturalista consumado, mas sois capaz de coleccionar e de notar o que é digno de ser registado", escreve o mentor na carta que lhe dirige.

A 27 de Dezembro de 1831, após vários adiamentos, o "Beagle" zarpa finalmente de Devonport para uma viagem que deveria durar três anos mas que se prolongará por cinco. A primeira escala é a ilha vulcânica de Santiago, em Cabo Verde, depois de um surto de cólera em Inglaterra ter impedido Darwin de concretizar o sonho de conhecer Tenerife.

Nas suas notas, o comandante do "Beagle", Robert FitzRoy, dá conta do desalento do jovem: "Ter visto (o pico de Tenerife), ter ancorado e estado a ponto de desembarcar, e entretanto ser obrigado a ir embora sem a menor perspectiva de ver Tenerife de novo, foi para ele uma verdadeira calamidade." Foi a segunda vez em poucos dias que Darwin viu frustrados os seus planos de ir a terra. A 4 de Janeiro de 1832, uma semana depois de ter zarpado, o "Beagle" passou ao largo da costa de Porto Santo mas o mau tempo não permitiu que a embarcação ancorasse. "Estava tão doente que nem sequer me pude levantar para ver a Madeira", anota no seu diário de bordo.

Paragem nos Açores

A última escala, antes da chegada ao porto de Falmouth, a 2 de Outubro de 1836, foi também em território português, na Ilha Terceira, Açores, onde Darwin se manteve seis dias a fazer explorações geológicas. Pelo meio ficava uma odisseia com vários capítulos, com destaque para a famosa passagem pelas Galápagos, em Setembro e Outubro de 1835. Neste arquipélago vulcânico do Pacífico, o naturalista descobriu sete variedades de tartarugas gigantes, cada uma ocupando a sua ilha. Apesar de apresentarem pequenas diferenças, eram muito semelhantes entre si, levando-o a concluir que tinham uma origem comum. Estas observações, bem como as de pequenas aves conhecidas como tentilhões, serão decisivas para a formulação da sua teoria.(…)”

Versão Integral do Texto. LER AQUI

Por Nelson Marques In Jornal Expresso, 31, Janeiro, 2009 ***************************************************************

150 ANOS DEPOIS DE DARWIN

Completar-se-ão, no corrente ano, 150 anos sobre a publicação da obra de Darwin “A Origem das Espécies”.

Pessoalmente, sou obviamente criacionista, mas julgo que a afirmação do Criacionismo, não se deve fazer apenas no campo do “sou criacionista porque acredito na Bíblia e pronto” , mas fundamentalmente no confronto com todas as teses evolucionistas, no mesmo campo em que elas esgrimam e pretendam sobrepor-se ao criacionismo, enquanto explicação única para a origem das espécies, demonstrando e provando que, não sendo um tratado sobre ciência, a Bíblia Sagrada oferece-nos a compreensão clara de como as coisas se passaram, sem que isso signifique, ao contrário do que muitos evolucionistas pensam, colocar de parte o campo de explicação científica para um alargado expectro de questões que têm a ver com a criação e adaptação ( evolução?! ) das espécies que povoam o nosso planeta.

Pontualmente, durante os próximos tempos, traremos a este blogue, posições, estudos e teses de Evolucionistas e Criacionistas. Deixaremos as conclusões para quem aqui acompanhar de perto este assunto.