O maior telescópio de infravermelhos do mundo superou todas as expectativas da ESA
O telescópio espacial europeu Herschel produziu a sua primeira imagem, da galáxia M51, popularmente conhecida por "remoinho", e o resultado deixou os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) em estado de euforia. "Ninguém no seu perfeito juízo poderia prever uma qualidade desta na primeira tentativa", disse o responsável pela operação do telescópio, Albrecht Poglitsch, citado pela BBC.
Esta máquina detecta a luz infravermelha e só devia começar a operar dentro de algumas semanas, mas foi executada uma experiência e o resultado do teste surpreendeu toda a gente.
Com três metros e meio de diâmetro, o Herschel é muito maior do que os telescópios que operam nos maiores comprimentos de onda e a sua imagem da M51 permite observar estruturas invisíveis para o congénere americano, o Sptizer.
O Herschel foi lançado para o espaço em Maio e a sua missão será a de observar o interior das nebulosas e das galáxias onde se estão a formar novas estrelas.
O custo total da máquina foi de mil milhões de euros e o nome oficial do telescópio é Photoconductor Array Camera and Spectrometer (PACS). Refira-se que o Herschel ainda está em fase de afinação e outra componente da máquina inclui um espectrómetro. A imagem agora produzida é uma composição de três imagens tiradas a outros tantos comprimentos de onda (70, 100 e 160 microns).
A galáxia remoinho foi primeiro observada pelo astrónomo Charles Messier, em 1773, daí a designação científica de M51. Este objecto encontra-se a 35 milhões de anos-luz (próximo, em termos de galáxias) e tem uma estrutura em espiral muito fotografada pelos telescópios convencionais, sendo a primeira do género jamais detectada.
In Diário de Notícias OnLine de 21 de Junho de 2009