Comecei a minha pregação de ontem lembrando que um cristão não tem que andar sempre a sorrir. Numa leitura, ainda que breve, da biografia do Apóstolo Paulo descrita na segunda carta aos Coríntios (1:8-9; 4:7-10; 6:4-10; 12:7-10), percebe-se facilmente que o grande mensageiro da graça de Deus era um homem comum. Um homem cheio de tribulações, tristezas, angústias, lutas, oposições e mesmo contradições. Um cristão que vivia aquilo que Watchman Nee designou por “paradoxo inerente”, «ser um cristão é ser uma pessoa em quem há uma inconsistência fundamental. O cristão é aquele quem existe um paradoxo inerente. Esse paradoxo vem de Deus. Algumas pessoas pensam que no viver cristão só existe o tesouro e não o vaso de barro.» O Apóstolo Paulo tinha consciência clara da sua própria fragilidade e fraqueza e que o poder e a excelência eram de Deus. Um cristão também atravessa na sua vida aflições, tristezas, angústias inconsistências e mesmo dúvidas, e isto sucede, para que se lembre que precisa confiar mais no Tesouro-Deus, e menos em si próprio (2Coríntios 1:9). O poder, a força e a glória pertencem somente a Deus. O único tesouro é Ele. Nós, somos apenas barro.
-“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” 2ª Coríntios 4:7-10.
Via Canto do Jo
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Obrigado, meu caro Jorge Oliveira por nos lembrar algo de que o "novo", e às vezes "velho" cristianismo, parece andar tão arredio.
JL