A Exposição aos Hebreus tem pouquíssimas marcas do seu tempo, contextualizações e referências contemporâneas(quase todas nos últimos sete versículos) e no entanto tem um capítulo que é uma espécie de sumário do Velho Testamento, uma historiografia da Fé.Não mostra nome de autor, por evidências internas no texto (5,12-13; 13,23) a garantia de ter sido escrita pelo apóstolo Paulo não é definitiva, nem tão pouco por Pedro (11,7; 13,20), não obstante o que poderia parecer evidente. Também não por Apolo, embora Lutero lançasse por muito tempo hipóteses. Apenas para citar termos empregues que estão na linha de pensamento e expressão, ou referências históricas pessoais daqueles dois apóstolos e autores bíblicos, atentos à estrutura estilística de algumas frases.Tão-pouco se dirige a alguma igreja territorialmente implantada. Quando se refere a uma, no sentido de assembleia, fá-lo de uma forma universal e, digamos assim, cósmica e espiritual: a universal assembleia dos santos, a paneguris ekklésia.No entanto, é uma epístola que pode ser designada como historiográfica porque também trata de História, a história do povo hebreu, na perspectiva mosaica, e a referência dos factos da fé dos patriarcas antes da história. [...]
João Tomaz Parreira
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