Piloto a rezar !
Apertem os cintos.
Tunisino que pilotava avião que caiu foi condenado por preferir orar em vez de adoptar medidas de emergência.
Quase toda a gente já imaginou o que faria se estivesse num avião prestes a cair. A maioria das pessoas garante que, na hora “H”, fecharia os olhos e começaria a orar – a menos que estivesse aos comando do avião, é claro. Pois foi justamente por entregar o seu destino a Deus, diante da queda iminente da aeronave que conduzia que o piloto tunisino Chafik Gharby foi condenado a dez anos de prisão. Acusado de ter começado a rezar em lugar de tomar as necessárias medidas de emergência para evitar que o avião caísse, matando dezesseis das 39 pessoas a bordo, o piloto foi sentenciado por homicídio involuntário (quando não se tem a intenção de matar).
O acidente aconteceu em 6 de Agosto de 2005. O bimotor da companhia Tuninter viajava da cidade italiana de Bari para a ilha de Djerba, na Tunísia, no dia 6 de Agosto de 2005. Quando sobrevoava a região da Sicília, ainda em território italiano, os motores começaram a falhar. Segundo as investigações, o avião apresentou um problema no contador de combustível, e embora houvesse a indicação de tanque cheio, não tinha combustível suficiente para a viagem. Segundo os promotores, quando o problema se manifestou, Gharby entrou em pânico, começando a rezar em vez de tomar as medidas de emergência. Quando resolveu agir, era tarde. Ele optou por fazer uma aterragem forçada nas águas do Mediterrâneo, a 13 quilómetros da costa siciliana, ao invés de tentar alcançar o aeroporto mais próximo. Os sobreviventes conseguiram nadar e agarrar-se a destroços depois do avião bater no mar.
Outras seis pessoas, incluindo o co-piloto e o presidente da companhia aérea, foram condenadas a penas que vão de oito a 10 anos de prisão. Os réus, no entanto, ainda podem apelar das sentenças e permanecerão em liberdade até que o processo termine.
In Cristianismo hoje
Adaptado ao português usado em Portugal por Ab-Integro