Na Papua Nova Guiné
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Descobertas 56 novas espécies animais e vegetais
Cinquenta e seis espécies animais e vegetais foram descobertas durante uma expedição científica de dois meses nas florestas virgens da Papua Nova Guiné. São aranhas, sapos e plantas sobre os quais nunca tinha sido feito qualquer registo, anunciou ontem a Conservation International, que organizou a expedição.
Cientistas britânicos e canadianos deslocaram-se às ilhas do Pacífico para, em conjunto com cientistas locais, explorarem territórios tropicais virgens que possuem uma vasta riqueza de fauna e flora. Cinquenta aranhas, três sapos, duas plantas e um lagarto até agora desconhecidos foram o resultado da investigação, feita no ano de 2008.“Quando se encontra algo novo tão grandioso e espectacular, é uma prova de que há muito mais por aí que desconhecemos”, afirmou o cientista que liderou a expedição, Steve Richards, citado pelo diário espanhol "El Mundo".
Aranhas que podem dar saltos de 15 centímetros, sapos com um coaxar muito alto e lagartos que têm os dedos tortos são alguns exemplos do que foi encontrado nas ilhas da Papua Nova Guiné.
Além disso, cerca de 600 espécies foram também alvo de estudo, com o intuito de aumentar a documentação científica existente sobre elas.
A maior parte das florestas da Papua permanecem intactas graças ao cuidado das tribos locais. São tribos que dependem da vida selvagem para caçar e colher fruta e vegetais. “É o profundo conhecimento que possuem da área em que habitam que os leva a preservar a vida selvagem e o meio ambiente”, afimou à AFP Bruce Beehler, da Conservation International.
O papel destas florestas no que diz respeito ao abrandamento das alterações climáticas é fundamental, uma vez que absorvem enormes quantidades de dióxido de carbono.Desde 1990 foram realizadas pela Conservation International mais de 60 expedições pelo mundo que levaram à descoberta de cerca de 700 espécies provavelmente novas para a ciência. Neste momento estão planeadas mais três expedições já a partir do mês de Abril.
In jornal Público de 26 de Março de 2009