Todas as gerações do passado se percebiam como o centro do universo. Sentíamo-nos especiais, e as nossas antigas cosmologias reflectiam isso. Éramos a criação mais sublime de Deus, o estado da arte da criatividade divina. Sempre fomos antropocêntricos, mas desde que Copérnico empurrou a Terra para fora do centro e Newton desvendou um cosmos mecanicista, um mal-estar sobreveio à humanidade. Destronados pela ciência, os nossos mitos perderam o seu apelo centralizador. Passámos a ser apenas poeira estelar num pálido ponto azul, a girar em torno de uma estrela inconspícua entre milhões de outras, numa galáxia periférica entre biliões de outras galáxias. Subitamente tornamo-nos muito pequenos, aparentemente insignificantes. No lugar das antigas cosmologias que nos colocavam no centro do cosmos e nos proporcionavam significado, fomos inundados com uma enxurrada de dados científicos frios, que pouco ou nada significam para a maioria das pessoas. Mas isto não é motivo para pânico, pois de acordo com o cosmólogo Joel R. Primack e a sua esposa, a advogada e filósofa da ciência Nancy Ellen Abrams, a própria ciência está novamente a puxar-nos de volta para o centro, embora de maneiras inusitadas.
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Via O observador Antrópico