Igreja. Quando penso nela fica-me a idéia de um lugar cheio de pessoas. Pessoas alegres, transformadas por um encontro com Cristo. Pessoas que tiveram uma mudança radical de vida, e encontrando a verdadeira Vida, agora vivem diferentes. Tudo isto é muito bonito em teoria. Na prática, quando penso na Igreja, vejo um lugar cheio de pessoas. Mas essas pessoas estão muito aquém do que deveriam ser, longe do ideal proposto por Jesus, o “Senhor da Igreja”. A começar por mim, vejo que nos transformámos num amontoado de pessoas falhas que estão a procurar acertar no alvo, apesar da presença constante e devastadora do pecado, que destrói boa parte daquilo que vamos construindo na nossa jornada de fé. Mas para além de todos estes problemas ainda há a presença daqueles que estão entre nós só para “fazer número”. São pessoas que confundem a essência de tudo: a Igreja é o POVO, e não a INSTITUIÇÃO, O PRÉDIO! Essas pessoas vão ascendendo aos lugares de liderança e com as suas vidas amargas deixam de lado os princípios básicos do cristianismo (para não falar da boa educação). E assim a convivência vai-se tornando difícil, até ao ponto de muitos “recém-nascidos” abandonarem a igreja , ou morrerem por entre muitas discussões “teológicas” que não levam a lugar nenhum.
Quando a Igreja deixa de ser corpo para ser instituição, começa a sua derrocada. Os mais insistentes vão tentando, mas os fariseus prosperam a olhos vistos. O que acontece é que as pessoas vão ficando feridas, e para não virem a sofrer de “infecção espiritual generalizada”, fecham-se sobre si próprias. É aí que começa o processo de endurecimento do coração. Começam a recusar cargos, começam a fazer apenas o necessário, começam a … deixar de viver a vida da fé em comunidade. Os fariseus, por sua vez, “não deixam o osso...!”
Hoje percebo a razão para muitos preferirem “anular-se” afim de poderem sobreviver na fé. Alguma coisa tem que ser feita. Precisamos parar, reflectir, e pedir perdão. Precisamos também mudar de vida. Resgatar os princípios bíblicos, estimular a convivência sadia entre os irmãos e derrubar o que precisar ser derrubado para construirmos algo mais sólido.
Via Solomon 1