Assassínios, provas de canibalismo, marcas da violência dos desmoronamentos, incêndios e tsunamis.
Desde 2004, uma equipa de investigadores portugueses vem revelando os segredos do primeiro ossuário conhecido das vítimas do terramoto de Lisboa. Já ganharam prémios internacionais, mas continuam a trabalhar de graça e sem apoios.
Durante alguns minutos de terror, o assassino golpeou-lhe repetidamente o crânio, sem a matar, para que falasse. Procurava ouro e prata, ou alimentos escondidos, igualmente valiosos nos dias de anarquia que se seguiram àquela manhã de 01 de Novembro de 1755, Dia de Todos os Santos.
Talvez tenham ouvido os seus gritos, antes do golpe na fronte que lhe acabou com a vida aos trinta e poucos anos. Mas, depois do terramoto, das ondas de seis metros que varreram a zona ribeirinha e das chamas que consumiram grande parte de Lisboa, quem não morrera ou fugira, já só pensava na própria sobrevivência. (…)
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In Diário de Notícias de 02 de Fevereiro de 2009