O Blogue pessoal do meu amigo, e pastor José Manuel Brissos Lino, "A Ovelha Perdida", atingiu a contagem de 200.000 acessos. É uma meta de respeito e a merecer atenção, por várias razões, de entre as quais aponto duas ou três. Em primeiro lugar, porque se trata de um Blogue de matriz cristã, e sublinhadamente cristã-evangélica, num país de esmagadora maioria dita católica e em que o censo dos cristãos-evangélicos apontará, eventualmente, para um numero redondo não longe dos 200.000. Depois, porque, para atingir este significativo número de acessos, é porque lhe é reconhecida uma manifesta qualidade, a vários níveis, pelas pessoas que diariamente o acessam, exploram e lêem, nacional e internacionalmente. Em terceiro lugar, porque a sua grande qualidade e equilíbrio intrínsecos lhe advêm, em minha opinião, precisamente da fé do seu autor, da sua inteligência, da sua preparação intelectual e espiritual e da sua postura perante as pessoas e os meios em que se integra e em que intervém, nomeadamente nos planos cívico, eclesial e social.
Ao "A Ovelha Perdida", endereço os meus parabéns e o desejo de que esta "ovelha" nos continue a levar até prados verdejantes onde nos possamos perder de contentamento.
Ao meu amigo José Manuel Brissos Lino, entrego o meu abraço pessoal e um muito obrigado por aceder a ser meu amigo há tantos anos. Identifico na sua forma de ser e estar cristã, integra e serena, a capacidade para resistir aos vendavais da vida e às tempestades espirituais que só identifico nos verdadeiros filhos de Deus.
Ao pastor Brissos Lino, votos de que a igreja do Jubileu, que pastoreia, continue a contar com ele como até hoje, para a abençoar, com a direcção de Deus no seu ministério.
Jacinto Lourenço
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Por ocasião da passagem dos 200 mil acessos a este blogue, conseguimos uma entrevista, em rigoroso exclusivo, com a “Ovelha Perdida”. Ela própria. O resultado é um pouco surpreendente, para não dizer decepcionante. O entrevistador é anónimo.
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Você é mesmo uma “ovelha perdida”?
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Sim e não.
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Como assim?
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Por vezes sinto-me perdida neste mundo tão superficial, idiota e malvado. Outras vezes acho que as pessoas andam todas a bater mal e que o mundo é um imenso manicómio. E quando penso assim acabo por ter compaixão delas, e volto a mordiscar umas ervas tenrinhas.E cá para nós, acabo por pensar que até eu tenho direito a uma pequena fatia dessa loucura.
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Mas afinal sente-se perdida ou não?
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Uma coisa é o que se sente e outra o que se é. Os psicóticos normalmente não se sentem loucos. Loucos são os outros. Mas devo dizer que não me sinto nada perdida porque conheço bem o meu Pastor.
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E…?
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Sou uma ovelha crente. Creio em Deus e conheço-O, portanto nunca me poderia sentir perdida.
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Nem mesmo quando passa – digamos – pelo vale da sombra da morte?
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Especialmente aí nunca me sinto perdida, pois tenho a garantia de que o Bom Pastor está comigo.
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Então porquê esse nome?
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Porque gosto muito da parábola assim chamada, a estória que Jesus Cristo contou para ilustrar a sua mensagem. Só o facto de pensar que, estando eu perdida do rebanho, o pastor deixaria as demais na segurança do redil e me iria procurar, me encontraria e traria aos ombros, faz-me quase sentir vontade de me perder… Sei que é disparate, mas…
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Talvez não esteja perdida, mas lá que é doida, é…
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Não sei, mas também não me importo com isso. Sinto-me bem assim. Não se esqueça de que todas as ovelhas que fizeram alguma coisa de útil por este mundo foram assim rotuladas: loucas.[...]
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