quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Derrubar o Muro

Ficamos assim:você joga as queixas no telhado,
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eu ponho as manias de lado,você lava a escadaria,
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eu rego o jardim.
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Podemos varrer juntos as nódoas secas aderentes ao passado.
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Se você se habilita, eu me disponho, num desafio à desdita.
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Você acende a luz, eu desempeno o sonho,
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enquanto você ensaia o passo, eu troco a fita.
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Na mesa torta, a toalha colorida.
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O resto é fácil:basta mandar flores ao futuro,
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derrubar o muro e acreditar na vida.
Flora Figueiredo