Um menino ouviu alguns homens falando acerca de Deus. Quando chegou em casa perguntou ao pai se alguém podia ver a Deus. O pai respondeu rudemente: – Não! Isto entristeceu o menino. Ele saiu para um passeio na mata. Assentou-se junto a um córrego e meditou. Viu os passarinhos fazendo seus ninhos. Ergueu os olhos para o céu, através dos ramos das árvores, ansioso de ver a Deus. Um dia o pastor da igreja jantou em sua casa e ele teve ocasião de perguntar-lhe se alguém podia ver a Deus. O pastor lhe disse que ninguém pode ver a Deus e viver! Esta foi para o menino uma revelação esmagadora. Ele saiu para o celeiro e chorou. Logo depois disto encontrou-se com um velho pescador, do qual se tomou grande amigo. O pai soube do novo amigo e perguntou ao menino a seu respeito:– É ele um bom homem?– Eu gosto dele – disse o menino. – Ele não fala muito mas vou lhe dizer como ele procede. Na noite passada, quando estávamos navegando rio abaixo e o sol se punha através das árvores, entre lindas nuvens, eu vi lágrimas em seus olhos, e...– Está bem, está bem! Creio que você está em boas mãos. Logo na noite seguinte, terminada a pescaria, o menino notou que de novo o velho pescador tinha os olhos húmidos ao observar o pôr-do-sol. O pequeno tocou timidamente o braço do velho. Este nem volveu a cabeça.– Eu nunca faria a qualquer outra pessoa a pergunta que vou fazer ao senhor – disse o menino com os lábios trémulos. Ainda o velho não se moveu; tinha os olhos fitos no sol poente.– O senhor pode ver a Deus? – aventurou o menino. Ainda não houve resposta. O menino então puxou o velho pela manga. – Por favor, diga-me! Pode-se ver a Deus? O menino esperou, sem respirar. Afinal o velho volveu um amável rosto manchado de lágrimas para o rapaz e disse:– Filho, não vejo coisa alguma senão Ele! Todo aquele que abrir os olhos verá que os céus ainda declaram a glória de Deus. Entretanto, o pior cego é aquele que não quer ver! Mas quando vemos os explendores do universo de Deus não podemos deixar de louvá-Lo.
Via PavaBlog