segunda-feira, 13 de abril de 2009

Declarações de um Púlpito

Nota do editor: O texto abaixo está longe de ser um poema( não basta a estrutura formal, nem um hiperbólico conjunto de metáforas, algumas delas boas, outras com a prosódia técnica errada), é, no entanto, uma verdade.

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Por mim muitos sonham

Por mim muitos desejam

Por mim muitos esperam

Por mim muitos brigam

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Em mim muitos se realizam

Em mim muitos se vangloriam

Em mim muitos se escondem

Em mim muitos esbravejam

Em mim muitos desabafam

Em mim muitos deliram

Em mim muitos enganam

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Sem mim muitos se frustram

Sem mim muitos se entristecem

Sem mim muitos se angustiam

Sem mim muitos se deprimem

Sem mim muitos se desesperam

Sem mim muitos se calam

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De ouro, prata, bronze, vidro, acrílico, pedra, madeira, não importa.

Investiram-me de um valor simbólico poderoso.

Dou prestígio, status, projeção, e até enriqueço alguns.

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Sou um púlpito de igreja estressado,

cansado da mediocridade de muitos que me usam e abusam.

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Altair Germano

In http://www.poesiaevanglica.blogspot.com/

Via Papéis na Gaveta