‘Precisamos preparar-nos para as más surpresas na vida, mas não deveríamos esquecer-nos da mão de Deus em todas as coisas’.
Recentemente aceitei um convite para uma entrevista de um jornal – o que eu não estava muito propenso a fazer. As pressões de agenda, somadas à ansiedade quanto às perguntas que seriam feitas, deixaram-me negativo e relutante.
Mas Deus me surpreendeu. A pessoa que me entrevistou era super dinâmica, cheia de entusiasmo e alegria. Ao invés de acontecer o que antes eu imaginava, a entrevista deu-me fôlego e energia para o dia. Felizmente – embora relutante – orei pela entrevista enquanto me dirigia para encontrar o repórter. Deus respondeu às minhas orações em segundos.
Whitney Balliet escreveu um valioso livro sobre jazz, intitulado O som da surpresa. No livro, ele fala sobre a imprevisibilidade do jazz. Nesse género musical, você nunca sabe o que virá a seguir – os ritmos, as harmonias, etc. – e isso faz do jazz algo extraordinário. Ele sempre nos surpreende.
Assim é na vida e no trabalho. A única certeza é a mudança, que sempre vem como uma surpresa. Podemos até prever a chegada de uma mudança, mas não conhecemos os seus detalhes. As boas surpresas que Deus nos manda são, geralmente, corriqueiras e comuns. Infelizmente, não deixamos que Ele nos surpreenda. Ao invés disso, vivemos temendo as más surpresas. Queremos antecipá-las para que, tendo-as enfrentado, tomemos novamente o controlo da situação.
É claro que precisamos preparar-nos para as más surpresas na vida, mas não deveríamos esquecer-nos da mão de Deus em todas as coisas. Além disso, devemos tomar cuidado para que nossas expectativas não conduzam a nossa direcção. Boa parte da alegria na nossa vida é determinada pela forma como reagimos; podemos reagir com regozijo e alegria, ou com insatisfação e temor.
In Revista Cristianismo Hoje.
Versão Integral do Texto. Ler Aqui