Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e virar as costas, eu não evangelizo. Se evangelizar é tocar um hino nas praças e ir para casa achando-se o máximo, eu não evangelizo. Se evangelizar é participar numa marcha para fazer propaganda da igreja e dos cantores, eu não evangelizo. Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando acontecem festinhas com comida e montar esquemas para essas pessoas se sentirem bem-vindas, somente naquele momento, eu não evangelizo. Se evangelizar é entregar folhetos que serão atirados ao chão criando assim mais sujidade nas ruas, eu não evangelizo. Se evangelizar é pregar de forma a criar um sentimento de culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e consequentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo. Se evangelizar é convencer as pessoas que se devem proteger do mundo dentro de uma igreja, que acaba por se tornar um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo. Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo. Agora se evangelizar é caminhar juntos, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo. Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do seu próximo. Creio que evangelizar é sinónimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos. Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.
Marco Finito, In blog Lion of Zion.
Via PavaBlog