Templos descobertos no Sinai revelam história dos Hicsos
Gravuras descobertas em quatro templos relatam um período pouco conhecido da era faraónica, no tempo dos "governantes estrangeiros".
Uma equipa de arqueólogos que estava a explorar uma antiga estrada militar no deserto do Sinai encontrou quatro templos no meio dos restos de uma cidade fortificada com três mil anos. Os peritos acreditam que o objectivo era impressionar os estrangeiros que visitavam o Egipto. As gravuras descobertas nos templos podem revelar elementos novos sobre um período pouco conhecido da era faraónica. As gravuras referem-se aos Hicsos, povos oriundos da Ásia que invadiram o Egipto durante a XII dinastia (1991-1802 a.C) e reinaram durante mais de um século desde a sua capital, Avaris, no delta do Nilo. "Há uma escultura de Ramsés I perante o deus Set, que era venerado pelos Hicsos. É a primeira do género", disse à AFP o líder da missão arqueológica Mohammed Abdel Maksud. Os Hicsos, que em grego significa "governantes estrangeiros", eram tão odiados que quando os egipcíos finalmente regressaram ao poder apagaram todos os monumentos e arquivos nos quais eles eram mencionados. A descoberta, incluindo ainda inscrições sobre outros faraós e deuses, "abre a porta a vários segredos da época e poderá obrigar a reescrever a história do Sinai".