segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os Judeus Sefarditas






Sefarditas (em hebraico ספרדים, sefardi; no plural, sefardim) é o termo usado para referir aos descendentes de Judeus originários de Portugal e Espanha. A palavra tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica (Sefarad ספרד ). Utilizam a língua sefardi, também chamada "judeu-espanhol" e "ladino", como língua litúrgica.

Os sefarditas provavelmente estabeleceram-se na Península Ibérica durante a era das navegações fenícias, embora a sua presenças só possa ser atestada a partir do Império Romano. Sobreviveram à cristianização, invasão visigótica e moura, mas começaram a sucumbir na fase final da Reconquista.
Os judeus fugiram das perseguições que lhes foram movidas na Península Ibérica sob a inquisição [...], onde eram perseguidos pela Igreja Católica, dirigindo-se a vários outros territórios. Uma grande parte fugiu para o norte de África, onde viveram durante séculos. Milhares  refugiaram-se  no Novo Mundo, principalmente Brasil e México, onde nos dias actuais  se concentram milhares de descendentes dos fugitivos. Os sefarditas são divididos hoje em Ocidentais e Orientais. Os Ocidentais são os chamados judeus da nação portuguesa, enquanto os orientais são os sefardim que viveram no Império Otomano.
Com o advento do sionismo e particularmente após a crise israelo-árabe de 1967, quando as minorias judaicas dos países árabes foram alvo de ataques, muitos dos judeus que viviam em países árabes foram para  Israel, onde formam hoje um importante segmento da população, com uma tradição cultural diferente dos outros judeus asquenazi.

Por isso, o termo sefardita é frequentemente usado em Israel hoje para referir os Judeus
oriundos do norte de África. No entanto é um erro referir-se genericamente  os judeus norte-africanos e dos países árabes como sefardim. Os judeus mais antigos destes países são chamados Mizrachim (de Mizrach, o Oriente), ou seja, orientais.
Houve importantes comunidades sefarditas nos países árabes, quase sempre em conflito com as comunidades autóctones, sobretudo no Egipto, Tunísia e Síria. Os  judeus hispânicos  opõem-se sistematicamente à Qabbala sefardita e mantêm um serviço religioso bastante  disciplinado e de melodias suaves. O rito ocidental é conhecido como Espanhol-Português.
Os Sefarditas foram responsáveis por boa parte do desenvolvimento da Cabala medieval e muitos rabinos sefarditas escreveram importantes tratados judaicos que são usados até hoje em tratados e em estudos importantes.

Via Eterna Sefarad