sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Pintura de Julien Dupré - 2

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Acabar com a Farra dos Lobos

Paulo jamais experimentara uma despedida como aquela. Os irmãos efésios simplesmente não admitiam a sua partida. Embora tenha passado apenas dois anos ali, a sua dedicação em tempo integral criou um forte laço de amor entre eles. Sua consciência estava tranquila, pois em suas próprias palavras, nada que útil fosse, deixou de anunciar e ensinar "publicamente e nas casas" (At.20:20). Repare nisto: todo o ministério de Paulo junto aos efésios se dava num ambiente aberto, sem segredos, sem mistério. Era nesse ambiente aberto que Paulo lhes anunciara todo o conselho de Deus (v.27). Ele jamais deixara algo para uma ocasião especial, pois sabia que a qualquer momento Deus o requisitaria para outro lugar, e por isso, queria estar inocente do sangue daquela gente. Agora, ele tinha que convencê-los de que era "compelido pelo Espírito" que ia para Jerusalém, mesmo sabendo que o que o esperava eram prisões e tribulações. Mas tudo bem! Afinal de contas, Paulo não tinha sua vida por preciosa, desde cumprisse com alegria o ministério que recebera do Senhor, dando testemunho da graça de Deus. Chegara a hora da despedida! Nunca mais aquele povo o veria novamente. Olhando para os que ficariam responsáveis pelo rebanho, Paulo diz: "Olhai por vós, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue" (v.28). A coisa é séria! Cuidar do rebanho de Deus é a melhor declaração de amor que podemos fazer a Ele. Por isso, quando Pedro respondia que amava ao Senhor, Jesus lhe dizia: Apascenta as minhas ovelhas! O rebanho não é meu, não é da igreja A, B ou C. O rebanho é do Senhor, e foi comprado com o sangue de Deus! Se escandalizou com esta expressão, volte a ler o texto e verifique se não é isso que diz ali: Sangue de Deus. Naquele momento de impasse, Paulo embarga a voz, engole seco, e diz: "Sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho" (v.29). Se ele pudesse, certamente ficaria por ali mesmo, para afugentar esses lobos cruéis, que certamente já espreitavam o rebanho, esperando apenas pela sua saída. A crueldade é a primeira característica desses lobos. Por isso, eles não poupam o rebanho. Não se satisfazendo só com a lã, querem também sua carne, seu sangue, sua alma. Esses lobos não viriam de fora, mas emergiriam de dentro do próprio rebanho, falando coisas perversas com uma única finalidade: "atrair os discípulos após si" (v.30). Não eram lobos vira-latas, mas lobos com pedigree. Em vez de atrair as pessoas a Cristo, preferem atraí-las a si, com seu carisma, com sua atenção, com seu amor fingido, com palavras elogiosas e falsas. Pena que as pessoas sejam tão propensas a acreditar nesses lobos. Escrevendo a Tito, Paulo os apresenta como "insubordinados, faladores vãos, e enganadores" (1:10). O que fazer com eles? Deixá-los à vontade para que se sirvam das ovelhinhas de Jesus? Definitivamente, não!"É preciso tapar-lhes a boca, porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância" (v.11). Já que não dá pra evitar a aproximação desses lobos cruéis, vamos colocar-lhes açaimes, para que não devorem as ovelhas de Deus. Vamos mostrar a esses lobos, que a igreja de Cristo não lhes servirá mais de playground. Chega de se divertirem à custa do rebanho de Deus. Vamos colocá-los para jejuar. Se quiserem se alimentar, terão que mudar seu cardápio. Ovelhas, não mais! E para tapar-lhes a boca, temos que denunciá-los, expor suas intenções, revelar suas estratégias. Não podemos calar-nos, pois isso seria fatal. Em outras passagens, Paulo se refere a esses maus obreiros como cães. Eu diria mais: cães raivosos. Quando não matam a ovelha, transmitem-lhe raiva. A gravidade da situação era tamanha, que Paulo conclama os efésios a lembrarem-se que durante três anos ele não cessou de admoestá-los com lágrimas noite e dia. Não brinque com coisas sérias! Famílias inteiras têm sido devoradas por esses lobos vorazes. Que a nossa admoestação seja, ao mesmo tempo, um cajado para resgatar as ovelhas que já estiverem na boca desses lobos, e uma vara impiedosa para colocá-los para correr. Um último aviso para você, lobo cara-de-pau: Desista das ovelhas do Senhor! Se quiser, fique de longe babando, mas não se atreva a aproximar-se, caso contrário, você experimentará a fúria do Bom Pastor.
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Por Hermes Fernandes *** Via Genizah

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Pintura de Julien Dupré - 1

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Julien Dupré, foi um pintor naturalista francês, nasceu no dia 17 de Março de 1851. Enveredou pela carreira de pintor desde muito jovem. Frequentou as Belas Artes nas oficinas de Désiré François Laugée, Isidore Pils e Henri Lechmann. Na linha de Jean-François Millet e de Jules Breton, especializou-se na pintura realista a par de Léon Lhermitte, Jules Bastien-Lepage e Pascal Dagnan-Bouveret. Tornou-se um dos melhores pintores de cenas campestres e de animais. Dupré era muito exigente com a sua arte, observava com delicadeza e verdade a vida dos trabalhadores rurais que reproduzia com fidelidade nas suas telas. Possuía um dom muito apurado para jogar com as cores, a luz e as sombras de molde a dar vida, força e movimento aos seus quadros. Em vida, foi alvo de variadas homenagens e recebeu numerosos prémios e galadões, nomeadamente a Medalha de Ouro na Exposição Universal de Paris e a Legião de Honra atribuída pelo governo francês. Morreu no dia 15 de Abril de 1910.
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Vencer os Gigantes

O jovem mete as mãos na água do riacho e procura pedras. Escolhe-as cuidadosamente. Precisa só de cinco, lisinhas, que possa utilizar na sua funda de pastor e que voem com a força de um míssil para abater qualquer fera. Mas David escolhe hoje as suas pedras melhor que em qualquer outro dia, porque vai usá-las para atacar o homem mais forte do exército inimigo – um brutamontes de carne, aço e ferro, que se levanta orgulhosa e altivamente contra os exércitos do Deus de Israel. [...]
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Ler todo o texto AQUI no Think Higher de Sarah Catarino

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como os Suiços Olham para Portugal. Intervenção do Ministro das Finanças Suiço no parlamento Helvético

+ + + + Visto em Canto do Jo

Jesus e o Império

O cristianismo tem uma relação muito peculiar com o Império Romano. Qualquer leitor atento do Novo Testamento perceberá a presença marcante de Roma e sua influência, seja para o bem ou para o mal, na vida dos cristãos e nas primeiras comunidades de fé. Na verdade, um pouco antes de Jesus nascer, no ano de 63 a.C. o general Pompeu subjugou a Palestina e estendeu ao Médio Oriente os territórios do império fundado no século VIII a.C. Os judeus, mais uma vez, estavam nas mãos de conquistadores estrangeiros e foi nesse cenário que o Filho do Homem veio ao mundo, sob governo do imperador Augusto. +
Os primeiros momentos da vida de Jesus foram marcados pela perseguição implacável de um governador investido de poder romano. De acordo com Mateus 2.16-18, foi um governante romano da Palestina, Herodes, o Grande, quem ordenou a matança dos infantes de Belém na expectativa de impedir o aparecimento do messias dos judeus conforme anunciavam os profetas e os magos do Oriente. Os pais de Jesus tiveram que fugir rapidamente para o Egipto sob ordem angelical - "Herodes há-de procurar o menino para matá-lo" (Mateus 2:13-14). +
Não obstante, a vida adulta de Jesus também foi marcada pela presença do Império. Lemos constantemente nas narrativas evangélicas alguns encontros épicos entre o poderoso sistema e o aparentemente fraco mestre da Galiléia. Jesus não se revoltou contra César e nunca intentou subverter politicamente as estruturas de poder dos romanos. Ele inclusive tinha muitos amigos judeus que trabalhavam para Roma, os chamados publicanos, considerados como traidores pelos seus pares; aliás, um dos seus discípulos mais importantes, de nome Levi, fora um deles. Consta nos relatos sobre Jesus uma cura impressionante envolvendo um militar romano (centurião) e seu servo que estava a beira da morte. Noutra ocasião, afirmou a validade da autoridade do Império Romano quando disse "dêem a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22.21). Fica claro, portanto, que nos Evangelhos a luta de Jesus era pelo controlo dos corações dos homens. Sua saga envolvia destronar o governo do mal alojado na interioridade da alma humana, algo muito mais divino do que simplesmente estabelecer uma nova ordem política. Como ele mesmo respondeu ao prefeito romano da Judéia, Pôncio Pilatos, quando interpelado sobre as suas intenções políticas "o meu reino não é deste mundo" (João 18.36). Obviamente, como veremos adiante, o movimento iniciado por Jesus, apesar de natureza pacífica, acabou se tornando uma pedra no sapato de Roma. +
Analisando o terrível fim da vida terrena de Jesus, executado brutalmente por Roma ao lado de dois criminosos, fica difícil imaginar como seus covardes e temerosos discípulos prosseguiriam com a agenda proclamatória do Reino de Deus iniciada por seu mestre. Estamos falando de um pequeno grupo de simples judeus iletrados, guiados por um jovem rabino da Galiléia que fora crucificado como um bandido sob autoridade romana, quando tinha apenas três anos de actividade peripatética. Historicamente falando, todas as circunstâncias apontavam para um fim precoce e desastroso do novo movimento iniciado por Jesus. Como um grupo tão frágil permaneceria diante de uma potência mundial como Roma afirmando a existência de um Reino superior ao de César? Um evento supostamente ocorrido numa manhã de domingo, após a crucificação, mudou a história para sempre. +
Deste evento em diante, os seguidores do Crucificado passaram a chamá-lo de Kyrios (gr. Senhor) afirmando que ele estava vivo e que voltaria para julgar as acções dos homens, inclusive dos poderosos de Roma. O mundo nunca mais foi o mesmo e nem mesmo as mais trágicas perseguições imperiais foram capazes de extinguir o crescimento numérico dos cristãos. Na opinião de J.L. Hurlbut "ao findar o período das perseguições, a Igreja era suficientemente numerosa para constituir a instituição mais poderosa do império". Em pouco tempo (visto da perspectiva histórica) os cristãos se alastraram por todo território do império romano e sob as maiores adversidades possíveis declaravam que debaixo do senhorio do Rei dos Reis "não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3.28).
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Portugal "Sherwoodiano"

Portugal é assim como que um género de Floresta de Sherwood, em que o governo, qual assaltante, arma ciladas em caminhos lúgubres, sem fuga, e faz de Robin Hood, mas ao contrário: tira aos pobres para dar aos ricos! Os "nobres" da oposição, esses, congeminam nos palácios, contam as bestas ( já não há dinheiro para espingardas ) e fingem que estão a favor dos pobres, que habitam na floresta, para conquistarem o seu apoio. Os pobres, esses, trabalham, trabalham, lutam, esforçam-se uma e outra vez; mas quando não é o Robin subvertido, há sempre um xerife que lhes tira o que conseguem com o seu denodado esforço. Sim, porque nos palácios a festa tem que continuar. O rei, esse, só tem para dizer que está triste... Mas para isso, claro, não é preciso haver um rei; qualque súbdito que habite nos confins desta nossa Floresta de Sherwood sabe e pode dizê-lo com muito mais propriedade . Assim vai este Portugal "Sherwoodiano" .
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Jacinto Lourenço

Cristianismo Não é "Paninhos Quentes"

Não conheço nenhuma outra mudança de vida que seja tão radical quanto o Cristianismo. Cristianismo não é "paninhos quentes", não é um estilo de vida alternativo, não pretende fazer uma afirmação de "diferença". Cristianismo não é um esforço ou estímulo para a mudança de vida. "Cristianismo" sem Cristo perde-se na religião dos frequentadores de igrejas ou dos gestos de consumo visual e imediato. O Cristianismo de que falo, funda-se em Cristo e na Vitória da cruz de onde cada cristão trouxe as marcas para a vida. Cristianismo provoca; produz uma mudança completa, radical. Como dizia Paulo, deixamos de ser nós; passa a ser Cristo em nós. Tudo o que não é isto, ou sobra disto, é religião, e eu não tenho tempo, disponibilidade, vigor, apetência ou propensão para ser um religioso. Para além disto, o mundo, a "igreja", já têm religiosos a mais.
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Jacinto Lourenço

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um governo sem Carácter, Vergonha ou Pudor.

( Foto D.N. )
Não me lembro se alguém me leu, nestes dois anos que leva de existência o Ab Integro, algum texto em que pudesse estar, ao menos dissimulada, na minha escrita, alguma intervenção político-partidária fosse ela de crítica, reprovação ou de aprovação de qualquer medida governativa ou da oposição; se o fiz, confesso que se me varreu da memória. Porventura vou hoje fazê-lo pela primeira vez. E, ao fazê-lo, isso não me vincula a nenhuma cor partidária ou tendência política. Faço-o na estrita condição de cidadão deste país no qual todos os dias se encontra uma nova razão para o deixar mais triste e mais deprimido e oprimido. Como se não bastasse o autêntico deboche e sem-vergonha do "assalto" às bolsas dos portugueses para pagar o desgoverno com que este "governo" nos brindou, nos últimos anos em que ocupou o aparelho do estado, e em que todas as ocasiões e situações serviram para esbanjar e gastar o que não podia, e premiar, com milhões, os amigos que pôs à frente das empresas públicas ou público-privadas, vem , a coberto de um orçamento em que toda a gente está fixada nas grandes linhas passando ao lado de outras, de menor impacto e mais camufladas, mas nem por isso menos execráveis no seu alcance, introduzir medidas absolutamente inconstuticionais, ilegais, descriminatórias e condenáveis no campo das isenções fiscais que abrangiam as diversas comunidades religiosas, no âmbito da lei da liberdade religiosa, retirando-lhes agora essas isenções. Há no entanto uma "honrosa" excepção: para a igreja católica fica tudo como estava. Isto é: a igreja católica continua a beneficiar dessas isenções...
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Ninguém me ouviria dizer nada, mesmo que eventualmente discordasse amplamente da medida, se ela fosse coerente e justa; quero com isto dizer, se ela olhasse as confissões religiosas, todas, pela mesma luneta. Mas não: a mão mesquinha do governo só se torna pesada para as confissões minoritárias, na linha, aliás, do que já tinha acontecido com a generalidade da proposta de orçamento para 2011 em que são os mais pobres, os mais frágeis e os mais fáceis de enredar pela malha do governo a receber a maior pancada nas suas frágeis e expostas finanças. Os mais fortes, os mais próximos do poder, os mais amigos dos governantes, os que poderão garantir, num futuro próximo, acredito, um bom lugar em qualquer empresa privada para os então ex-ministros deste (des)governo , esses não, esses nunca pagam a crise nem são por ela atingidos.
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A bondade do meu benefício de dúvida em relação a este governo há muito que se esbateu. Acabou mesmo. Ainda que correndo o risco de me acharem irresponsável, por mim o governo caía, e caía já. Entre este orçamento criminoso, e os tecnocratas do FMI, não sei o que será preferível. Acho que os portugueses, com ou sem orçamento, com ou sem FMI, estão dispostos, ouitra vez, a fazer sacrifícios para erguer o país do pântano em que todos os últimos governos o lançaram. Assim como assim, já andamos a mando da Alemanha há muito tempo...
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Que haja alguém, com um mínimo de bom senso, que olhe para o que se está a fazer, e faça , isso sim, nomeadamente, com que o governo cumpra as leis que ninguém revogou até agora. Se não pretender cumprir, que as revogue primeiro. Quando as revogar, que as revogue sem descriminações vergonhosas que nos ofendem gravemente enquanto cidadãos de um estado que se pretende igualitário para todos, cidadãos, entidades ou organizações, perante a lei, independentemente da confissão religiosa que os nortei.
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Jacinto Lourenço

Uma Boa Notícia "Pessoana"

Os livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente online desde hoje à tarde no site da Casa Fernando Pessoa. “Mais gente vai ter acesso a este espólio, mais gente vai poder estudá-lo e mais Pessoanos vão nascer”, disse o presidente da câmara, António Costa, na cerimónia de apresentação do projecto em Lisboa.[...] Até agora, só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo que é “riquíssimo”, mas com o site, bilingue (português e inglês, e disponível em http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt) em qualquer lugar do mundo, com uma ligação à Internet é possível consultar, página a página, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações – incluindo poemas – que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros. “Manuscritos que muitas vezes se deterioram com o tempo, pois muitos deles foram feitos a lápis”, disse Inês Pedrosa. Por isso já começaram o restauro destas obras. “Alguns já estão restaurados, pedimos um orçamento à Fundação Ricardo Espírito Santo e estamos agora à procura de outra instituição para o pagar”, disse ao PÚBLICO a escritora. Em Novembro, realiza-se o 2º Congresso Internacional Fernando Pessoa e no dia 23 será lançada a revista, trimestral e bilingue, de literatura e ensaio.Tudo começou em 2008 quando o investigador e estudioso da obra de Fernando Pessoa, Jerónimo Pizarro, propôs à directora da Casa Pessoa, Inês Pedrosa, que se fizesse a digitalização dos livros que pertenceram ao poeta. Estão disponíveis em PDF e JPG e na íntegra. A Fundação Vodafone Portugal apoiou a iniciativa com 77 mil euros e assim foi possível concretizar o sonho de Pizarro: “Tornar Pessoa ainda mais universal e ter a sua biblioteca aberta ao mundo inteiro”, disse o investigador que na cerimónia recebeu a medalha de mérito municipal, atribuída por António Costa.
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In jornal Público Online de 21/10/2010

domingo, 24 de outubro de 2010

O Antigo Egipto e as Alterações Climáticas

( Foto jornal El Mundo )
O engenho arquitectónico do Egipto dos faraós, empregue contra tormentas e terramotos, esconde respostas à mudança climática que especialistas em geoarqueologia tratam agora de revelar. « O antigo Egipto deparou-se com importantes variações climáticas, sobreviveu-lhes e forjou uma das mais célebres civilizações da história » disse o estudioso Matthieu Ghilardi, do Centro Francês de Investigações científicas.
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Ler todo o texto AQUI no jornal El Mundo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Brennan Manning - Tu Crês que Deus te Ama ?

Permitam-me partilhar convosco o curto vídeo de Brennan Manning que incorporo aqui. Nutro grande respeito pelo irmão Manning. Já li vários livros da sua autoria ao longo da minha vida e em todos encontrei o Amor de Deus e a Paixão de Deus por mim. Muitos dos meus "(pre)conceitos" sobre o Senhor cairam por terra com a ajuda de Manning, resultado da sua experiência com Deus e do seu testemunho pessoal de uma vida. A minha vivência cristã, ao longo dos anos, deve muito ao que aprendi e desenvolvi, no meu relacionamento com Deus, com a ajuda deste homem, que considero um verdadeiro servo. Tenho a certeza de que aquilo que irá ouvir nestes escassos três minutos e pouco, vão fazer nascer em si o desejo de querer mais de Deus e querer saber mais sobre o que Ele tem para si.

+ Bençãos do Pai. + + + +

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+ Jacinto Lourenço + + +

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++ + ( Legendado em português do Brasil )

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - Assim estamos mais quentinhos...

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Sem medo da Gratidão

Ser grato pelas coisas boas que nos acontecem na vida é fácil, mas ser grato por tudo o que temos na vida - o bom e o mau, os momentos de alegria e de tristeza, os sucessos e os fracassos, as recompensas e as rejeições - exige um árduo trabalho espiritual. Somos pessoas gratas apenas quando pudermos dizer obrigado por tudo o que nos trouxe ao momento presente. Enquanto ficarmos dividindo a nossa vida entre pessoas e factos que gostaríamos de lembrar e pessoas e factos que gostaríamos de esquecer, não poderemos alegar que a plenitude do nosso ser é uma dádiva de Deus pela qual devemos ser gratos. Não tenhamos medo de olhar para todas as coisas que nos trouxeram até onde estamos hoje e confiar que em breve veremos nelas a mão de Deus que ama e orienta. ( «Bread for the journey» )
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Fonte: Livro Confiança Cega de Brennan Manning

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - A menina e a beluga

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Porque Sou um Sonhador

Porque a alternativa é aceitar a realidade tal como é, sem qualquer esperança de mudança. Prefiro ser um sonhador a ser um cínico, que se entrega cegamente ao fatalismo. Sonhadores são cúmplices de Deus na realização de Sua obra restauradora. Sonhadores são seres subversivos, que não se ajustam aos padrões vigentes. São rebeldes com causa! São seres pertencentes a outro mundo... um mundo ainda a ser criado. São seres de outro tempo. Vieram do futuro pra nos avisar que tudo pode ser diferente. É verdade que os sonhadores são ingénuos. Mas é essa ingenuidade infantil que subverte a ordem. É das crianças o Reino dos céus! Sonhos são a matéria prima de que é feito o futuro. Deixar de sonhar é suicidar-se, é morrer estando vivo, é desistir de viver. E quando os velhos sonham, os jovens têm visões. Adultos sonhadores produzem jovens visionários. Prefiro o legado dos sonhadores à herança dos perversos. Quanto ao passado, sou seu aluno, não seu refém.Sou um sonhador, e nada mais. Mas estando em Cristo, sei que sou capaz.
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - Desejos inconfessáveis

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Os Herdeiros do Pai

eu queria mostrar que o Cristianismo não diz respeito, afinal, a indivíduos nem a comunidades. Nem o indivíduo, nem a comunidade como os entende a mente popular, podem herdar a vida eterna; nem o eu natural, nem a massa colectiva, mas a nova criatura.”
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Por C.S. Lewis em O peso de glória *** Via Laion Monteiro

O "cristo" que Muitos Desejam...

Barrabás não era um bandido qualquer (Mt:27:16). Preso por se amotinar contra Roma e estar envolvido em um homicídio (Mc 15:1-13), ele detinha a admiração do povo - à época subjugado pelo Império Romano. Era uma espécie de herói, corajoso ao ponto de enfrentar o poderio do inimigo dos judeus. O povo se identificava com ele. Do outro lado, estava Jesus. Corpo dilacerado, ensanguentado. O retrato da “fragilidade” humana ante a crueldade de seus algozes. Os dias de curas, milagres, sermões impactantes haviam se apagado da memória do povo ensandecido. Não, aquele não era o herói que eles queriam. As pessoas não se pareciam com Jesus. O povo se parecia com Barrabás. Talvez inspirados no episódio bíblico, muitos falsos líderes e falsos profetas têm levado vantagem em nosso tempo. Eles têm facilidade de vender um “Jesus” diferente do Jesus da Bíblia. Oferecem Barrabás disfarçado de “Jesus” e muitos crêem. Um falso Jesus que não fala de arrependimento ou de mudança. Um “Jesus” que é parecido com o mundo: vaidoso, ganancioso, egoísta e acomodado em seu pecado. O Jesus da coroa de espinhos, da cruz, da carne mortificada, do negar-se a si mesmo não é atractivo para a maioria. Mas, o “Jesus” da “prosperidade”, esse sim, é irrecusável. É esse o “Cristo” que muitos almejam, o génio da lâmpada, sempre disponível para satisfazer desejos. Queremos um Jesus que se pareça connosco em vez de alguém que precisemos mudar para se parecer com Ele. Nos evangelhos, o povo escolheu a Barrabás porque se parecia mais com ele do que com Jesus. Muitas vezes, agimos da mesma forma, como imitadores daquelas pessoas. Escolhemos o preso pecador, que se parece conosco, ao invés de Jesus, que exige de nós uma mudança de vida. +
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Por Clóvis Cabalau via Púlpito Cristão

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - Insecto Sinaleiro ...

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ADN de Luis XVI de França encontrado dentro de uma Cabaça

( Foto C.S.I.C )
Em 21 de Janeiro de 1793, o rei de França Luis XVI, após uma tentativa de fuga, foi capturado e executado na guilhotina por conspirar contra a liberdade da nação. Segundo as crónicas que se conservam da época, foram em grande número os cidadãos que subiram ao cadafalso para molhar os seus lenços no sangue do monarca executado afim de ficarem com uma recordação do histórico acontecimento.
Uma equipa coordenada pelo investigador do Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Carles Lalueza Fox, analisou o sangue procedente de um desses lenços e observou que os padrões genéticos nele contidos poderiam corresponder aos do rei Francês. Ainda que não se conservem restos dos lenços, os cientistas puderam analisar a substância castanha que permaneceu dentro de uma cabaça durante anos. A cabaça, decorada com técnica pirográfica, está na posse de uma família de Bolonha faz mais de um século. O objecto, avaliado em mais de dois milhões de euros, mostra retratos de vários protagonistas da revolução francesa.
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In jornal El Mundo

domingo, 17 de outubro de 2010

" A Bíblia e a Garantia da Liberdade "

...“A maior luta da Igreja no Ocidente é a de defender sua liberdade”, diz o cientista político e sociológo inglês David Landrum, 44 anos. Ele tem um trabalho incomum: consiste em erguer a voz em favor da Bíblia em pleno Parlamento de Inglaterra, em um tempo de muitos ataques contra a fé. Trata-se da função de advocacy, que aqui, para não ser confundida com a advocacia, acabaria sendo descrita como lobby. Mas, como é relacionada a um grupo social – os cristãos – e capitaneada pela Sociedade Bíblica Britânica, a actuação de Landrum passa longe da mera pressão política para alcançar resultados imediatos. Ele procura resgastar o trabalho iniciado há 200 anos pelo congressista William Wilberforce, um dos fundadores das Sociedades Bíblicas Unidas e activista contra o esclavagismo. Dentre os objectivos de Landrum estão o de reafirmar a importância da Bíblia para a cultura política e a sociedade, bem como fomentar a participação de cristãos na política, aprimorar o diálogo entre os crentes e o mundo político e servir aos cristãos que trabalham no Parlamento.[...] + + + Ler entrevista a David Landrum AQUI na revista Cristianismo Hoje

sábado, 16 de outubro de 2010

A Poeira da História

O tempo tudo destrói. O vento da história cobre todas as coisas de poeira. Impérios, outrora avassaladores, hoje entediam alunos secundaristas, que só precisam conhecê-los para passar de ano. Napoleão, o temido imperador francês, virou nome de cachorro. Na mitologia, Kronos, o deus do tempo, inclemente, devorava seus filhos. O escritor português Vergílio Ferreira percebeu que muitos tratados são escritos sobre a infância, juventude e idade adulta. E em todos se “fala de ir” -- ir para o futuro. Desejos, sonhos e ambições impulsionam a vida. Mas para qual futuro? Vergílio Ferreira conclui que esse tal “ir” é rumar para a velhice; “velhice é estar”. De fato, velhice é a idade em que passamos o restante da vida. E, existencialmente, não há muita opção: ou se morre cedo, como um Camelot, ou se enfrenta a decrepitude dos senis. Embora não seja oficialmente idoso -- ainda faltam alguns anos --, eu começo a me preparar para os derradeiros anos. Não quero viver os próximos anos de minha vida como meros sobejos dos bons tempos que já vivi. Reafirmo que ninguém é velho enquanto estiver disposto a aprender. Eu quero me manter flexível na madureza. Sei que nada sei. Sobretudo, quero aprender a despojar-me de falsas onipotências. Já confiei em minha capacidade de ordenar a vida. Imaginava que verdades e princípios me blindariam contra decepções, tristezas e contrapés existenciais. Porém, como disse Chico Buarque, veio a Roda Viva e carregou o destino pra lá. Padeci desnecessariamente porque superestimei a minha capacidade de anular contingências existenciais. [...]
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Por : pr. Ricardo Gondim***Ler texto integral AQUI

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - À espera do almoço

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Mau Ambiente em Portugal e na Europa....

A organização ambientalista Quercus considera que 2010 está a ser «uma desilusão» como Ano Internacional da Biodiversidade, uma vez que as metas definidas não vão ser cumpridas e o tema é um «parente pobre» quando é preciso tomar decisões que afectam o ambiente. «Em Portugal, quando temos uma obra ou uma infra-estrutura, se os valores de biodiversidade estão em causa, é raro que sejam os preponderantes na decisão final», disse à Agência Lusa a presidente da Quercus, Susana Fonseca, à saída de um encontro com o Presidente da República. Susana Fonseca apontou a biodiversidade como um «parente pobre» quando é preciso fazer opções: «Normalmente, considera-se sempre um mal menor ou tenta-se compensar [os danos ao ambiente] de algum modo, só que muitas vezes essa compensação não permite garantir a preservação da biodiversidade». A União Europeia já reconheceu que «não irá conseguir cumprir a sua meta de travar a perda de biodiversidade e a grande desilusão é o facto de se usar como argumento um conjunto de razões já identificadas quando foi estabelecida esta meta», indicou. Em Portugal, «o Instituto de Conservação da Natureza está com grandes dificuldades em intervenção e recursos e há mesmo falta de vontade política para trazer a questão da biodiversidade para cima da mesa e lhe dar o destaque que merece», salientou. É também por isso, afirmou Susana Fonseca, que os resultados da luta pela biodiversidade em Portugal não contrariam o «incumprimento» que se verifica na União Europeia. «A água que bebemos, o ar que respiramos e os alimentos que comemos dependem do bem estar do ambiente e dos ecossistemas. Cuidar do ambiente não é uma questão altruísta, é cada vez mais uma questão egoísta, porque é para o nosso próprio bem», frisou.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - Separação e Dor

Às Vezes, o Mundo, também Pode Ser um Lugar Feliz

( Foto D.N. )
De Bíblia na mão, com o braço bem erguido a mostrar a Palavra de Deus, foi este o primeiro gesto de um mineiro de meia idade mal se viu liberto da cápsula que o transportou desde as entranhas da terra até à superfície, ontem, ao final da tarde. Um outro, mais jovem, trazia, nas costas da sua t-shirt, inscritas as palavras do versículo 4 do Salmo 95 : "Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas". Assim demonstraram a sua gratidão por poderem reapossar-se da vida que um triste episódio resultante de incúria humana pretendeu tirar-lhes. Gratidão a Deus, autor e Senhor da vida, acima de tudo. Acredito que a força indómita de responsáveis e técnicos que trabalharam para a concretização destes momentos de grande alegria e manifestação de fé, assentou na certeza de que careciam também duma intervenção divina que permitisse que o engenho técnico e humano tivesse total fiabilidade. A Fidelidade de Deus ao esforço e determinação humana foi tremenda. Os medos foram afastados mal a operação começou. O que víamos nos rostos das pessoas eram sorrisos e certezas. Expectativa e aperto de coração, só os que o tempo de espera até abraçarem os seus amados lhes determinava.
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Sim, emocionei-me e sequei várias vezes as lágrimas de alegria que se soltaram dos meus olhos enquanto assistia em directo ao resgate dos 33 homens presos na mina chilena há mais de dois meses. Ao longo do dia de ontem foram muitas as ocasiões em que pedi a Deus pela vida dos 33 mineiros e dos diversos socorristas que foram ter com eles para os ajudar a sair. Pedi a Deus pelo sucesso da operação. Hoje dei-lhe graças porque tudo decorreu como era nosso anseio e expectativa, e Sua vontade, seguramente. Dei-lhe graças pela Sua Fidelidade.
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Ao ver as imagens que as televisões captaram, em várias latitudes do mundo, de pessoas que sorriam e choravam, como eu, de alegria, veio à minha mente a certeza de que todos os povos do mundo são meus irmãos, especialmente os que sofrem e os que arriscam as suas vidas, como os socorristas que desceram à mina, para ajudar a pôr um ponto final no sofrimento humano, mas também os milhões em todo o mundo que, sem conhecerem os mineiros, os enlaçaram de carinho e amor fraterno enquanto estes lutavam pela sua vida. Às vezes, o mundo, também pode ser um lugar feliz. Basta que percebamos que aquilo que nos separa é infimamente muito menos do que aquilo que nos une. E o que nos une, é o facto de todos sermos criação de Deus. Temos a mesma natureza e origem. Somos irmãos e filhos do mesmo Pai.

+ Jacinto Lourenço

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - O Chefe é que Sabe ...

( Clique na imagem para AUMENTAR )

" Foi Resgatado com Sucesso o 14º Mineiro "

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Título e foto no Diário de Notícias Online de 13 de Outubro de 2010

Angústia de um Resgate

( Foto: Jornal D.N. )
À hora a que escrevo estas linhas era suposto que alguns dos mineiros chilenos, que têm estado reféns de uma mina a cerca de 700 metros de profundidade, já estivessem à superfície e a abraçar amigos e familiares que por eles esperam ansiosos. Soube no entanto que o início da operação de resgate foi atrasada em duas horas. Estarei dormindo quando os mineiros estiverem a lutar pela sua vida em conjunto com aqueles que os tentam salvar. Esta é uma operação de grande risco e em que ninguém, dos que estão envolvidos na recuperação das vidas, quer falhar. Acompanharei por agora, em intercessão, toda a operação esperando que pela manhã, quando acordar, também estes homens acordem de novo para viver a vida a que aspiram junto dos seus. De permeio dei comigo a pensar que qualquer problema que estejamos a enfrentar neste momento não é nada quando comparado com o sofrimento e a incerteza destes homens quanto à sua vida e à possibilidade de a reaverem, porque é disso que se trata, reaver vidas suspensas a 700 metros de profundidade. Enquanto isto, especuladores financeiros, alheios ao sofrimento humano, sentados à frente de ecrãs coloridos, analisam tracejados e proseguem nos seus jogos de bolsa a dar ordens de compra e venda sobre matérias-primas que estes mineiros extrairam. O indicador sobre o enter pulsa a tecla como se de um gatilho se tratasse. Vidas anónimas que só são notícia, hoje, porque ainda estão vivos. Irão provavelmente, no futuro, continuar a ficar presas ao pulsar de um teclado pelo indicador de um burocrata que nem sequer sabe o que é uma mina. O meu voto é que tudo termine bem para os mineiros e que a estes lhes não venha ainda a ser pedido que comparticipem nas despesas pelo seu resgate.
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Jacinto Lourenço

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Porque é que Deus Criou primeiro o homem...

- Rabino, perguntava um judeu interessado nos profundos problemas da filosofia bíblica, - Porque fez Deus primeiro o Homem e depois a mulher ?
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-Porque Deus não queria ter ninguém que lhe desse conselhos sobre como devia fazer o homem.
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Do livro: "Anedotas de Judeus que o meu pai me contou" de Abrasha Rotenberg. Edição Esfera dos Livros

Uma Igreja Conformada...

Chorei sobre a tibieza da igreja. Mas fiquem sabendo que as minhas lágrimas eram de amor. Sou filho, neto e bisneto de pregadores. Sim, para mim a igreja representa o corpo de Cristo. Mas como está torturado este corpo ! Como está gasto pela nossa preguiça social e pelo nosso medo do inconformismo.
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Martin Luther King
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Do Livro "Luther King", pág. 87, de Hubert Gerbeau***Edição União Gráfica, 1969

Mais presuntos que pernas....

( Foto: jornal El Mundo )
Em Espanha, mais concretamente na região de Andalucia, descobre-se agora, os porcos produzem mais presuntos do que pernas têm. É uma notícia do jornal El Mundo. Cuidado, se viajar até ao outro lado, quando pedir um "bocadillo" com "jamon ibérico" ! Pode sempre calhar-lhe o presunto de um porco geneticamente modificado... ou, quiçá, equipado com uma perna de pau a servir de suplente... Lá como cá, o "chicoespertismo" grassa. Já nem os porcos escapam à ganância do dinheiro fácil.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Momentos de Ternura - Carícias Equinas

deuses a que nos ajoelhamos...

Se há tantas decepções no mundo é porque nos apoiamos mais sobre os deuses do que sobre Deus. Ajoelhámo-nos diante do deus da ciência e descobrimos que ele nos deu a bomba atómica com toda a série de temores e ansiedades que a ciência nunca poderá colmatar. Adorámos o deus do prazer e compreendemos que a exaltação se acaba e que as sensações são breves. Inclinámo-nos diante do deus dinheiro e acabámos por aprender que há coisas, como o amor e amizade, que não se compram.
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Do Livro "Luther King" de Hubert Gerbeau***Edição União Gráfica, 1969

"Ulisses" (ou Saudades de uma Pátria distante. A fazer lembrar um país europeu, plantado à beira mar, num jardim Ocidental, de olhar perdido )

E havia laranjas. Havia um país de leite
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e de limão.
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Havia cântaros carregados de azeite.
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Pedras e cabras.
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Raparigas.
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Ai ruas estreitas. E o sol. As sombrias. Havia uma canção
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que falava do vento e das espigas.
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E agora só palavras. Só palavras.
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Minha nação já só de cardos e caruma
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Ausências. Fantasmas.
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Poema de Manuel Alegre no livro Um barco para Ítaca***Edição Centelha - Coimbra, 1974

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

"Religiões e Liberdade"

Realizou-se no sábado passado, na Biblioteca Municipal, o X Simpósio de Santa Maria da Feira. O tema foi Identidade, Liberdade e Violência, tratado por duas figuras mundialmente conhecidas pela sua luta pela liberdade: a iraniana Shirin Ebadi, Prémio Nobel da Paz em 2003, e o dinamarquês Kurt Westergaard, célebre por causa do cartoon com Maomé com uma bomba no turbante. Era notória a segurança policial por todo o lado. A primeira a falar foi Shirin Ebadi. E disse que, sem a liberdade de expressão, de que faz parte a liberdade religiosa, a democracia não existe. O problema das teocracias é que os cidadãos e concretamente as minorias não podem exprimir-se. Ora, as pessoas devem poder exprimir-se sem medo. O direito à liberdade religiosa implica também a possibilidade de converter-se a outra religião, e isto é particularmente importante em países islâmicos como o Irão e a Arábia Saudita, onde a conversão é castigada de modo muito pesado. Deve haver barreiras para a liberdade de expressão? Não é aceitável a propaganda a favor da guerra, da violência, da discriminação. Mas não se pode considerar que o cartoon com a bomba no turbante seja contra os direitos humanos. "Claro que eu não aceito a reacção dos fundamentalistas". A censura não é admissível. Aqui, Shirin Ebadi citou o seu país, onde a censura é cada vez mais rígida e se pode estender à tradução de obras famosas estrangeiras. E denunciou o Ocidente, que colabora com a censura, por exemplo, vendendo tecnologia com essa finalidade. Afinal, "somos todos passageiros no mesmo barco". A liberdade é para todos. Os outros participam no mesmo destino. A árvore do conhecimento deveria dar mais frutos. Devemos irar-nos contra os preconceitos. Antes de dar a palavra ao cartoonista, Carlos Magno lembrou o recente atentado na sua casa e que houve protestos, porque Merkel o recebeu. Até se quis censurar o Papa por causa do discurso de Ratisbona. Mas a liberdade de expressão não pode estar em causa em lado nenhum. E Kurt Westergaard falou. A sua herança é cristã, mas confessou-se ateu, respeitador de todas as religiões. Agradeceu ao seu país a segurança policial permanente. Com 75 anos, já passou pelo fascismo, pelo nazismo, o comunismo, agora, o islamismo. Qual é o problema dos "ismos"? Rejeitam a dúvida, esse sentimento humano provocador e que obriga a procurar. Nas religiões, o perigo é a subordinação cega das pessoas às autoridades religiosas. [...]
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Prof. Anselmo Borges *** In Diário de Notícias de 09 de Outubro de 2010
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Texto Integral AQUI

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Deus Revela-se em Tudo

Carlos Mesters, o mais popular biblista do Brasil, sublinha que há no Antigo Testamento dois decálogos, o da Aliança e o da Criação. O da Aliança surgiu primeiro, embora o outro já existisse. Ocorre que o povo de Deus, por não levar a sério o da Aliança, não tinha olhos para perceber o Decálogo da Criação. Ao longo dos 400 anos da monarquia (de 1000 a 600 a.C.), Javé, o Deus libertador do Êxodo, foi reduzido a um ídolo manipulado pelos poderes civil e religioso para legitimar a corrupção e a ganância dos reis. E ninguém dava ouvidos às denúncias dos profetas. Até que Nabucodonosor, rei da Babilónia, invadiu a Palestina em 587 a.C. e destruiu Jerusalém. O choque da dominação e do exílio abriu os olhos do povo de Deus para o Decálogo da Criação: "O ritmo da natureza, do sol, da lua, das estações, das chuvas, das estrelas, das plantas, revela o poder criador de Deus" - afirma Mesters. "É a expressão do bem-querer do Deus Criador, da pura gratuidade! É uma certeza que não falha. É a prova de que Deus não rejeitou o seu povo. A nossa fraqueza pode levar-nos a romper com Deus (como de facto aconteceu), mas Deus não rompe conosco, pois cada manhã, através da sequência dos dias e das noites, ele nos fala ao coração". A nossa visão do mundo interfere na nossa visão de Deus, assim como o modo de concebermos Deus influi na visão que temos da vida e do mundo. Ao longo de 1.000 anos predominou, no Ocidente, a cosmovisão de Ptolomeu, que considerava a Terra o centro do Universo. Isso favoreceu a hegemonia espiritual, cultural e económica da Igreja, encarada pela fé como imagem da Jerusalém Celeste. Com o advento da Idade Moderna, graças à nova cosmovisão de Copérnico, logo completada por Galileu e Newton, constatou-se que a Terra é apenas um pequeno planeta que, qual mulata de escola de samba, dança em torno da própria cintura (24 horas, dia e noite) e do mestre-sala, o sol (365 dias, um ano). O paradigma da fé deu lugar à razão, a religião à ciência, Deus ao ser humano. Passou-se da visão geocêntrica à heliocêntrica, da teocêntrica à antropocêntrica. Agora, a modernidade cede lugar à pós-modernidade. Mais uma vez, a nossa visão do Universo sofre radicais mudanças. Newton cede lugar a Einstein, e o advento da astrofísica e da física quântica obrigam-nos a encarar o Universo de modo diferente e, portanto, também a ideia de Deus. Se na Idade Média Deus habitava "lá em cima" e, na Idade Moderna, "aqui em baixo", dentro do coração humano, agora conhecemos melhor o que o apóstolo Paulo quis dizer ao afirmar: "Ele não está longe de cada um de nós, pois nEle vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dentre os vossos poetas disseram: "Somos da raça do próprio Deus" (Actos dos Apóstolos 17, 27-28). A física quântica, que penetra a intimidade do átomo e descreve a dança das partículas subatómicas, ensina-nos que toda a matéria, em todo o Universo, não passa de energia condensada. No interior do átomo, a nossa lógica cartesiana não funciona, pois ali predomina o princípio da indeterminação, ou seja, não se pode prever com exatidão o movimento das partículas subatómicas. Essa imprevisibilidade só predomina em duas instâncias do Universo: no interior do átomo e na liberdade humana. Em que é que a física quântica modifica a nossa visão do Universo? Ela livra-nos dos conceitos de Newton, de que o Universo é um grande relógio montado pelo divino Relojoeiro e cujo funcionamento pode ser bem conhecido estudando cada uma das suas peças. A física quântica ensina que não há o sujeito observador (o ser humano) frente ao objecto observado (o Universo). Tudo está intimamente interligado. O bater de asas de uma borboleta no Japão desencadeia uma tempestade na América do Sul... O nosso modo de examinar as partículas que se movem no interior do átomo interfere no percurso delas... Tudo o que existe coexiste, subsiste, pré-existe, e há uma inseparável interação entre o ser humano e a natureza. O que fazemos à Terra provoca uma reação da parte dela. Não estamos acima dela, somos parte e resultado dela; ela é "Pacha Mama" ou, como diziam os antigos gregos, "Gaia", um ser vivo. Deveríamos manter com ela uma relação inteligente de sustentabilidade. Esse novo paradigma científico nos permite contemplar o Universo com novos olhos. Nem tudo é Deus, mas Deus revela-se em tudo. A nossa visão religiosa é agora pananteísta. Não confundir com panteísta. O panteísmo diz que todas as coisas são Deus. O pananteísmo, que Deus está em todas as coisas. "Nele vivemos, nos movemos e existimos", como disse Paulo. E Jesus nos ensina que Deus é amor, essa energia que atrai todas as coisas, desde as moléculas que estruturam uma pedra às pessoas que comungam um projecto de vida.Como dizia Teilhard de Chardin, no amor tudo converge, de átomos, moléculas e células que formam os tecidos e órgãos do nosso corpo às galáxias que se aglomeram múltiplas nesta nossa Casa Comum que chamamos, não de Pluriverso, mas de Universo.
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Por: Frei Beto*
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(* autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano )
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Fonte Genizah

E que tal aplicar a Receita em Portugal. Uma Excelente Medida e um Bom Exemplo no combate à Crise.

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Com a devida vénia ao post de Romy Marques no FB

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vargas Llosa, Nobel da Literatura 2010. Para além do mais, uma Questão de Justiça Literária e Cultural

O Dinheiro do Rabino...

" Um rabino, um pastor protestante e um padre católico, reunem-se ecumenicamente, seguindo uma tradição local. Falam de Deus, dos seus paroquianos e da difícil tarefa que se propuseram na terra. Comentam também a sua vida quotidiana.
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- O que fazer com as contribuições dos fiéis ?
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- Eu, diz o padre, resolvi o assunto desta forma: traço um círculo no chão, pego no dinheiro das esmolas e atiro-o para o círculo. O que fica dentro do círculo é para Deus, o que fica de fora, para as minhas necessidades.
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- Eu, acrescenta o pastor protestante, faço algo semelhante. Traço um risco no chão e atiro o dinheiro. O que for para além do sinal é para Deus; o que não for é para mim. E você, rabino ?
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- Eu ? Eu resolvo directamente com Deus. Junto todo o dinheiro e atiro-o em direcção ao céu. O que Deus quer, guarda-o ; o que não quer, deixa cair ao chão e fica para mim."
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Do livro: "Anedotas de Judeus que o meu pai me contou" de Abrasha Rotenberg. Edição Esfera dos Livros

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Barraca e o Submarino na República Portuguesa

" Eclesiastes, sempre Eclesiastes "

A vida dá guinadas. O torvelinhar dos vendavais joga a existência contra rochedos pontiagudos. Impotentes, somos tangidos por decisões alheias. Inaptos e entupidos de receios, notamos nossa história tornar-se um trágico enredo de folhetim. O que fazer? Não dispomos de meios para controlar, subjugar, impor, nossa estúpida vontade. A vida esbofeteia. A reputação protegida despenca até bater no lajeado seco. Piranhas, de fisgada em fisgada, nos tiram a vontade. Nossa dignidade é arrancada devagarinho. Dói descobrir que não somos o personagem que imaginávamos. O esforço para não repetir desastres, pifou. Prometemos não perpetuar ciclos e mordemos a língua. Juramos que não aceitaríamos repetir biografias, tudo inútil. A vida se esvai sem muitas opções. Longevidade cobra em libras esterlinas. Quem durar se condena a encarquilhar. Morrer cedo ou virar caquético, eis a questão! Lemos, aprendemos, amamos e nos emocionamos, mas uma foice pode acabar com tudo. Basta um coágulo, um aneurisma, um curto circuito em uma sinapse e vegetamos. O tiquetaqueador genético não acompanha os cronómetros. Poucos, pela robustez, dão prejuízo às companhias de seguro. A grande maioria, previsívelmente, se esmiuça. A vida exige conformação. Não adianta relutar. Azeda quem não aceita solavancos, dias maus, lobos e traições. Indignação somatiza úlcera duodenal. Os revoltados esmurram pontas de faca. As oligarquias se perpetuam nos palácios. Chacais, em matilhas, continuarão a vagar pelo parlamento. Amebas infestarão as águas bentas. Sarnentos vão calar o profeta. O Coisa-ruim continuará a degolar as santas. O Tinhoso se confundirá com o pregoeiro da justiça. A vida debilita. Portanto, os impotentes, só eles, conseguem viver um dia de cada vez. Todos os demais se condenam ao enfado. Resta reafirmar: bem aventurados os humildes. Eles esperam o Reino que, fora da história, foi o tema de Jesus.
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Soli Deo Gloria
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Fonte: Pr. Ricardo Gondim

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Angústia ...

"... Nossa geração vive em busca de eliminar a angústia e muitos crentes acreditam na possibilidade de uma resposta bíblica que a elimine. Mas esta não é a maneira como a Bíblia descreve a angústia. Antes a admite como parte da natureza humana, e Deus aquele que participa desta limitação. Portanto, o grito de Jesus descreve um Deus que não realiza nenhuma obra para eliminá-la, antes também a absorve. Viver com Cristo é a experiência da cruz. Experimentar a cruz é ir fundo na ausência de Deus. Quem experimenta a cruz, experimenta a ressurreição. Pois se com ele morremos, com ele viveremos."
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