quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nem só de más Notícias se Faz Portugal. Hoje Lembramos: "Portugal já é líder mundial nos transplantes de rim"

( Foto D.N. )
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País aumenta quase 14% o número de operações num ano, ultrapassando a Espanha. Mortalidade em lista de espera por um órgão caiu para metade no ano passado.

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Portugal é o campeão mundial nos transplantes de rim e de fígado em apenas dois anos. Depois de ter conseguido liderar na transplantação hepática em 2008, o País conseguiu ultrapassar Espanha nos transplantes renais com dador cadáver no ano passado. Os dados integram a Newsletter Transplant, publicação da Organización Nacional de Transplantes e do Conselho da Europa. [...]
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Ler artigo completo AQUI no Diário de Notícias

Um Beijo Fatal...

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Fotografia do húngaro Bence Maté, de 25 anos, que ganhou o prémio de Fotografia de Meio Ambiente de 2010, atribuido pela organização inglesa CIWEM, na categoria "Mundo Natural"
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Viver para Deus

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"... Viver para Deus tira-nos de nós mesmos, faz com que enxerguemos a vida pra além dos nossos umbigos. Viver para Deus, nos proporciona a certeza de que somos sal desta terra e luz deste mundo, o que implica de imediato em compromisso social com os que gemem e choram. Não dá pra vivermos uma espiritualidade assecla, fria, interesseira. É importante que saibamos que quando gostamos de Deus, gostamos de quem Deus gosta." [...]
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Fonte : Renato Vargens***Ler texto integral AQUI

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As Brilhantes e Inéditas Auroras de Saturno

( Imagem jornal El Mundo )
Um novo filme e imagens colhidas pela Sonda Cassini mostram as Auroras brilhantes de Saturno durante um período de 10 dias. De acordo com os especialistas estas auroras brilhantes ajudam a explicar a razão das "impressionantes representações de luz" de alguns objectos que se encontram no nosso sistema solar. [...]
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Ler todo o texto, em Castelhano, AQUI no jornal El Mundo
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Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: Eu sou um grande pecador, Cristo é o meu grande salvador.
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( John Newton )
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domingo, 26 de setembro de 2010

Fidelidade por Um Fio...

Serei fiel, Senhor Jesus serei fiel. Os votos desta canção muito cantada pelos evangélicos precisam ser mais bem definidos. Interessante como nossa compreensão do evangelho foi cada vez mais se estruturando na doutrina e cada vez menos na vida. Para muitos de nós, ser fiel a Deus é de alguma maneira se encaixar aos textos ou às interpretações bíblicas. O fiel não é aquele que se encontra amarrado por grossas cordas como as de âncora de navio. É mais parecido com um pássaro que constrói seu ninho, portanto confia sua existência a um frágil galho. O fiel é como o equilibrista na corda bamba, constantemente desafiado pela gravidade, pelo vento e pelo medo da queda. A fidelidade é frágil, e sobrevive em meio às dúvidas. Por outro lado, é extremamente resistente e capaz de sustentar a vida mesmo face à morte. Quando Jesus convoca aos seus seguidores à fidelidade, não acredito que passava pela sua mente que eles se submetessem a um conjunto doutrinário. Isto seria a própria negação da fé. Com isto estou querendo chamar a atenção para nossa prática de fidelidade. Muitos imaginam um cristianismo pronto em todos os seus detalhes, com regras que preenchem todos os factos da vida e trazem todas as respostas meticulosamente elaboradas. Quer dizer, ser fiel seria participar de uma verdade pétrea, absoluta, imutável e intransigente. Quem não obedecer ao livro, às doutrinas, é infiel, e quem desobedecer é desviado. Ao ver a luta de Jesus contra o legalismo e contra as estruturas religiosas, às quais as pessoas deveriam se subjugar para serem aceites por Deus, para se sentirem amadas e participarem da comunhão com o Pai Celestial, não é possível acreditar que sua delegação de autoridade para fazermos discípulos no mundo todo, se desse justamente ao invés daquilo que ele combateu até à morte. Ao observar o convite de Jesus de que quem quisesse segui-lo deveria tomar a cruz, enfrentar os vendavais da vida, as aflições do mundo, as perseguições religiosas, sujeitar-se a uma vida sem ter até mesmo um travesseiro para reclinar a cabeça, não se torna consistente imaginar a possibilidade de se ser fiel a uma estrutura estável, pronta ou de conformismo.A vida cristã é instável, incerta, mutante e de inconformismos. Pois é uma vida de conversões. Ser fiel é estar disposto a mudar todos os dias. O convite de Cristo é para uma transformação diária, e, portanto, a impossibilidade de absolutizar alguma coisa. Gosto do teólogo Carlos Mesters quando diz que a grande verdade do evangelho provoca conversão, pois se trata de uma nova vida, que leva a um novo comportamento moral e que na reflexão sobre esta vida descobre-se a doutrina, que registada produz o livro e celebrada dá surgimento ao culto. Quer dizer, a verdade cristã não é um livro, o livro é apenas o resultado desta verdade que caminhou na história produzindo vida, transformando vidas. O cristão fiel não é aquele que adopta um livro, no caso a Bíblia, mas aquele que anda conforme a vida de Cristo que é transformadora a cada dia. A Bíblia é recebida como o livro que nos introduz ao Cristo.
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Fonte: Eliel Batista in Partículas da Graça

sábado, 25 de setembro de 2010

Oração de um Pecador

Senhor Santo, eu pequei um sem-número de vezes, sou culpado de orgulho e incredulidade, de fracasso em encontrar a Tua mente na Tua Palavra, de negligência em Te buscar no meu viver diário. Minhas transgressões e fraquezas denunciam-me com uma lista de acusações, mas eu Te bendigo porque elas não prevalecerão contra mim, pois todas elas foram postas em Cristo. Continua subjugando minhas perversões e concede-me graça para viver acima delas. Não deixa que as paixões da minha carne ou as concupiscências da minha mente levem o meu espírito à escravidão, mas governa Tu sobre mim, em liberdade e poder.
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+ Eu Te agradeço porque muitas das minhas orações foram recusadas. Eu pedi mal e não recebi; eu orei com base em concupiscências e fui rejeitado; eu cobicei o Egito e foi-me dado um deserto. Continua com Tua paciente obra, respondendo "não" às minhas orações iníquas, e capacitando-me a aceitar isso. Purifica-me de todo desejo falso, toda aspiração egoísta, tudo aquilo que é contrário ao Teu preceito. Eu Te agradeço por Tua sabedoria e Teu amor, por todos os atos de disciplina aos quais sou submetido, por algumas vezes ser colocado na fornalha para que meu ouro seja refinado e minhas impurezas, removidas.
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+ Nenhum julgamento é tão difícil de suportar quanto a percepção do pecado. Se Tu me desses a escolha entre viver em gozo e permanecer com meus pecados, ou tê-los destruídos com julgamento,então dá-me essa aflição santificada. Afasta-me de todo hábito maligno, todo crescimento de pecados passados,tudo aquilo que ofusca o brilho da Tua graça em mim,tudo aquilo que me impede de deleitar-me contigo. Então, eu Te bendirei, Deus de Jesurum, por me ajudares a permanecer de pé.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Evoluções...

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Trabalho para Fariseus...

"... Desejamos que as igrejas prosperem porque Deus abençoa os homens por meio delas, e não por causa das igrejas em si. Há uma espécie de egoísmo na nossa avidez pelo engrandecimento do nosso grupo. Que Deus nos livre deste mau espírito! O crescimento do reino é mais desejável do que o aumento de um grupo sectário.
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O nosso grande objectivo não é a revisão de opiniões, mas sim a regeneração da natureza das pessoas. Queremos levar os homens a Cristo, e não aos nossos conceitos particulares do cristianismo. O nosso primeiro cuidado é no sentido de que as ovelhas se reúnam com o grande Pastor. Haverá tempo depois para mantê-las seguras nos diversos apriscos. Fazer prosélitos é bom trabalho para fariseus; conduzir almas a Deus é o honroso propósito dos ministros de Cristo."
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Charles Spurgeon
( 1834-1892 )
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cientistas Confirmam Condições Físicas para Ocorrência de Relato Bíblico

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Cientistas Norte-Americanos confirmam a possibilidade de se verificarem condições físicas para que um vento nocturno de Este abrisse caminho pelo Mar Vermelho para que os Hebreus escapassem aos seus perseguidores egípcios a caminho da terra prometida. ***
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Ler artigo AQUI, em Castelhano, no jornal El Mundo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

" E então, onde está Deus? "

Os S.S. pareciam mais preocupados, mais inquietos do que de costume. Enforcar uma criança diante de milhares de espectadores não era uma coisa qualquer. O chefe do campo leu a sentença. Todos os olhos estavam pregados no menino. Ele estava lívido, quase calmo, mordendo os lábios. A sombra da forca se projetava sobre ele.
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Dessa vez, o lagerkapo negou-se a servir de carrasco. Três S.S. o substituíram.
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Os três condenados subiram em suas cadeiras. Os três pescoços foram introduzidos nos nós corrediços ao mesmo tempo.
* - Viva a liberdade! – gritaram os dois adultos.
* O pequeno, calado.
* - Onde está o bom Deus, onde Ele está? – alguém perguntou atrás de mim.
* A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram derrubadas.
* Silêncio absoluto em todo o campo. No horizonte, o sol estava se pondo.
* - Descubram a cabeça! – berrou o chefe do campo. Sua voz estava rouca. Quanto a nós,
estávamos chorando.
* - Cubram a cabeça!
* E começou o desfile. Os dois adultos não viviam mais. Suas línguas pendiam, grossas, azuladas. Mas a terceira corda não estava imóvel: tão leve, o menino ainda vivia…
* Por mais de meia hora ele ficou assim, lutando entre a vida e a morte, agonizando sob nossos olhos. E tínhamos de olhá-lo bem de frente. Ainda estava vivo quando eu passei diante dele. Sua língua ainda estava vermelha; seus olhos, ainda não apagados.
* Atrás de mim, ouvi o mesmo homem perguntar:
* - E então, onde está Deus?
* E senti em mim uma voz que lhe respondia:
* - Onde Ele está? Ei-Lo – está aqui, nesta forca.”
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Fonte: Elie Wiesel em A Noite *** via Laion Monteiro

terça-feira, 21 de setembro de 2010

As Resplandecentes Portas de Circe...

" ... Amigos, alguém lá dentro trabalha num grande tear;
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canta melodiosamente e todo o chão ressoa:
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é deusa ou mulher. Chamemos depressa por ela.
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Assim falou; e eles chamaram, elevando a voz.
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Ela saiu logo, abrindo as portas resplandecentes,
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e convidou-os a entrar; e les, inscientes, entraram todos.
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Só Euríloco ficou para trás, desconfiando de algum logro.
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Circe sentou-os em assentos e cadeiras m
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e serviu-lhes queijo, cevada e pálido mel
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com vinho de Pramno; mas misturou na comida
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drogas terríveis, para que se esquecessem da pátria.
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Depois que lhes deu a poção e eles a beberam, mm
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bateu-lhes com a vara, para logo os encurralar nas pocilgas. m
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Eles tinham cabeças, voz, cerdas e aspecto de porcos, m
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mas o seu espírito não mudou: permaneceu como era. m
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E choravam, encurralados, enquanto Circe lhes lançava m
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bolotas, sementes e o fruto da cerejeira para comerem, m
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coisas de que se alimentam os porcos que dormem no chão "
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*** m m m m m m m mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm *** Excerto de Odisseia de Homero - Canto X m +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ m m m ( Tradução de Frederico Lourenço )

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Criação, Salvação e o Futuro do Cosmos"

Tradicionalmente, a teologia sistemática divide as matérias do seu conteúdo em unidades estanques. Tal divisão é feita com uma intenção didática, que pode ser boa. Na prática, porém, há alguns problemas. Um deles tem a ver com o uso que se faz da Bíblia. Ao se separar um capítulo, procura-se ajuntar os textos que falam sobre aquele tema. Só que os autores bíblicos não tinham essa preocupação. Em vez disso, escreviam com uma liberdade impressionante, e não raro combinavam temas que, séculos mais tarde, foram separados por teólogos no esforço de sistematizar o ensino bíblico. Um exemplo é o que a Bíblia fala sobre a criação, a salvação e a escatologia. Ela não trata de tais temas isoladamente.
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Na tradição evangélica, o tema da criação, por exemplo, tem sido abordado apenas na perspectiva de uma discussão apologética antievolucionista. Se isso acontece, perde-se muita coisa. Biblicamente, a criação é a base da salvação. O problema é que, com séculos de influência platónica, muitos cristãos pensam que a salvação é só da “alma”, enquanto a Bíblia aponta para uma salvação integral. O texto de 1 Pedro 1.9 traz a expressão “salvação da alma”, tanto nas versões protestantes como nas católicas. É uma pena que quase todas as editoras bíblicas tenham optado por traduzir o grego “psychon” por “almas”, que dá a ideia de uma substância imaterial separada do corpo. A melhor tradução seria “vidas”, isto é, a totalidade da existência, o que inclui o corpo e tudo que faz com que o ser humano seja humano.
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Em Romanos 8.19-24, Paulo fala da expectativa quanto à plenitude da salvação, esperança compartilhada pelos seres humanos e pela própria natureza. Pedro (2Pe 3.13) fala do futuro do cosmos em termos de “novos céus e nova terra”, linguagem extraída de Isaías 65.17. E Apocalipse também fala de “novo céu e nova terra”, lugar da habitação de Deus com o seu povo. É surpreendente que, nos capítulos finais da revelação de Deus, não se fala de “almas” que sobem para um “céu”, mas da nova Jerusalém que desce do céu à terra. Será a concretização da salvação. “Creio na ressurreição do corpo” -- é preciso resgatar a linguagem do Credo Apostólico. É oportuno lembrar a expressão que já se tornou clássica em estudos teológicos, criada pelo teólogo alemão Pannenberg: a ressurreição de Jesus é um evento proléptico, isto é, que antecipa o futuro. Se quisermos saber como será o amanhã, basta olhar para o ontem: ontem Jesus ressuscitou; amanhã ressuscitaremos. E em totalidade, corpo e alma, junto com a criação, serviremos ao Senhor.
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O pensamento bíblico unifica o passado (a criação), o presente (a salvação) e o futuro (a renovação da criação). As implicações para a missão da igreja são várias: se o futuro do cosmos é a renovação da criação, a igreja deve anunciar essa esperança em Jesus Cristo e se envolver em acções de cura de um mundo doente e em ações que promovam a justiça. O texto de 2 Pedro 3.13 faz ecoar duas passagens que falam da vinda do Deus que faz justiça (Sl 96.10-13; Sl 98.4-9). Não é coincidência que, quando os textos bíblicos anunciam a esperança na vinda do Deus que faz justiça, o mar, os rios e as árvores sejam convocados para louvá-lo.
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A esperança cristã é optimista -- Deus vai fazer justiça na terra e vai restaurar a criação. A igreja em missão deve agir nessa direcção.
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Por Carlos Caldas In Revista Ultimato***Via Hermes Fernandes

sábado, 18 de setembro de 2010

"Religião e Ciência são Perfeitamente Compatíveis"

"...O outro ponto da reflexão diz respeito à ciência. É claro que a ciência metodicamente não precisa de Deus. Por outro lado, não tem capacidade nem para afirmar nem para negar a sua existência.
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Quando um cientista quer, a partir da ciência, afirmar que não há Deus, contradiz-se e entra em paralogismos, pois ultrapassa as suas competências enquanto cientista. De facto, a ciência não pode fazer afirmações sobre a realidade na sua ultimidade. Por exemplo, há Deus ou não?, o homem é livre?, com a morte acaba tudo ou a vida continua? A razão dessa impossibilidade está em que estas questões não são enquadráveis no método empírico-matemático, não são objecto de experimentação.
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Religião e ciência são perfeitamente compatíveis, desde que respeitem os seus domínios de competência. A religião não tem respostas para questões científicas. A ciência não responde à problemática dos valores e a questões como: porque há algo e não nada?, qual é o sentido último da existência?
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Assim se compreende que haja cientistas agnósticos, ateus e crentes. Também os crentes não habitam todos no asilo da ignorância e da superstição."
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*** Prof. Anselmo Borges In Diário de Notícias Online de 18/10/2010

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Sucesso da Educação no País Interior

Ando pelas ruas da cidade, cruzo-me com pessoas nos transportes públicos, ouço as conversas, olho os jornais e revistas que lêm, observo grupos de adolescentes e comportamentos. Entro em lugares públicos, correios, cafés, livrarias, centros comerciais, repartições, e uma preocupação invade-me: os portugueses, pelo menos uma grande parte daqueles com que me cruzo, exibem um grau elevado de subdesenvolvimento cultural, e mesmo iliteracia congénita, a avaliar pela construção frásica das suas arengas e pela forma como interpretam o que lêm ou ouvem. Os mais jovens, os que supostamente ainda estarão em idade escolar, utilizam entre si um idioma que, sendo minimamente entendível, faz lembrar mais um qualquer crioulo do que o português propriamente dito, depois, quando chegam à Universidade para frequentarem cursos com notas mínimas de acesso é o que se vê; normalmente não se sabem sequer exprimir em português corrente. As suas horas vagas servem para tudo menos para pensar no seu próprio futuro, que os pais hão-de pagar até à exaustão como se isso fosse igual a proteger os filhos. E de repente, como se de uma pedrada no charco se tratasse, vejo no telejornal que numa escola secundária de Bragança, a Miguel Torga, numa normal turma do 12º ano, 10 ou 12 alunos ( se o rácio for o normal, será igual a 50% da turma ) entraram em cursos na Universidade a que normalmente só se consegue aceder com médias iguais ou superiores a 18,50 valores ou lá muito próximos. Isto traduz de imediato duas coisas: nesta escola, nesta turma, foi declarada guerra ao subdesenvolvimento cultural e à iliteracia. A vitória obtida, não é apenas resultado da aplicação e trabalho dos alunos. Aqui, há a mão dos professores, de pais, da estrutura escolar e do apoio que oferecem para que os alunos possam alcançar o sucesso que pretendem, aqueles que o pretendem, claro, e que todos nós devemos desejar para todos os jovens estudantes.
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Interroguei-me sobre o que tenho andado a ouvir nos últimos anos, da boca dos políticos, sobre educação, interioridade e atraso cultural. Parece-me, afinal, que alguma coisa não bate certa e que, ao contrário do que me dizem, não é o isolamento geográfico ou a interioridade que condenam, em definitivo, as pessoas à iliteracia ou atraso cultural, até porque, também noutra cidade do interior, Viseu, de uma outra escola secundária sairam 27 alunos para cursos com médias de entrada na Universidade igualmente a roçar os vinte valores . O problema, em minha opinião, está mais nas grandes cidades que massificam atitudes e comportamentos e que afastam as pessoas, desde tenra idade, da escola e do interesse pelo saber. Afinal, e mais do que provavelmente, o interior é bem capaz de oferecer muito melhores condições para estudar e trabalhar arduamente do que os grandes centros urbanos onde a oferta de divertimento fácil, vida nocturna acessível e em profusão, laxismo e/ou falta de tempo dos pais para estarem, ao menos, atentos ao que se passa em casa com os seus filhos que estudam, a juntar a uma excessiva preocupação de ostentação de uma imagem exterior em oposição ao conteúdo interior das pessoas, a cultura do hedonismo sem respaldo em qualquer esforço que a faculte e, seja lá mais o que for, estão a produzir, massivamente, cidadãos para o insucesso escolar condenando-os à iliteracia e ao atraso cultural, que se irá reflectir, inexoravelmente, no atraso social e económico do país espelhado, aliás, na nossa actualidade.
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Comentam-se as telenovelas do dia anterior e as peripécias das suas personagens com um palavreado a denotar as dificuldades de construção verbal minimamente aceitável . Discute-se a bola como se fosse um caso de vida ou de morte. Os diálogos tornam-se enjoativos de tantas vezes ouvidos sem variação de tema ou verbo; exibem-se complexas tatuagens em todas as partes do corpo que deixam transparecer e adivinhar um exibicionismo doentio isento de valores. Gadget`s saltam dos anúncios ao consumismo para pularem de mão para mão como que a dizer "eu tenho e tu não tens" pretendendo afirmar assim a supremacia de uma "cultura" urbana do superlativo e do "faz de conta". A "Rapariguinha do Shoping", de Rui Veloso, comparada com esta "cultura" balofa e bacoca, de pés de barro, era uma menina de coro.
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Não acho que as pessoas tenham obrigatoriamente que discutir apenas poesia, teatro, musica clássica, literatura, ciência, etc, mas penso que qualquer curriculo escolar devia apontar, obrigatoriamente, para uma educação para a cidadania e não apenas para a estatística. É que assim não vamos lá. Assim Portugal será um país eternamente adiado correndo um risco muito sério de viver mais novecentos anos orgulhoso das suas seculares fronteiras, língua e pátria, mas condenando indefinidamente os seus cidadãos a serem o riso da Europa e o país a ser uma anedota histórica.
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Jacinto Lourenço

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gregos Avistaram Cometa de Halley

( Imagem D.N. )
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Astrónomos gregos terão visto o cometa Halley 226 anos antes dos chineses, segundo documentos antigos agora revelados
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A observação de um cometa feita pelos gregos em 466 antes de Cristo (a. C.) poderá ser o mais antigo avistamento do cometa Halley documentado até hoje, de acordo com a tese de um grupo de investigadores agora divulgada pela revista New Scientist. O Norte da Grécia terá sido atingido por um meteorito no período temporal entre os anos de 466 e 468 a. C. e, segundo um artigo publicado no Journal of Cosmology pelo filósofo Daniel Graham e o astrónomo Eric Hintz, ambos da Universidade Brigham Young (EUA), documentos antigos de astrónomos gregos referem a existência de um cometa no céu quando o meteorito caiu. Este detalhe não tinha merecido grande destaque até ao momento, mas, segundo o artigo do Journal of Cosmology, citado pela revista New Scientist, o cometa teria sido visível durante cerca de 80 dias em 466 a. C., na região de Hellespon, no Norte da Grécia. Se as novas descobertas forem confirmadas, os investigadores vão fazer recuar a data da primeira observação documentada do Halley em 226 anos. Até à data, o registo mais antigo que existia era referente a um visionamento datado do ano 240 a. C. feito por astrónomos chineses. Os relatos feitos nos documentos dos antigos gregos falam sobre a queda de uma rocha do espaço durante o dia e, pelas descrições, com o tamanho aproximado de uma carruagem de mercadorias. O objecto, descrito como tendo uma cor "queimada", tornou-se numa atracção turística durante mais de 500 anos. Para conferir um mínimo de credibilidade aos relatos feitos pelos documentos gregos, Eric Hintz e Daniel Graham reconstituíram a rota mais provável do cometa Halley, de modo a tentar perceber se ele coincidia com as observações efectuadas. Segundo os cálculos feitos pelos dois investigadores, o Halley pode ter sido visível durante cerca de 80 dias entre o início de Junho e final de Agosto do ano 466 antes de Cristo, dependendo das condições atmosféricas e da escuridão do céu. Os dois investigadores frisam que "é difícil voltar tão atrás no tempo". "Não é como um eclipse, que é muito previsível", salienta Eric Hintz à BBC News. Frisando, no entanto, que a equipa se sente bastante confiante sobre as suas conclusões. "Se a observação de 240 a. C. foi aceite, esta também tem possibilidades bastante sólidas para o ser." Acrescentando que, se esta teoria for aceite, ela terá ocorrido "três órbitas antes da observação feita pelos chineses". Questionado se é possível que a queda do meteorito e a passagem do cometa Halley estejam relacionadas, Eric Hintz mostra-se céptico. "Seria realmente interessante se estivessem ligados, se fosse um pedaço do Halley que caiu. Mas a nossa impressão é que se trata apenas de uma curiosa coincidência", sublinha o investigador.
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Agatha Christie- 120 Anos

O Google tem destas coisas; lembrar-nos de factos que nos passariam um pouco ao lado mesmo sendo por vezes do nosso conhecimento genérico. Foi assim, hoje, com o Google a lembrar-nos que Agatha Christie, se fosse viva, faria 120 anos. Nada de mais, há pessoas, poucas, que têm lá chegado, ou muito perto, mas em vida. A autora de policiais e de personagens famosas com eles relacionadas, fizeram, e fazem ainda, parte de um tipo de literatura policial diferente da generalidade do mesmo género, e é isso que me encanta e que fez as minhas delícias desde sempre. Trata-se de literatura policial, permita-se-me o termo, "cavalheiresca". Isto é: até à descoberta do "bandido", investigador e suspeitos tratam-se, quase sempre com um misto de desconfiança, aproximação/distanciamento e cavalheirismo, revelando, pouco a pouco, através de pequenos esgares, sorrisos subliminares, breves palavras soltas pontualmente e pequenos deslizes, aos olhos do investigador, o rasto do crime e como este pode ter sido cometido bem como as suas motivações. Mas claro, tudo isto mantendo o(s) suspeito(s) na eterna dúvida de poder ou não, ele próprio, suspeitar de que é suspeito. A trama de um policial de Agatha Christie desenvolve-se num crescendo de factos e envovências humanas, e até de geografia física, que quase nos conduz à observação de uma pintura imaginária da escola inglesa da época Vitoriana. Insere-nos numa história intrigante, mantém-nos permanentemente num limbo de verdade/mentira, dependurados de uma riquíssima capacidade da autora para encontrar os mais lúgubres lugares da alma humana e de os preencher com factos criativos inusitados e inesperados para o leitor.
Quando damos conta, estamos prisioneiros de Hercule Poirot, uma das mais famosas personagens de Agatha Christie, e do original olfacto deste para desvendar os mais intrincados mistérios de um crime, através de pormenores de tal irrelevância que passariam completamente ao lado mesmo até de um atento observador. "Devorar" livros de Agatha Christie, acontece-me muitas vezes, em especial nos mais livres dos meus tempos livres, aqueles em que me apetece estar especialmente isolado de qualquer obrigação profissional, académica, ou social. É assim desde que me conheço a saber ler razoavelmente, e já lá vão mais de quatro décadas.
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Jacinto Lourenço

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Recuperar o Tempo

«... Sei que vou passar. Prometo recuperar o tempo que desperdicei sem ler. Vou continuar a escolher com apuro os bons escritores. Já aprendi com Machado de Assis a lembrar-me que a hipocrisia social é avassaladora; e que só conseguimos ser honestos sobre a vida se escrevêssemos “Memórias Póstumas”. Graciliano Ramos me ensinou sobre a miséria que condena o pobre a menos que uma cadela – a Baleia de "Vidas Secas". Fernando Pessoa, meu poeta maior, me conduziu à coragem de enfrentar a angústia existencial mesmo quando produz "Desassossego". Com Dostoievski aprendi que um Raskolnikov, ambiguamente assassino e redimido, habita em cada um de nós. Victor Hugo me fez descobrir Cristo na vida de Jean Valjean, o egresso das galés, que ama sem conhecer limites.[...]
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Sei que vou passar. Prometo encher a minha aljava com a delicadeza das rosas, a irreverência dos colibris, a folia dos golfinhos, a calma do jabuti, a imponência dos carvalhos e o renascer das marés. Procurarei trazer nos lábios, mesmo diante da grande crueldade, um sorriso sempre a dizer "sou feliz". »
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Soli Deo Gloria
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Via Pr. Ricardo Gondim

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Indiferença...

Creio que, se há uma coisa que fere o coração do Mestre com dor indizível, esta não é a iniquidade do mundo, mas a indiferença da igreja.
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F.B. Meyer
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sábado, 11 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

De volta à Idade Média

Podia ser um Ímã, um Ayatollah, um Padre, um Bispo, ou até um Leigo de uma qualquer religião. Mas não. É um senhor que se denomina pastor evangélico de uma igreja cristã evangélica, ao que se percebe, sem grande relevância nos Estados Unidos. Decidiu, este indivíduo que se afirma pastor, que iria fazer uma queimada de livros do corão para, presume-se, lembrar o acto criminoso de outros extremistas, de outra religião, tão criminosos como ele. Sim porque qualquer pessoa que ameace ou atente contra a vida de outras pessoas em qualquer parte do mundo, só pode ser isso mesmo: criminoso ! Não sei qual o Instituto Bíblico onde este homem de bigode arrevesado fez o curso que o habilita a dizer-se pastor mas, quanto a mim, esse instituto devia ser investigado por passar diplomas a gente desta. Um pastor não é isto que os orgãos de comunicação têm mostrado. Um pastor está nos antípodas do que este norte-americano configura para o exterior e, pelos vistos, para o interior da sua igreja. Um pastor tem que ter no seu espírito e alma, inscritas, permanentemente, as palavras Concórdia, Perdão, Amor, Consagração, Reconciliação, só para citar algumas que são pontos cardeais pelos quais o seu ministério pastoral se orienta e baliza. Não cumpridos estes critérios mínimos, não pode estar-se na presença de um pastor, quando muito, e à vista dos actos que pretende perpetrar e das palavras odiosas que tem transmitido, estaremos na presença de um louco, e o problema é que a globalização oferece tempo de antena q.b. a loucos e criminosos. Mais do que provavelmente, se este dito pastor o fosse efectivamente e tivesse a presunção de sair para a rua, e se postasse em frente à sua casa de oração a pregar o evangelho de Cristo e a apelar à reconciliação dos homens com Deus e entre eles próprios, a atenção que os media lhe dariam seria igual a zero; não era notícia nem na América nem na Europa nem em qualquer lugar do mundo. As pessoas passariam e continuariam o seu caminho como se nada de novo ou interessante estivesse a acontecer. Mas mais do que provavelmente também, a este dito pastor, também não sobram tempo nem disponibilidade espiritual para pregar o Evangelho de Cristo nem a mensagem do Amor de Deus. A sociedade que integramos é isto mesmo. A loucura, o crime, a guerra, a anormalidade, são sempre notícia. O bem, o belo, o bom, o Amor, passam despercebidos. E pelos vistos qualquer transtornado de ocasião é capaz de concitar a atenção de chefes de estado e movimentos de multidões em todo o mundo. Ou seja, qualquer homem, por mais ignaro que seja, é um rastilho capaz de fazer explodir esta enorme bomba global da instabilidade política, social e religiosa e levar o mundo para o caos, e o pior é que as democracias, que querem afirmar-se tão respeitadoras da liberdade individual o permitem e até, indirectamente, defendem e protegem tal como protegeram Hitler e suportaram, ao limite da estupidez, as suas atitudes belicistas que culminaram no despoletar da 2ª guerra mundial em 1939. Do meu ponto de vista, quem não respeita os direitos dos seus concidadãos ou os ofende continuada e recorrentemente, não pode andar à solta. Este senhor, que se diz pastor, devia estar na prisão com a pena acessória de ter que escrever repetidamente num quadro, milhares de vezes, para o resto da sua vida, e até perceber o seu significado ou até que se arrependesse do mal que está a provocar, a palavra Amor.
Quantas mais "Noites dos Facas Longas", ou sucedâneas, teremos ainda que suportar sem dizer nem fazer nada para as evitar ? Afinal, Saramago, em certa medida, sobre a religião, exclusivamente em si mesma, era capaz de não estar errado de todo : “as religiões, todas elas, sem excepção, nunca serviram para aproximar e unir os homens. pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da história humana”.
*** Jacinto Lourenço

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

À atenção dos Homens... : "Estudo prova que Mulheres Conduzem Melhor"

Quando se sentam atrás do volante, elas são mais seguras, menos agressivas e, mesmo quando têm um azar, os acidentes em que se envolvem são por norma pouco graves. Esta a conclusão de um estudo sobre tráfego realizado em Nova Iorque e divulgado na semana passada.
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Os números foram divulgados pelo jornal New York Times (NYT). E basta um exemplo: 80 por cento de todos os acidentes em que resultaram peões mortos ou gravemente feridos registados em cinco anos na "Grande Maçã" envolveram condutores homens. Uma discrepância que é "grande de mais para ser explicado pela predominância de motoristas homens nos autocarros, táxis e carrinhas de entregas", admite ao NYT Seth Solomon, porta-voz do Departamento de Transportes de Nova Iorque. O problema poderá ser explicado pelas... hormonas. Cientistas sociais e especialistas em tráfego automóvel ouvidos pelo NYT dizem que, por norma, os machos são mais agressivos e propensos a assumir riscos, por causa da testosterona. Assim, é mais comum encontrar-se homens (do que mulheres) a conduzir com álcool no sangue, ou após o uso de drogas, em excesso de velocidade ou a fazer manobras perigosas. "Nós temos instinto maternal. Os homens sentem que são donos da estrada", diz ao NYT Amy Forgione, condutora há 19 anos que, descreve, sempre que é conduzida pelo marido mete o cinto de segurança e sustem a respiração. Uma ideia corroborada por Anne T. McCArtt, vice-presidente do departamento de investigação do Insurance Institute for Highway Safety. Para que ocorra um acidente grave, "o comportamento agressivo ao volante tem mais influência do que a habilidade do condutor", afirma. Mas nem tudo é mau para o ego masculino. O mesmo estudo indica que eles de facto percebem mais de mecânica automóvel do que elas. E até terão mais habilidade ao volante.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Religião e Cidadania

"...A igreja é um espaço democrático. A igreja é lugar para todos os cidadãos, independentemente de raça, sexo, classe social e, no caso, opção política. A igreja é lugar do vereador de um lado, do deputado de outro lado, e do senador que não sabe de que lado está. A igreja que abraça uma candidatura específica ou faz uma aliança partidária, direta e indiretamente rejeita e marginaliza aqueles dentre seu rebanho que fizeram opções diferentes.
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A igreja não tem autoridade histórica para se envolver em política. Na verdade, não se trata apenas de uma questão a respeito da igreja cristã, mas de toda e qualquer expressão religiosa institucional. A mistura entre política e religião é responsável pelos maiores males da história da humanidade. Os católicos na Península Ibérica e em toda a Europa Ocidental. Os protestantes na Índia. Os católicos e os protestantes na Irlanda. Os judeus no Oriente Médio. Os islâmicos na Europa e na América. Todos estes cometeram o pior dos crimes: matar em nome de Deus. Saramago disse com propriedade que “as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana”.
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O papel social da igreja é profético. Quando o governo acerta a igreja aplaude. Quando o governo erra a igreja denuncia. Quando a autoridade civil cumpre seu papel institucional a igreja acata. Quando a autoridade civil trai seu papel institucional a igreja se rebela. A igreja não está do lado do governo, nem da oposição. A igreja está do lado da justiça.
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Todo cristão é também cidadão. Todo cristão deve exercer sua cidadania à luz dos valores do reino de Deus e do melhor e máximo possível da ética cristã, somando forças em todos os processos solidários, e engajado em todos os movimentos de justiça. [...].
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Excerto do texto de René Kivitz, Religião e Cidadania, publicado no Blogue Práxis Cristã

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Restaurador de Confianças Abaladas

A nossa vida é preenchida muitas vezes por sombras de dúvida, problemas e alguns medos. Nessas ocasiões, voltamo-nos para todos os lados em busca de respostas. Queremos ultrapassar rapidamente as dificuldades que nos assaltam. Eliminar barreiras. Passar ao lado dos medos. Raramente isso é feito num estalar de dedos. Há um processo, na maior parte dos casos, repleto de tribulações. Mas é um processo que também nos ensina a recuperar a confiança que perdemos mais vezes do que seria desejável. Hoje de manhã, no meu período devocional, Deus trouxe à minha vida um Restaurador de Confianças Abaladas. Através do profeta Oseias Ele disse-me que eu sou filho do Deus Vivo ( Oseias 1:10 ). E sou ! Foi para isso que Jesus morreu na Cruz por mim, para fazer de mim um filho de Deus, de um Deus que se preocupa comigo, com os meus problemas, dúvidas e quebras de confiança. Afinal, e parafraseando o Salmo 78:39, "Ele lembra-se de que sou carne, um vento que passa e não volta". A Graça de Deus é uma coisa fantástica em nós, que somos por natureza seres omissos, duvidosos e esquecidos de quão importante é esta afirmação de fé: "Somos filhos do Deus Vivo" . Mais importante ainda é que esta não é apenas uma confissão positiva da minha vontade; esta afirmação não é minha, é de Deus, do Pai, é Ele que diz que somos seus filhos. Aleluia, sou Seu filho, posso confiar. Ele não falha !
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Jacinto Lourenço

Trabalho e Reforma...

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tapeçarias de Pastrana em final de Férias

É assim todos os anos. Costumamos terminar as férias de verão com um almoço ou jantar em família. Este ano, na impossibilidade de ter a família toda reunida para essa actividade, a minha mulher achou que seria boa ideia ocupar as derradeiras horas das suas férias a lavar as persianas das janelas lá de casa para além de outras actividades afins. Fiquei sem saber como sair desta situação tão "dramática" para um fim de férias. Foi então que se fez um click: " e se fossemos visitar o Museu Nacional de Arte Antiga e a exposição temporária das Tapeçarias de Pastrana ?! Não senti grande dificuldade em "vender a ideia" o que é indiciador de que a vontade de lavar as persianas também não era muito persistente. Até porque, se não tivesse sido na sexta-feira, a visita ao museu, para apreciar as raras tapeçarias que evocam a tomada de Arzila e Tanger pelo nosso rei D. Afonso V, teria que ser programada antes de dia 12 de Setembro próximo,data em que encerra esta exposição temporária e as tapeçarias regressam a Espanha que as emprestou, e eu teria que ir sózinho ao museu correndo o risco de posteriores recriminações familiares. Preferi não correr o risco. Juntámos assim o útil ao agradável e lá fomos até às Janelas Verdes aproveitar o nosso último dia útil das férias de verão de 2010. Mesmo sem as Tapeçarias de Pastrana, o Museu Nacional de Arte Antiga justifica, por si só, uma visita a todo o conjunto variadíssimo de obras em exposição permanente. Claro que não é um Louvre nem um Prado, é um museu à escala de Portugal, mas isso não o diminui na importância do espólio exposto, bem pelo contrário. Se falarmos de pintura, por exemplo, estão ali expostos alguns dos principais pintores portugueses de sempre, sendo um dos lugares priveligiados para se apreciar a escola portuguesa abrangendo um período com intervalo significativo de anos, o que não será possível em museus estrangeiros. Se falarmos de ourivesaria, encontramos obras de referência de onde se destaca a Custódia de Belém cuja autoria é atribuida ao nosso grande Gil Vicente. Do conjunto da pintura em exposição, destaco os Painéis de S. Vicente de Nuno Gonçalves e as Tentações de Santo Antão de Jheronymus Bosch. Se não for por mais nada, vá pelo menos por isto visitar o Museu Nacional de Arte Antiga rico de multifacetadas colecções de arte. Depois aproveite e faça como eu: almoce nas explanadas do jardim do Museu, de preferência com vista sobre o Tejo e a Margem Sul. Os cinco euros que vai pagar de entrada para a visita do Museu estão mais do que rentabilizados. Mas cuidado, se levar o seu automóvel é melhor procurar estacionamento nas ruas da Lapa ou Madragoa sobranceiras à rua da Janelas Verdes já que nas imediações do Museu é para esquecer o estacionamento.
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Jacinto Lourenço

domingo, 5 de setembro de 2010

A Parte boa das Férias...

Ao partir para férias, já sabia que seriam as mais prolongadas dos últimos anos, não significando, necessariamente, que fossem as mais descansadas; a necessidade de vários trabalhos de conservação na casa da família, na província, faziam antever precisamente o contrário de descanso físico e de colocar em dia algumas leituras necessárias. Em qualquer caso, faz-nos sempre bem quebrar rotinas, romper com hábitos urbanos. Mesmo que cansemos o corpo, descansamos a mente e preparamo-nos para novos horizontes.
Quando parti para férias, já sabia também que, ao regressar, encontraria definitivamente encerrada a empresa onde tenho trabalhado nos últimos anos e que, portanto, eu seria mais um a enfrentar o espectro do desemprego forçado por uma declaração de insolvência que esconde por detrás a deslocalização para um país de economia emergente e de mão de obra mais barata. O travo que nos fica é sempre amargo, mesmo se a esperança de encontrarmos um novo rumo profissional, rapidamente, se mantém. Afinal de contas, o capital de experiência acumulado por tanta gente como eu, ao longo de anos, não pode ser despiciendo para qualquer país que pretenda ganhar o futuro.
O que me preenchia a alma, na saída para férias, era tanta coisa que tomei a decisão de não aceder à internet, não actualizar o Ab-Integro e não ir ao meu perfil no Facebook durante as três ultimas semanas que terminaram precisamente ontem. Confesso que resisti a várias tentações de romper com esta decisão; valeu, na circunstância, a "ajuda" providencial dos meus filhos que me canibalizaram o plafond disponível da banda larga móvel. Devo dizer que não foi fácil. Aproveitei para alguma leitura, a possível, umas espreitadelas ao firmamento através do meu telescópio e a urgente recomposição do físico pouco habituado aos trabalhos a que estava a ser sujeito ( não se entenda isto como queixa, até porque o labor preponderantemente físico traz algumas compensações ao descanso nocturno - dormimos com os anjos ).
A parte má das férias é quase sempre quando elas terminam. No caso de qualquer português, na actualidade, é pior ainda porque fomos abalroados por acontecimentos que seguramente dispensaríamos: processo Casa Pia, incêndios, rentrée da nossa triste realidade política, desemprego a bater nos 11%, processo Queiroz versus Autoridade Anti-Dopagem, a selecção que, com o seu desempenho futebolístico de 4 - 4 frente a essa "grande potência do futebol internacional" que é o Chipre, não ajuda nada à nossa auto-estima, ver nos jornais que o nosso PIB, em 2010, será de € 173 mil milhões e que o da Holanda ( menos de metade do território português e apenas mais cerca de 5 milhões de habitantes ) é de € 618 mil milhões e que - pior ainda - o da Bélgica ( um estado que promete a si próprio um futuro incerto quanto à unidade como nação ) é de € 366 mil milhões e que o consegue em cerca de um terço do território português e mais ou menos com o mesmo número de habitantes, são factos que não nos podem deixar particularmente optimistas e felizes, embora façamos um grande esforço para contrariar isso.
A parte boa das férias, quando elas terminam, é que voltamos à casa do Pai, à comunhão da igreja, à partilha do pão e do vinho. Voltamos a abraçar amigos e irmãos de cujo convívio estivémos privados algumas semanas. Voltamos também ao convívio insubstituível da família, do prazer da a ter toda reunida à volta da mesa.
Terminadas as férias, percepcionamos desafios, mas olhamos os "gigantes" através da visão de Deus. Sabemos que não podemos desistir. Somos cristãos e, como dizia hoje pela manhã, na sua mensagem, o meu amigo e pastor Brissos Lino, "ser cristão não é um objectivo é antes uma caminhada". É por isso que olhamos o fim das férias como o início para novos desafios, para a continuação da jornada.
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Jacinto Lourenço