quinta-feira, 30 de abril de 2009

Planeta Urano

William Herschel ler em Jornal El Mundo de 29 de Abril de 2009

O Explendor de Pompeia em Exibição

Os Frescos da cidade de Pompeia voltarão a ser exibidos, a partir desta Quarta-Feira, em Nápoles ( sul de Itália ), com o seu explendor original após um processo de restauro que durou mais dedez anos e que manteve oculta do grande público a que é provavelmente a melhor colecção de pintura romana [ Império Romano ] do mundo(…).

In Jornal El Mundo de 29 de Abril de 2009-04-2009

Tradução do excerto reproduzido por Ab-Integro

Versão integral do texto ( em Castelhano ) . Ler Aqui

O Futuro da Humanidade

Num momento crucial da Humanidade, em que diversas crises se sobrepõem, podemos constatar que está eminente uma ruptura com velhos paradigmas.

Novas formas de trabalhar e novos modelos de organização e gestão de tudo quanto leva a assinatura humana (governação, politica, economia, saúde, etc.) têm de ser re-equacionados e de forma urgente.

Num momento crucial da Humanidade, em que diversas crises se sobrepõem, podemos constatar que está eminente uma ruptura com velhos paradigmas.

Novas formas de trabalhar e novos modelos de organização e gestão de tudo quanto leva a assinatura humana (governação, politica, economia, saúde, etc.) têm de ser re-equacionados e de forma urgente.

Não podemos confiar mais nos velhos e desgastados modelos mentais que nortearam a sociedade humana até ao ponto de ruptura e de falência em que vivemos.

A crise de que todo o mundo fala foi despoletada por um conjunto de factores que já se fazia anunciar há dezenas de anos, mas que poucos se aperceberam. Não é uma crise económica. Esta é apenas uma consequência. E de quê?

O homem transformou o mundo, incluindo a Natureza, mas foi ultrapassado pela velocidade da mudança dos acontecimentos. Mas poucos foram aqueles que entenderam o que realmente está a mudar nas nossas vidas e as consequências daí resultantes. Foi pura ignorância e desatenção porque temos andado muito distraídos com as nossas preocupações pessoais. Quem leu Toffler em O CHOQUE DO FUTURO (1975) ou A TERCEIRA VAGA (no Brasil: A TERCEIRA ONDA) (1985) estava ciente dessas transformações.

Muitos dos nossos políticos e governantes e outros detentores do poder têm revelado a sua impreparação para lidar com os novos desafios. Há, por isso, também uma crise de competência e de inteligência.

Foi assim que milhões depositaram as suas esperanças em B. Obama vendo nele um homem do futuro. Terá sucesso? Deixá-lo-ão governar e ser fiel à sua visão, à sua ideia de um mundo novo e à sua marca de governação?A verdade é que metade da humanidade - como em nenhuma outra época da História - está confiando num só homem para mudar o nosso mundo. Mas ele não é um Deus e tem as suas limitações.

Teremos de ser nós todos a lutar por um mundo melhor, exigindo novas políticas, novos governos, novas administrações. Isso talvez exija novos políticos, novos governantes, pois a grande maioria dos que conhecemos já mostraram as suas reais capacidades. E, desses, não poderemos esperar mais do que aquilo que já fizeram. Precisamos de novos políticos e novas políticas em todo o mundo.Estamos pois no limiar de uma revolução - de mentalidades, de ideologias, de comportamentos.

O século XXI vive esse extraordinário desafio: revelar-se uma nova Era onde os nossos medos e inseguranças serão vencidos ou, pelo contrário, tornar-se numa Era de penumbra e desmantelameno de ideais, sonhos e ambições.

Tudo isto constitui, afinal, uma provocação à inteligência de cada um de nós! Saibamos usá-la!

Nelson S. Lima

Director do Centro de Estudos Augusto Cury

In Centro de Estudos Augusto Cury

Cristianismo e Paulo: Cultura de Rotura

O património da Europa ao fundar-se em valores do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, funda-se fundamentalmente sobre valores religiosos e estes valores são matéria do Cristianismo.

A fundação da Cultura do Cristianismo pelo apóstolo Paulo não está, porém, cativa de um passado remoto. Na segunda metade do Primeiro Século – a partir do ano 50 a.D - já essa Cultura, essa Nova Luz, a Idade do Ouro que até Virgílio, o poeta latino, vaticinou (Bucólica Quarta), se preparava para ser coluna no futuro.

Tolerada ou sentida com temor pelas instâncias do poder romano(Actos 24,25) e «reconhecida» nos seus fundamentos pela curiosidade do espírito cultural grego (Actos 17 ), ajudaria a conduzir da Patrística à Reforma o Pensamento dos cristãos, e a despeito de muita dialética materialista no século XX, um autor como Harold Bloom teria que colocar Paulo como um autor bíblico fundacional a par de Dante e Shakespeare. Para o autor do Cânone Ocidental, Paulo esteve também na base da ontologia do Ser.

Obviamente sabemos de que novo ser humano Paulo falava, o apóstolo escreveu aos Coríntios sobre aqueles que, se estão em Cristo, são novas criaturas. É a experiência da redenção, que torna o crente nova criatura em Cristo, que também é a base da Cultura do Cristianismo. Esta ergueu-se bastante, em relação aos outros apóstolos de Jesus, sobretudo globalmente, em torno da obra e da vida do apóstolo Paulo.

Este começou por estruturar essa Cultura dentro das balizas da cultura do judaismo. Na referência biográfica que faz de si próprio nas epístolas aos Coríntios e aos Filipenses, não enjeita suas origens, as quais eram motivo de orgulho no tempo anterior ao Caminho de Damasco. Na perspectiva estritamente hebreia, Paul perdeu o seu presente, enquanto descendente da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus, fariseu, etc., mas ganhou o futuro, pela influência que exerceu na amplíssima comunidade cristã do seu tempo, e a eternidade do ponto de vista do Cânone Sagrado e da Teologia.

Assim, imensamente por causa do trabalho missionário de Paulo, que abarcou o Oriente e o Ocidente, a remota Ásia Menor e a Europa, a Cultura do Cristianismo foi uma cultura de rotura. Tal cultura, porém, não agiu autonomamente, só numa divulgação do pensamento cristão desligado de um organismo, por exemplo como acontecia com o gnosticismo, essa cultura estava intimamente ligada à Igreja Primitiva, às igrejas que Paulo foi fundando de Roma a Antioquia.

A cultura de rotura com os valores, com a amoralidade e a imoralidade, do secularismo, começou a ser veiculada pelas Comunidades dos cristãos, pela Igreja. E sem excepção, as Epístolas de Paulo, não excluindo como é óbvio as cartas dos demais apóstolos, contribuiram para tal cultura de rompimento. Paulo confirmou doutrinariamente toda a historicidade do relato de Lucas nos Actos, Paulo tornaria o Cristianismo num Facto histórico, resgatando-o da ideia da época de ser uma seita do judaismo. Desde um ponto de vista histórico o cristianismo supõe o principal aportamento do povo hebreu e uma das mais importantes influências semíticas junto com o alfabeto – no âmbito geo-cultural ocidental. Já se escreveu que «a religião cristã foi um factor primordial na hora de formar o sentido da identidade europeia.» Esta identidade europeia, que é laica obviamente, mas estruturada nos valores judaico-cristãos, assenta de resto numa vasta e fundacional Literatura, predominando o Novo Testamento.

Evangelhos canónicos e apócrifos, as Cartas de Paulo e os Actos dos Apóstolos, de Lucas. Tais obras foram escritas –na sua maioria- entre finais do século I e os começos do século II d.C. Actualmente, textos como o Papiro Egerton (S. II d. C.) e outros seus contemporâneos como P1 e o P2, o Manuscrito de Nag Hammadi (S. IV d.C.),o Manuscrito Sinaítico (S. IV d.C.), o Códice Vaticano (S. IV d.C.), o Códice Benzae Cantabrigensis (S. V d.C.), o Códice Alexandrino (S. V d.C.), o Códice Washingtoniano (S. V d.C.), o Códice Ephraemi Rescriptus ( S. V d.C.), são os testemunhos directos mais antigos que se conservam como referência a Jesus Cristo e ao Cristianismo. A Igreja bíblica está fundada sobre a Doutrina dos Apóstolos, a Europa subtraída às hostes da barbárie tem nas suas fundações os veios auríficos dos valores imbatíveis dessa Doutrina.

Assim o Cristianismo não pode ser visto apenas como a Religião, é também a Identidade.

J.T.Parreira

Via Papéis na Gaveta

The Plastic Woman

Americana viciada em plásticas já fez 47 operações

Cindy Jackson é recordista em cirurgias estéticas e esteve ontem no Porto a gabar o seu modo de vida. Especialistas consideram o caso anormal, mas alertam que em Portugal há jovens "de 21 anos que já vão na terceira operação".
"Em 1988 recebi um herança do meu pai. Podia comprar uma casa, um carro, uma viagem... ou fazer uma cirurgia plástica. Escolhi a última opção e ganhei tudo o resto." Quem fala assim, é uma viciada confessa: Cindy Jackson já fez 47 operações do género. Ontem esteve no Porto, a falar de um vício que especialistas em plásticas, ouvidos pelo DN, não consideram normal. Cindy Jackson, nascida nos EUA, em 1955 (mas com o ar de um trintona), foi uma das oradoras do segundo e último dia do VI Congresso Internacional do Espaço T, subordinado ao tema "O desejo". Com o sonho de " se parecer como Brigitte Bardot", a escritora, cantora e dona de uma gama de produtos cosméticos tem feito cirurgias um pouco por todo o corpo (das pernas aos cabelos, passando por glúteos, seios ou nariz... três vezes). "Há vinte anos, quando comecei, diziam-me que ia ficar horrível passados vinte anos. Continuo na mesma e estarei igual em 2029", afirmou Jackson, apregoando o seu estilo de vida e a "procura da beleza". Mas a verdade é que o caso de Cindy - registado no Livro dos Recordes como a pessoa que fez mais cirurgias plásticas no Mundo - é encarado por Biscaia Fraga e Victor Fernandes, especialistas na matéria, com um misto de surpresa e reprovação. "Ela fez 47 operações? Meu Deus, isso não é normal", reagiu Biscaia Fraga, assegurando que tal caso não tem paralelo em Portugal. "No limite, há estrelas do espectáculo que fizeram cerca de 10." O mesmo número é apontado por Victor Fernandes, também cirurgião plástico. "A atitude dessa senhora é um bocado estranha. Três ou quatro operações, quando muito, é o normal", explica, admitindo conhecer celebridades que também passaram a dezena. Fernandes, assim como António Reis Marques, psiquiatra, recusam falar de "dependência ou viciação" em operações, mas admitem que há pessoas com baixa auto-estima que as procuram em excesso. "Aí terão de encontrar um cirurgião plástico com bom-senso, que lhe explique que elas não são solução" aponta Reis Marques. Biscaia Fraga mostra preocupação com "miúdas de 21 anos", que conhece, "que já vão na terceira operação". "É exagerado", admite. Mas quais são as cirurgias mais solicitadas? Biscaia Fraga responde: "Lipoescultura (extracção de gordura), mamoplastia de crescimento e aumento de glúteos, nas mais jovens, e eliminação de rugas na face e pescoço, nas mais velhas". Cindy Jackson já fez todas.
Rui Marques Simões

In Diário de Notícias de 29 de Abril de 2009
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Uma baixa auto-estima da senhora em causa e a sua consequente procura de uma “beleza” de pástico, ilustram perfeitamente os valores pelos quais se pautam os tempos que vivemos, em que a mudança, naquilo que é superficial, esconde a ausência dos valores mais profundos, esses sim, a precisarem, na maior parte das vezes, de uma verdadeira regeneração.
Ab-Integro

quarta-feira, 29 de abril de 2009

As Éguas Lusitanas

“Ninguém ignora que na Lusitânea, nas proximidades de Olisipo (Lisboa) e das margens do Tejo, as éguas voltam a cabeça para o vento ocidental e ficam fecundadas por ele; os potros assim gerados possuem uma admirável ligeireza, mas morrem antes dos três anos.”

(Plínio, VIII, 67)

Para os antigos, a península hispânica situava-se num extremo do extenso universo imperial romano. E sobre aquilo que é longínquo e menos conhecido temos normalmente muitas estórias para contar, quase sempre fantásticas e inventadas.

Tanto Virgílio (Geórgicas, III) como Plínio fizeram eco da fábula das éguas dos arredores de Lisboa, provavelmente devido à hipérbole “filhos do vento” aplicada aos cavalos mais velozes.

O velho princípio de vida que reza sobre o equilíbrio entre as vantagens e os inconvenientes está aqui bem explicitado. Como diz a sabedoria popular portuguesa, não se pode ter sol na eira e chuva no nabal. Se as éguas de Lisboa eram fecundadas apenas pelo soprar do vento ocidental (vindo do vasto e desconhecido mar atlântico), e os potros assim gerados se distinguiam pela sua velocidade, havia que encontrar uma característica negativa, para que a estória fosse minimamente credível. Sendo assim, os “filhos do vento” não podiam viver durante muito tempo.

Por outro lado, quem passa pela vida assim com tanta pressa acaba inevitavelmente por morrer cedo, como ilustram alguns mitos pop da era moderna como James Dean e Marilyn Monroe, ou os heróis trágicos da ficção literária.

Diz o povo que, quando a esmola é muita o pobre desconfia. Por isso nos tornámos cínicos, estribados na face lunar de uma experiência de vida, sobrevalorizando os episódios negativos, e aprendemos a jogar à defesa, de modo a evitar decepções futuras e o sofrimento a elas associado. Como se não fosse possível ou viável ser feliz.

Alguns, que transportam para a vida sentimental esta filosofia de vida, acabam acantonados num extremo solitário e infeliz, e a amaldiçoar o mundo e as pessoas.

Mas hoje toda a gente quer viver nos limites do risco e morrer tarde. Trabalhar pouco e ganhar muito. Estudar pouco e mal e pretender dispor de competências adequadas aos desafios profissionais emergentes. Criticar quem serve a coisa pública e ficar de fora a assistir e a gozar o pratinho com as dificuldades e os insucessos dos outros.

O estilo de vida assente em expedientes de vária ordem, na cunha como instituição, nas portas abertas pelo cartão partidário, no nepotismo, na concorrência desleal e na corrupção tornou-se moeda corrente entre nós, como sinal de uma sociedade que cada vez premeia menos o mérito, o esforço pessoal e o trabalho, mas onde a chico-espertice abunda.

Tornámo-nos filhos fáceis das éguas lusitanas (sem ofensa!), corremos muito depressa. Tão depressa que nunca mais paramos para pensar que um dia, mais cedo ou mais tarde, havemos de cortar a meta. Temos medo de pensar na inevitabilidade da morte. Incomoda-nos o tema.

No fundo, nem as éguas concebem assim tão facilmente, como que por artes mágicas, nem os potros têm o destino marcado, como se o favor dos deuses estivesse sempre associado a um alto preço.

A verdade é que a vida (e a morte) depende muito das opções que se tomam a cada momento. E depois há ainda que contar com a significativa faixa do imponderável.

Via A Ovelha Perdida

Barack Obama nomeia Cristão Evangélico

O Dr. Joel C. Hunter, membro do Conselho Norte-Americano da Aliança Evangélica Mundial (AEM), foi nomeado para o Conselho Consultivo do Presidente Barack Obama para o gabinete de Parcerias Religiosas e Sociais na Quinta-feira, 5 de Fevereiro.

O Dr. Hunter, pastor sénior da Northland, uma igreja de Longwood, na Flórida, irá servir inicialmente durante o prazo de um ano numa equipa de 25 líderes que irão aconselhar o Presidente e o Director Executivo do gabinete de Parcerias Religiosas e Sociais em várias prioridades, incluindo a pobreza, redução do número de abortos, paternidade responsável, e relações inter-religiosas.

“Espero tomar parte na mobilização de milhares de americanos para o serviço das suas comunidades e para o mundo em geral”, disse o Dr. Hunter.

“Para um Cristão, isso tem sido sempre uma parte importante do nosso testemunho de Cristo. O serviço foi incorporado no exemplo da sua vida e retratado no julgamento final que ele dá em Mateus 25,” disse ele. “É especialmente importante para um cristão norte-americano querer melhorar a percepção do Cristianismo envolvendo-se em serviços, no diálogo e em empreendimentos de cooperação.”

O Director Internacional da AEM Dr. Geoff Tunnicliffe felicitou o Dr. Hunter pela sua nomeação, dizendo que ele é um “candidato ideal” para a posição.

“O Dr. Hunter é uma pessoa globalmente informada de grande sabedoria, perspicácia e humildade,” disse o Dr. Tunnicliffe. “Ele tem uma profunda compaixão para com os pobres e marginalizados na sociedade. Ele pode construir pontes entre os diversos grupos de pessoas, permanecendo ao mesmo tempo fiel às suas convicções e ética bíblica. Ele é um candidato ideal para servir no conselho consultivo do Presidente Obama. A sua contribuição será significativa”.

Desde Junho de 1985, o Dr. Hunter tem servido como pastor sénior da Igreja Northland, uma congregação que reúne cerca de 12.000 pessoas em quatro sítios na região metropolitana de Orlando e providencia cultos interactivos com transmitidos pela Internet a adoradores de todo o mundo. Ele é também o autor de A New Kind of Conservative, um livro que faz uma abordagem não partidária ao envolvimento político.

“Acho que uma das prioridades - o Diálogo Inter-Religioso - precisa de ser não apenas uma prioridade doméstica, mas uma prioridade global”, observou o Dr. Hunter. “Tenho deixado claro que faço parte do Conselho da AEM, e espero que em algures ao longo do caminho possamos fazer uso da experiência da WEA … na diplomacia e desenvolvimento aproximando fronteiras. Tenho pelo menos a certeza de que esta nomeação poderá fazer com que mais pessoas nos EUA estejam cientes da WEA”.

Fonte: Aliança Evangélica Mundial, via Desafio Miquéias.

Via Igreja do Jubileu