segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Até parece que o homem está Vivo e Anda por aí a Olhar o País de Hoje...

Que fazer ? Que esperar ? Portugal tem atravessado crises igualmente más - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter , nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o estado não tem - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.
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( Eça de Queiroz - Correspondência, 1891 )
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Fonte: Citações e pensamentos de Eça de Queiroz - Casa das Letras

" Cristianismos "

Nunca poderemos falar do fracasso do cristianismo. É impossível que ele fracasse. O que fracassa é a falsificação esfarrapada da coisa verdadeira, que nos dispomos a suportar.
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( Geoffrey King )

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Via Frases Protestantes

sábado, 29 de janeiro de 2011

A dificuldade de Ser Cristão no Oriente

Na noite de 31 de Dezembro passado, a explosão de uma bomba diante de uma igreja cristã copta, em Alexandria, à saída da celebração do Ano Novo, causou 23 mortos e 79 feridos. Um grupo ligado à Al-Qaeda no Iraque, responsável pelo ataque sangrento da catedral de Bagdad em Outubro, já tinha apontado os coptas como alvo. Independentemente de quaisquer considerações ideológicas, políticas ou religiosas, é legítimo perguntar-se pelas consequências do incêndio que alastraria pelo mundo inteiro, se algo de semelhante acontecesse, diante de uma mesquita, no Ocidente.
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Quem não anda completamente distraído já notou que há muito se observa um plano para acabar com os cristãos no Médio Oriente. Quem mais tem denunciado a situação são intelectuais ateus ou agnósticos, como Bernard-Henri Lévy ou Régis Debray. O último número de Philosophie Magazine faz notar que o novo objectivo da Al-Qaeda parece ser o de pôr as comunidades religiosas umas contra as outras, "passando por cima dos Estados". Começou no Iraque e estende-se ao Egipto e à Nigéria. Nesta estratégia, os cristãos do Oriente - "ângulo morto da nossa visão do mundo", segundo R. Debray - representam "um alvo ideal". Pela sua própria existência - "árabes não muçulmanos" -, "desmentem" a ideia de um choque entre civilizações fundadas na religião. Os cristãos "desempenham um papel insubstituível de traço de união e de mediador entre o exterior e o interior, o Ocidente e o Oriente", afirma Debray. Mas, por este andar, por quanto tempo?
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A maior perseguição religiosa no mundo, hoje, é aos cristãos. Lembrando o atentado de Alexandria e a perseguição de diferentes comunidades cristãs, Nicolas Sarkozy, num discurso de Ano Novo perante as autoridades religiosas de França, declarou: "Não podemos tolerar o que cada vez mais parece ser um plano particularmente perverso de depuração religiosa no Médio Oriente."
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Esquece-se frequentemente que esses cristãos nada têm a ver com as cruzadas ou outros tipos de perseguição ocidental, pois são originários desses países, aí presentes desde os tempos do cristianismo primitivo. Foi o que o Presidente francês também lembrou: "no Iraque como no Egipto, os cristãos do Oriente estão na sua casa e a maioria deles há 2000 anos", acrescentando: "não se pode aceitar que essa diversidade humana, cultural e religiosa, que é a norma na França, na Europa e na maior parte dos países ocidentais, desapareça dessa parte do mundo." "Os direitos que estão garantidos na nossa casa a todas as religiões devem ser reciprocamente garantidos noutros países."
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Preocupado com sondagens que mostram que mais de um terço dos franceses e dos alemães consideram os muçulmanos como uma ameaça, Sarcozy pediu que se combata esse sentimento "irracional" com "o conhecimento mútuo e a compreensão do outro". "O islão nada tem a ver com o rosto repugnante desses loucos de deus que tanto matam cristãos como judeus, sunitas e xiitas. O terrorismo fundamentalista também mata muçulmanos."
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Prof. Anselmo Borges in Diário de Notícias de 29 de Janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Chorar com os que não Choram

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Chorar com os que choram é uma forma de carregar a cruz. No entanto, muito mais que isso é chorar pelos que não choram. Foi nesse nível que Jesus se solidarizou com a vida humana indiferente e empedernida. O discípulo deve ser o nervo exposto dos que não têm sentimentos.
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Governo Económico na Zona Euro - Proposta partiu da França

Pessoalmente não me lembro já em que "eleições" é que votei para decidir que serão a Alemanha e França a ditar ordens sobre o que é ou o que será a Europa Comunitária.... Parece-me que existem 25 países que desistiram de si próprios e entregaram-se, num abraço de morte, à subordinação à Alemanha e França sem pereceberem que o actual desenho económico só serve o projecto de dominação deste eixo franco-alemão. Cheira-me que esta Europa que nos querem impingir, não tem qualquer viabilidade económico-social e reune actualmente todas as condições para acabar mal. É uma questão de tempo, provavelmente pouco.
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Jacinto Lourenço
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Esta é a notícia:
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Alemanha inclina-se para Governo económico na zona euro. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, defendeu hoje que se esclareçam “rapidamente os passos a dar para criar um Governo económico entre os países da zona euro, aberto à participação de outros países da União Europeia. + + +
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+ ( 27.01.2011 - 11:00 Por Lusa, PÚBLICO )

Telescópio Hubble encontrou galáxia mais Distante e Antiga jamais vista no Universo

Esta galáxia ter-se-á formado quando o Universo tinha apenas 480 milhões de anos - hoje terá cerca de 13,7 mil milhões de anos. A galáxia terá existido quando o Universo teria apenas quatro por cento da sua idade actual, precisa Rychard Bouwens, astrónomo da Universidade da Califórnia que estuda a formação e evolução de galáxias, e a sua equipa, que publicaram o estudo na revista “Nature” de ontem.
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A luz da galáxia, captada através da câmara de infravermelhos do telescópio, terá sido emitida há 13,2 mil milhões de anos. Ainda assim, os astrónomos são prudentes e falam da sua descoberta no condicional. “Este resultado está no limite das nossas capacidades. Mas passámos meses a fazer testes que o confirmaram e agora estamos seguros”, comentou Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo.
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Os astrónomos ainda não sabem ao certo quando é que apareceram as primeiras estrelas no Universo mas começam a compor o quadro de quando as estrelas e as galáxias começaram a surgir, depois do Big Bang.
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“Esta última descoberta do Hubble vai aprofundar o nosso conhecimento do Univerno”, salientou Charles Bolden, administrador da NASA, em comunicado publicado no site da agência norte-americana.
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Para chegar mais longe e vislumbrar o período em que se formaram as primeiras estrelas e galáxias, os astrónomos vão precisar do sucessor do Hubble, o telescópio espacial James Webb, que tem lançamento previsto para 2014. Por enquanto, os primeiros 500 milhões de anos da existência do Universo continuam a ser o capítulo que falta.
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O Hubble, lançado há 20 anos, é um projecto internacional fruto da cooperação entre a NASA e a Agência Espacial Europeia.
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In jornal Público de 27 de Janeiro de 2010

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Horário de Barbearia. Até podia ser no Alentejo... Percebeu, ou tá precisado de mais Explicações ! ? Tal tá a Moenga

( Clique na imagem para AUMENTAR ) + + +
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Colaboração "involuntária" de Luis Maruta, um alentejano dos 7 costados

"O lobo de Gubbio contado por Bruckberger"

Levei-lhes O Lobo Milagreiro, de Raymond Léopold Bruckberger (1907-1998), para lhes ler na aula, que isto de incentivar à leitura também exige que se lhes leia. Imaginei que a narrativa poderia ser um pouco extensa e, em consequência, desmotivá-los. Imaginei ainda que o facto de correr em torno de um eixo constituído por uma figura da Igreja poderia não captar o interesse até final. Bem sei que, para ultrapassar isto, lhes contei alguns pormenores sobre S. Francisco de Assis e a sua designação como padroeiro dos ecologistas; bem sei que, com igual intenção, lhes falei de histórias de animais. Mas…
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Certo é que aqueles alunos de 8º ano ficaram presos ao fio da história. E, como não foi possível concluir a leitura da narrativa no tempo de uma aula, quiseram que fosse continuada na seguinte.
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Pedi-lhes, depois, comentários. Gostaram. E até notaram que esta história deveria ser conhecida pelos homens, porque fala deles, porque fala de coisas que fazem falta à sociedade. Só depois, para mostrar que as suas observações eram bem realistas, lhes li a justificação que o monge dominicano francês escreveu para esta história: “Muitas vezes me tem sido perguntado em que circunstâncias escrevi a história do lobo de Gubbio. Foi no fim da Guerra depois da libertação de Paris. Sentia-me farto da guerra, das suas derrotas e vitórias, farto de andar no mundo, fatigado da covardia dos homens, da vaidade das mulheres e das mentiras de todos, farto e desiludido de mim próprio. Voltei-me para os santos e, entre todos, para Francisco de Assis, o Pobre que a mãos cheias dá a alegria. (…) Também muitas vezes me têm perguntado qual o significado desta parábola. Ora! Cada qual que se deixe levar pela narrativa, que medite nela no fundo do seu coração, e os significados brotarão para ele como um campo de flores. (…) Não posso crer que o lobo de Gubbio não esteja no Paraíso, e quando lá nos encontrarmos com ele é em francês que havemos de falar-lhe. Era de resto a língua predilecta do seu Mestre.”
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A história contada pelo padre Bruckberger retoma aqueloutra que é contada nas Fioretti, em que Francisco de Assis estabeleceu a paz entre um lobo e a população de Gubbio. A edição utilizada (Col. “1001 Livros”. Lisboa: Lisboa Editora, 2007), com orientação de leitura, tem tradução de Jorge de Sena.
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Fonte: Nesta hora

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Fogo Fátuo do Império Português

"Até dos Descobrimentos ficaram mais as viagens do que o resto. Enquanto as outras grandes potências aproveitaram a sua permanência colonial (ficaram com muitas coisas porque souberam ficar), os Portugueses foram mais de viajar do que de permanecer, mais de descobrir do que aproveitar. Para as outras potências, viajar era simplesmente uma maneira de chegar ao que se queria. Para os Portugueses viajar era já em grande parte o que se queria. Estou a exagerar? Deixá-lo. Por alguma razão a imaginação portuguesa contemporânea se revela incapaz de reter a ideia dos séculos de império português (um império é uma coisa concreta e chata que se vai fazendo e que fica) e se entretém a sonhar infinitamente com os minutos maravilhosos das viagens e dos descobrimentos. É por isso que Pessoa disse o que disse: "português era o mar. Mais ninguém queria o mar só por si, só por ser mar." +
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Miguel Esteves Cardoso, in Os Meus Problemas +
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Falar Verdade...

"Na verdade, desde há muitos séculos, e antes até das fogueiras inquisitórias, a realidade que mais tem ganho espaço e criado fortes raízes no seio dos portugueses, é a latência de uma mentalidade aprisionada a quadrantes de pensamento viciantes, que, geração após geração, teima em persistir."
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Belmira Antunes Branco in revista "Plenitude" - Set.2005
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Portugal não Promete...

Esta é a sensação que me fica depois das eleições presidenciais de ontem: que Portugal não promete ou, pelo menos, que a Portugal não se augura nada de bom nos próximos anos.
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Não sou, nem desejo ser comentador político, já os temos em excesso e seguramente todos, supostamente, mais informados do que eu ( é o que se exige a um comentador político, é que seja mais informado na matéria política que um vulgar cidadão como eu ), mas não posso deixar de fazer algumas constatações face aos resultados eleitorais, agora que o terreiro da "feira" está liberto de cores partidárias.
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Constatação óbvia é que Cavaco Silva, futuro ex-presidente da república e futuro próximo presidente da república, venceu claramente. Uma vitória à primeira volta que não "esmagou", como muitos imaginavam, mas suficientemente folgada para não deixar ilusões ao pelotão dos candidatos. Depois, terá que ser óbvio, até para o próprio candidato e para a sua "entourage" política que, quantitativamente, o número de votos deitados nas urnas a seu favor é o número de votos mais escasso alguma vez contabilizados numa eleição presidencial. Equivale isto a dizer que, de todos os portugueses que se dispuseram a votar, e que foram menos de 50% dos eleitores inscritos, um pouco mais de metade deles votaram em Cavaco Silva. Isto, está bom de ver, não faz brilhar a vitória do actual presidente mas, por outro lado, trás à tona a incapacidade histórica de a esquerda portuguesa não se conseguir unir, como a direita, em torno de um candidato, daí que não fiquemos admirados com a derrota, diria humilhante, de Manuel Alegre, eventualmente penalizado pela associação ao PS num momento em que as coisas, para este partido, não estão particularmente felizes, estando mesmo particularmente "desgraçadas".
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Esperava-se que Cavaco Silva tivesse o discurso vitorioso dos presidentes, que se revelasse magnânimo, ponderado e distanciado de uma campanha que lhe trouxe alguns amargos de boca face aos assuntos de melindre que foram carreados para o combate pelos seus opositores. Mas não, o Cavaco Silva que surgiu no discurso de vitória foi um Cavaco Silva amargo, ressabiado, quiçá disposto a fazer sangue, pouco propenso a afirmar-se como o presidente de todos os portugueses, como é hábito nestes discursos de vitórias presidenciais. Até parece que Cavaco não sabia ao que vinha... ou que estaria a contar que a sua imagem de presidente o colocasse a coberto das ondas de choque do BPN, que se adivinhava, chegassem à campanha... A sua mensagem na noite da vitória tem vários destinatários, desde logo um alvo central: o governo de Sócrates. O discurso de Cavaco não augura realmente nada de bom para Portugal. O que não sei é se ainda será possível ficar pior do que está. E Sócrates merece um Cavaco Silva ressabiado ? Claro que sim ? E Cavaco Silva ganhará a coragem, que lhe faltou, durante o primeiro mandato, para fazer um acompanhamento mais próximo da governação, pelo menos, na área económica ? É o que iremos verificar. O que Cavaco Silva nunca poderá esquecer é que também é responsável, e muito, pela actual crise económica, e não estou a falar só do tempo em que era primeiro-ministro e comandava uma troupe de "homens-bons" da governança dos quais alguns viriam a revelar-se como um dos principais motores do afundamento da economia portuguesa através dos desmandos no BPN, entre outras questões que polvilharam os seus mandatos à frente da A.D. Durante o tempo do seu mandato presidencial, ou estava mal aconselhado ou o seu proverbial e ensaiado "afastamento" da realidade governativa não lhe permitiu intervir atempadamente para arbitrar as questões económicas por forma a que o país não se afundasse como afundou. Afinal, a sua auto-proclamada competência técnica no domínio económico-financeiro, não nos serviu de nada. Deixou que o governo navegasse à bolina e interviu tarde ou nunca com discursos pouco menos que inócuos e muito codificados. Todos conhecemos qual o âmbito da acção de um presidente da república e é por isso que todos reconhecemos também que Cavaco Silva se limitou a ter um mandato majestático de 5 anos e a falar apenas de cátedra. Se isso pode servir para países sem problemas, não serve para um país como Portugal, pleno de dificuldades económicas e com um economista na presidência. Que é que o impediu de ser mais interventivo ? Nada, a não ser talvez o "dulce far niente" ou, porventura, a sua visão neo-liberalista da economia de recorte Keynesiano, para mal de todos nós.
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De resto, estas eleições só têm uma história interessante: a de José Manuel Coelho, com uma votação significativa na sua Madeira-natal e a ultrapassagem de um número percentual que poucos julgariam ao seu alcance a nível nacional. Mas este sapo, ( ou melhor: este Coelho ) fica por conta de Alberto João Jardim que terá com que se entreter nos próximos tempos, ou não. Pelo menos não poderá ignorar que o homem não existe e que até conseguiu despertar, com a sua ironia e discurso simples, a consciência de uns largos milhares de portugueses.
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Manuel Alegre só dificilmente voltará a apresentar-se em presidenciais futuras. Sócrates tem por agora a ala esquerda do seu partido açaimada. Este resultado não se pode dizer que desagrade totalmente ao secretário-geral do PS.
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O P.C.P. encontrou provavelmente um novo secretário geral para um futuro próximo. Francisco Lopes, com esta votação e um discurso político bastante mais clarividente que a generalidade dos seus camaradas de partido, está de certeza colocado na linha de sucessão de Jerómimo de Sousa. Parece-nos que consegue fugir, apesar de tudo, ao discurso formatado que tem marcado os últimos dirigentes dos comunistas. O seu eleitorado, pelo menos, acreditou nele.
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A Francisco Nobre elogia-se-lhe o voluntarismo e a capacidade de alcançar um eleitorado que, na hora de votar, não está muito preocupado com projectos políticos ou ideias políticas definidas. Prefere antes fugir à matriz dos políticos profissionais de quem já nada espera. Normalmente, resultados como os que Manuel Alegre conseguiu nas anteriores presidenciais e como o conseguiu também agora Fernando Nobre, são irrepetíveis e não deixam marcas duradouras.
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Resta Defensor de Moura, um candidato sem história nem glória que atingiu o zénite da sua campanha no debate televisivo com Cavaco Silva. Mas esse debate provou, em minha opinião, que qualquer candidato credível da esquerda, com projecto político, e mobilizador, teria sido suficiente para bater um Cavaco Silva de pose majestática e incomodado no seu papel de "pessoa mais séria e honrada de Portugal" com as questões que se foram levantando à volta da sua exposição ao caso do banco dos seus amigos.
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Apagam-se as luzes da ribalta, recolhe-se o entulho deixado dos ideários vazios. A fanfarra vai tocar em Belém, e nós, os que votámos, em conjunto com todos os outros portugueses que não quiseram votar por birra, casmurrice, teimosia ou indiferença, vamos continuar a pagar a crise e a senti-la de forma aguda. Cavaco Silva nem por isso, apesar de só poder agora ficar com as suas duas pensões de reforma que somadas ascendem a mais de dez mil euros mensais.
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Nós cidadão portugueses e cristãos, temos a segurança de um Deus que zela por nós e que não está preocupado com cores políticas ou denominacionais. Que investe em nós o Seu Amor, e que cuida de nós mesmo nos piores tempos de crise. O Amor e a Paixão de Jesus por aqueles que são seus não é graduado pelos tempos de crise. A estabilidade da nossa vida reside inteiramente na dispensação da sua Graça e favor, dia a dia, desde o nascer do sol até ao seu pôr.
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Jacinto Lourenço

domingo, 23 de janeiro de 2011

As Memórias da Pátria

"Pobres, fracos, humilhados, depois dos tão formosos dias de poderio e renome, que nos resta senão o passado? Lá temos os tesouros dos nossos afectos e contentamentos. Sejam as memórias da pátria, que tivemos, o anjo de Deus que nos revogue à energia social e aos santos afectos da nacionalidade. Que todos aqueles a quem o engenho e o estudo habilitam para os graves e profundos trabalhos da história se dediquem a ela. No meio de uma nação decadente, mas rica de tradições, o mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, é uma espécie de sacerdócio. Exercitem-se os que podem e sabem; porque não o fazer é um crime".
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+ Alexandre Herculano, in "O Bobo" - 1843
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Sonho de Martin Luther King

Martin Luther King, pastor batista e líder dos direitos civis da população negra norte-americana, se fosse vivo, teria completado no passado dia 15 de Janeiro 82 anos. Estaria provavelmente, nesse dia, a festejar com a sua família, essa data, sorrindo das brincadeiras dos mais pequenos e contando histórias a familiares e amigos acerca da sua luta de resistência pela igualdade de cidadania entre brancos e negros. E muito teria para contar se o racismo militante e criminoso não lhe tivesse posto termo à vida, com uma bala criminosa, na cidade de Menphis, quando tinha apenas 39 anos de idade.
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Não ficando completa, a sua luta foi determinante para o futuro dos Estados Unidos da América e foi por ela que se tornou possível que esse país possa agora ter, na Casa Branca, um negro como presidente da maior democracia do mundo.
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Parece que finalmente vai ser erigido em Washington o esperado monumento de homenagem ao pastor Luther King. Não era sem tempo. Vejamos se é cumprida a data de inauguração marcada para 28 de Agosto deste ano. Terão passado precisamente 47 anos sobre um discurso célebre de Luther King naquela cidade.

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Jacinto Lourenço + + + +

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Dia para Viver.

"Desde o nascer do sol até ao seu ocaso, seja louvado o nome do Senhor"

( Salmos 113 )

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Hoje de manhã acordei assim, com o sol a entrar-me casa dentro e a invadir todos os recantos. Apeteceu-me escancarar a janela e dar as boas vindas ao astro-rei, pelo seu calor, pelo seu conforto, pela ideia de estabilidade e fidelidade que nos traz, pelo seu consolo, pela esperança que transmite todos os dias; mesmo se não o vemos, sabemos que ele está lá, a aquecer corações do outro lado do mundo ou a lutar contra as nuvens negras, que se erguem, ameaçadoras, em gesto obnubilatório, e a insistir, incansavelmente, em romper pelo meio delas. Impossível ofuscá-lo !

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Agradeci a Deus pelas maravilhas da sua criação e suspirei pela primavera na ânsia de ver com que multiplicidade de cores vai Deus pintar a imensa tela dos campos. Louvei-O pela vida, pela minha família, pelo seu amor, pela sua misericórdia e paixão por mim e por todos os homens, mulheres e crianças que me cercam e que constituem a comunidade em que me insiro. + Por agora, esqueci crises, dívidas soberanas, campanhas eleitorais, cortes salariais e outros problemas que tais. + Hoje concentrei-me na vida e nas ofertas que Deus me trouxe neste novo dia cheio de oportunidades.

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oportunidades. + É seguramente um dia para dizer a toda a gente a oração de habacuque :

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+ Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado,

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+ todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.

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+ O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos .

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+ + + Jacinto Lourenço

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hoje Apeteceu-me brincar com Coisas Sérias...

Todos os dias acordamos com novidades sobre o quanto a vida dos portugueses está cada vez mais difícil. Sentimos o garrote um bocadinho mais apertado que no dia anterior; estrebuchamos, esbracejamos, fazemos tudo, ou melhor, obrigam-nos a fazer de tudo para podermos ser europeus de primeira, é pelo menos o que nos dizem. Mas a coisa tem um limite e os nervos começam a vir ao de cima, para além de que, não estou nada preocupado em que carruagem viajo, o que me interessa é chegar ao destino.
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A Alemanha, a avaliar pelo que diz a comunicação social, declarou-nos guerra psicológiga e económica ( do mal o menos... ). Quer que o governo aperte mais o nó górdio que já nos estrangula. Cá para mim, não somos nós portugueses, gregos, irlandeses, espanhóis ou belgas ( o nosso bem-vindos a estes últimos, que começam agora a fazer parte do clube P.I.G.S. Só não sei é como é que vai resultar o acrónimo porque encaixar o "B", não se mostra tarefa fácil ) que precisamos ser salvos. Quem precisa ser salva é a Alemanha, e por isso procura iludir a realidade; é que, afinal, os alemães têm muito mais a perder do que nós, em matéria de economia de vida boa. De que é que me servirá ter um porche se a praia com sol e areia fina e branca me fica a 3.000 quilómetros de distância; pois é este o pesadelo alemão.
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Ainda os alemães andavam de coeiros e já nós, portugueses, gente de trabalho, esforçada, desbravadora e, apesar de tudo, minimamente organizada, europeus de 900 anos de história, por cá andávamos a dar novos mundos ao mundo. Mas isso, somado à "esperteza" de alguns governantes, fez-nos acreditar, ingenuamente, no conto do vigário que a União Europeia nos vendeu. Acabámos com a indústria pesada e ligeira, e ainda com a naval. Arrancámos vinha, olival e pomares, matámos vacas, ovelhas e cabras, acabámos com a agricultura, com a pesca e tudo o mais que mexia e não mexia. Ficámos com o turismo, o vinho do porto e com as praias para nelas recebermos resmas de alemães altos, estupidamente louros e barrigudos, acompanhados das suas esposas igualmente altas, pilosas, medida XXL, e a falarem uma língua que mais parece a de um português com a boca cheia durante um almoço de favas com chouriço. Mas pelos vistos a coisa não deu certo, estava bom de ver; pois se afinal já nem gregos nem espanhóis conseguem viver apenas da venda de sol, como é que nós, que ainda por cima fizémos do Algarve uma selva de betão, e lar de terceira idade para velhinhos ingleses em época baixa, como é que nós, digo bem, havíamos de conseguir viver da venda de sol e areia, mesmo que seja mais branca que a espanhola ?
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E aqui estamos, no meio deste imbróglio, e para o qual contribuimos com a nossa proverbial mania de sermos simpáticos com os estrangeiros. Pelos vistos, isso não resulta com todos os estrangeiros; prova-se que não resulta com alemães e quejandos, que ainda por cima estão sempre a mandar a simpatia às urtigas.
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Claro que a tudo isto se soma a falta de empresários e investidores como deve ser, portugueses com um pouco mais do que a instrução primária ( que me perdoem os empresários que se fizeram à sua custa e à custa do seu trabalho e suor, sem outra aptidão para além da sua vontade de vencer, mas os tempos, hoje, são outros e o mundo da economia muito mais exigente ) e, de preferência, sem curso de "pato-bravo", empresários daqueles que não querem recuperar o investimento em seis meses para irem a correr colocar a "massa" numa off-shore qualquer das ilhas Caimão; dos que não se preocupam apenas em pagar o salário mínimo, ou abaixo do mínimo, aos seus trabalhadores, para, à custa disso, aumentarem os lucros ainda mais rapidamente.
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Bom, se há uma lição a tirar de tudo isto que hoje nos envolve, resume-se no velho adágio "amigos, amigos, negócios à parte". O dinheiro não tem amigos nem endereço certo, e eu, sinceramente, acho que os alemães precisam mais de nós do que nós deles... Fiquem lá com os porches, mercedes, VWs, televisões BMWs, máquinas de lavar e demais ferro-velho que fabricam, pois é disso que fazem a vida deles, de fabricar artefactos que ao cabo de dez anos já não passam de sucata, que nós ficamos com as nossas belas praias livres de "peles-vermelhas" germânicos a falarem aquela língua bárbara que poucos entendem. Depois quero ver como é que eles se desenrascam... quando virem que temos a única coisa que eles, com o dinheiro ganho a trabalhar que nem escravos, não conseguem comprar e levar para a germânia: praias belíssimas com areais a perder de vista, sol e águas mais ou menos tépidas de cor azul turqueza. Pois que se amanhem. Tivessem aberto os olhos a tempo...
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Hoje apeteceu-me, pronto !
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Jacinto lourenço

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vivaldi "à Capela ". Belíssimo !

Sou um frequentador assíduo do blogue Nesta hora. Foi lá que vi a "pequena maravilha" que reproduzo abaixo. São pequenas coisas, como esta, entre muitas outras, que dão sabor e colorido à vida e que nos dizem que a blogosfera é já uma componente importante da dinâmica cultural do nosso tempo, mesmo que tenhamos que lhe descontar possíveis desvarios ocasionais trazidos por gente que conta pouco para a sua valorização. Fico agradecido a João Reis Ribeiro por este momento.
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Jacinto Lourenço
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É uma parte da "Primavera", inserida em As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi, interpretada pelo grupo feminino "Carmel A-Cappella", israelita, de Haifa, uma descoberta recomendada por um amigo a partir do "You Tube". Escusado será dizer que é lindo! E que, nestes tempos de angústia, em que apenas se fala de crise, de défice, de dinheiro, de escândalos e outras coisas afins, vale bem mais a pena ouvir isto do que todos os discursos que nos rodeiam... Ao menos aqui há alegria, criatividade, cultura, humanidade, saber, vida! +
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Visto no Blogue Nesta hora

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

"O evangelho da lei e o evangelho da prosperidade"...

Reflexões sobre o verdadeiro evangelho
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"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente".

( Job 1:1-3 )

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Há dois evangelhos populares que concorrem nas igrejas com o evangelho de Cristo: o evangelho da lei e o evangelho da prosperidade. Paulo era um autêntico herdeiro da mensagem de Jesus e por isso combatia os dois veementemente. Combateu o primeiro especialmente na sua Carta aos Gálatas e na sua Carta aos Romanos, como Jesus o combateu especialmente diante dos fariseus. Combateu o segundo especialmente nas suas cartas aos coríntios, como Jesus o combateu quando desafiou os ricos e a classe sacerdotal. O combate era interno, isto é, dentro do povo de Deus, cada um citando as suas fontes bíblicas, o que faz o combate complicado. A solução também não era simples. Por isto temos as cartas densas que Paulo escreveu detalhadamente. Mas o resumo da solução, a alternativa que Paulo apresentou, pode ser dita em apenas quatro palavras: o evangelho da cruz. Para Paulo, anunciar Cristo significava a adoção do evangelho da cruz. Os outros evangelhos podem ser trabalhados a partir do Antigo Testamento. É fácil fazê-lo e é frequente. Os escritores do Novo Testamento, graças à liderança de Paulo que atribuia isto à revelação de Deus e à inspiração pelo Espírito Santo, entenderam que a leitura do Antigo Testamento que resulta ou no evangelho da lei ou no evangelho da prosperidade, era equivocada. Isto é essecialmente o assunto da Epístola aos Hebreus. Sua mensagem é que à luz de Cristo o evangelho da lei e o evangelho da prosperidade não são propriamente “cristãos” e por isso não podemos voltar para trás. [...]
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Ler texto integral AQUI na revista Ultimato

E Agora !? Será que os astrólogos vão Indeminizar os Incautos que se Regem pelos seus Ditames ?

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ovelhas e ovelhas

+ + + Via Genizah

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"O Espírito não é um Anexo do Corpo; a Alma não é Susceptível de Avaliação Pecuniária"

O empobrecimento da sociedade nos dias de hoje tem levado à mercantilização de tudo o que é compatível com valor monetário. E tudo passou a sê-lo. A moral e a ética relativizaram-se num subjectivismo selvagem e deixaram de ser valores pelos quais valha a pena o sacrifício. E é deste modo que o progresso da sociedade contém em si mesmo o espírito enquanto mero anexo do corpo. O universo quantitativo alterou as relações entre os homens e as dos próprios homens entre si, tornando os tiranetes tão sem cara e tão abstractos, que se tornaram infinitamente mais poderosos do que os tiranos de quem reza a história. Temos a clara sensação de que se rompeu o equilíbrio entre a natureza e o homem e só existe a obrevivência como um problema comum a resolver. Aqui e além e todos os dias, a democracia tem de engolir o quanto a liberdade lhe é confiscada de jeito minucioso e burocrático, o quanto o homem-objecto a não defende e até a deseja em recta paralela com a do homem-pensante. Do espaço da aldeia de cada um se chega ao espaço mundial e último possível sem que a seta possa refazer a sua trajectória no sentido oposto. Por esta razão nos perguntamos se ainda existem dúvidas que as ciências humanas são cada vez mais ciências desumanizantes. Vive-se numa correria sem fim à medida que se quantifica mais o homem que,estranho a ele mesmo, afunda-se em cantos de infelicidade não dita. O «outro» tido como nosso amigo torna-se incomunicável porquanto se não entendem as linguagens dos códigos dos afectos, das dívidas de gratidão, das horas mágicas que um dia se souberam interpretar e ora se esfumaram. Resta-nos apelar à recuperação da militância do percurso do Ser, e militância, para nós, faz-se onde sentimos que há coisas a transformar. Sabe-se que Kafka conheceu horas e dias em que identificava a própria vida pessoal com a culpa existencial, de tal modo que, segundo as palavras de Steiner, só desse modo lhe surgia nítida a mentira como o grande evento que dominava o próprio amor. Mas se todos tivéssemos de enfrentar a nossa culpa sentindo-nos impotentes e incompetentes, então talvez recusássemos as doces cicutas e recusássemos deixar uma vida injusta. Cada vez o tempo do trabalho com afinco nas utopias possíveis se torna tão indispensável quanto o ar que cada um respira.
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Por M. Teresa B. Vieira***via Blogue Sobre o Tempo que Passa

Tartaruga Israelita Desloca-se em "Cadeira de Rodas"...

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Tzvika é uma tartaruga de terra, fêmea, que há dois meses sofreu um grave acidente. Um corta-sebes passou-lhe por cima danificando-lhe a carapaça e a coluna vertebral. Desde então, deixou de poder mover as patas traseiras, no entanto desloca-se graças a uma "cadeira de rodas" criada propositadamente para ela. [...]
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+ Ler toda a notícia, em castelhano, AQUI no jornal El Mundo

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Se é como dizem, 2011 vai correr mal, em Portugal. Para os Cristãos, é Melhor mesmo Começar de Joelhos...

+ + + Jasiel Botelho

A Gravidez do pastor...

+ + + Jasiel Botelho + + Via Frases Protestantes

Algumas Frases feitas sobre a Igreja

Não se afaste da igreja porque nela há muitos hipócritas. Sempre há lugar para mais um.
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A. R. Adams
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Ser membro de uma igreja não faz de alguém um cristão, da mesma forma que ter um piano não faz de alguém um músico.
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Douglas Meador
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Não vamos à igreja; somos a igreja.
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Ernest Southcoot
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Ir à igreja não faz de você um cristão, assim como ir à garagem não faz de você um automóvel.
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Billy Sunday
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A igreja é um hospital para pecadores, não um museu de santos.
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Anónimo
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Onde quer que vejamos a Palavra de Deus pregada e ouvida com pureza, ali existe uma igreja de Deus, mesmo que ela esteja repleta de falhas.
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João Calvino
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Procurei a igreja e encontrei-a no mundo; procurei o mundo e encontrei-o na igreja.
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Horatius Bonar
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Nada obterá mais sucesso em dividir a igreja do que o amor ao poder.
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João Crisóstomo
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Muitos membros de igreja são engomados e passados sem ser lavados.
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Vance Havner
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Grande parte do que passa por cristianismo neotestamentário é pouco mais do que verdade objectiva adoçada com cânticos e tornada digerível mediante entretenimento religioso.
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A.W. Tozer
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A divisão é melhor do que a concordância no erro.
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George Hutcheson
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Unidade sem verdade não é melhor do que conspiração.
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John Trapp
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Indiferença doutrinária não é solução para as diferenças doutrinárias.
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J. Blanchard
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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Descoberto 1.º Planeta Rochoso fora do Sistema Solar

A NASA, agência espacial norte-americana, anunciou a descoberta do primeiro planeta rochoso fora do sistema solar, do tamanho quase da Terra, graças à ajuda da sonda espacial Kepler.
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Em órbita à volta de uma estrela a uma distância que não lhe permite ser habitado, este exoplaneta, baptizado de Kepler-10b, é o primeiro que é rochoso em cerca de 500 descobertas fora do sistema solar desde 1995, sendo os anteriores essencialmente gasosos.
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O Kepler-10b é também o planeta cujo tamanho mais se aproxima do da Terra, com um diâmetro 1,4 vezes maior, precisaram os astrónomos da missão Kepler. O Kepler-10b está a cerca de 560 anos-luz da Terra, sendo que um ano-luz equivale a 9.460 mil milhões de quilómetros.
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"A descoberta do Kepler 10-b é uma etapa importante na procura de planetas irmãos da Terra", afirmou, em comunicado, Douglas Hudgins, um cientista do programa Kepler, da NASA, citado pela agência AFP.
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In Diário de Notícias de 11 de Janeiro de 2010

A História da História

De Heródoto, o "pai da História", ao século XX, diversas foram as formas encontradas de pensar e escrever a História. O curto texto que se segue, pretende dar a conhecer os passos fundamentais desse percurso.
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De uma forma geral costuma dividir-se a evolução do "Processus" histórico em 3 fases distintas: a fase Pré-científica que engloba as historiografias Grega, Romana, Cristã-medieval e Renascentista, a fase de transição, em que se destacam a historiografia Racionalista ou Iluminista e a historiografia Liberal e Romântica e, finalmente, a fase científica em que temos o Positivismo, o Historicismo, o Materialismo Histórico, no século XIX, e a escola dos "ANNALES" e a História Nova, em pleno século XX.Como já vimos considera-se que o "Processus" histórico se inicia com os Gregos e de facto é com Heródoto de Halicarnasso que em pleno século V A.C. , se faz pela primeira vez uma tentativa de investigação do passado, eliminando tanto quanto possível, o aspecto mitológico. A história começa a abandonar o estudo das "coisas divinas" e começa a preocupar-se com as "coisas humanas". Heródoto procurou além disso estabelecer uma causalidade entre os factos históricos e os motivos que os determinam, factor de extrema importância se considerarmos que esta forma de actuação, esta perspectiva, não é inata ao pensamento grego. Como afirma Barraclough, esta é uma invenção de Heródoto. Além de Heródoto, a historiografia grega contou com outros personagens importantes de que se destacam Tucídides e Políbio. Se Tucídides é importante pelo rigor que coloca na selecção dos testemunhos e pela imparcialidade que pretende introduzir na narrativa, com Políbio faz-se a transição da tradição historiográfica para os Romanos, destacando-se especialmente de entre estes, Tito Lívio e Tácito. No entanto faltou brilho à historiografia romana e em termos concretos pouco se evoluiu relativamente aos helénicos. Se com Tito Lívio e a sua história de Roma ainda se vislumbra a introdução de algum método na investigação dos factos, com Tácito e a sua perspectiva pedagógica, encontramos um relato eivado de parcialidade e preconceitos. Numa análise geral, podemos afirmar que a historiografia Greco-Romana se caracteriza por um sentido pragmático, didáctico e principalmente com os Romanos, pelo surgimento de um espírito de exaltação nacional. A História que com Heródoto e Tucídides apresentava um cariz regionalista, passa com os seus seguidores a assumir uma perspectiva universal.Com o advento da Idade Média a historiografia sofre um retrocesso e passa a apresentar relações teológicas que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das preocupações humanas. É o Teocentrismo. A preocupação do historiador passa a ser a justificação da vinda do filho de Deus ao Mundo, e depois desse evento, analisar as suas repercussões.[...]
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Autor: Pedro Silva *** Ler texto integral AQUI no História Aberta

domingo, 9 de janeiro de 2011

Alegoria de um Português à mesa da Ceia do Governo na Transição do Ano...

O Estado do país é um Regabofe... e o Povo a Pagar.

O DN publica hoje [ ontem ] a segunda parte de uma investigação que traça o verdadeiro retrato do Estado e que está apenas disponível na edição impressa. Veja a análise de uma década de gastos estatais. +
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O dinheiro gasto em telecomunicações foi superior ao custo da Ponte vasco da Gama. Em estudos e pareceres, o Governo gastou cinco vezes mais do que a parcela que investiu na construção dos dez estádios de futebol do Euro 2004.
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Veja AQUI [ e leia na edição em papel de 08 Janeiro de 2011 ] o vídeo onde Maria de Lurdes Vale, coordenadora da editoria de Grande Investigação do DN, explica este trabalho.
+ + In Diário de Notícias de 08 de Janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

O Evangelho e o Capitalismo Neoliberal

Os dias de Natal são especiais. Há uma atmosfera diferente, o melhor de nós pode revelar-se: mais proximidade, mais intimidade, mais amor, mais solidariedade. Directa ou indirectamente, há uma presença inegável: o nascimento de um Menino, com "a mensagem mais bela e revolucionária da história mundial", no dizer de Heiner Geissler, que foi ministro do Governo Federal da Alemanha e que escreveu um livro admirável precisamente com o título: "O que diria Jesus hoje?"
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Mesmo se muitas vezes os que se reclamam de Jesus fizeram da sua mensagem um Disangelho, como disse Nietzsche, ela é real e verdadeiro Evangelho, notícia boa e felicitante.
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Essa mensagem tem na sua base a afirmação de que é o ser humano, com a sua dignidade inviolável e fundamentada em Deus, que ocupa o centro de toda a actividade política e económica. Essa dignidade e os direitos que dela derivam constituem o critério de todas as leis, mesmo das leis "divinas", e o fundamento para a convivência em igualdade de todos os seres humanos, independentemente do sexo, cultura, etnia, religião, classe, nação, estatuto social ou jurídico.
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O amor a Deus sem amor ao próximo é uma ilusão, e este amor ao próximo não é platónico, pois tem de ter tradução prática concreta - dar de comer, de beber, de vestir, visitar o doente e o preso -, e supera as barreiras culturais, nacionais, religiosas. Próximo é o próprio inimigo em dificuldade.
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Os seres humanos e os seus interesses estão antes dos interesses do capital. O capitalismo neoliberal não está de acordo com o Evangelho e "constitui um crime contra milhares de milhões de pessoas que têm de viver na pobreza, na doença e na ignorância". "Quem transforma o valor na bolsa e a cotação das acções de uma empresa em algo absoluto e quem atribui importância, em termos económicos, apenas aos interesses do capital faz parte das pessoas que, como diz Jesus, possuem muito dinheiro e para as quais será difícil entrar no Reino de Deus." Os mais de dois mil milhões de cristãos têm, pois, de formar uma força impulsionadora de uma nova ordem económica mundial com base na justiça.
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A mulher tem de ser tratada na plenitude da sua dignidade humana em igualdade com o homem. Qualquer discriminação, na sociedade ou na Igreja, está em contradição com o Evangelho. "A proibição da ordenação das mulheres e o celibato obrigatório não têm fundamentam evangélico."
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Jesus não excluiu os estrangeiros - curou o servo do centurião romano e a filha da mulher sírio-fenícia. Portanto, a xenofobia não é compatível com o Evangelho. Os romanos enquanto potência ocupante podiam obrigar um judeu a transportar a bagagem na distância de uma milha, sendo neste contexto que se percebe o que Jesus diz: "Faz uma segunda milha de livre vontade." Talvez o romano comece a conversar, e quem sabe se não acabarão por beber um copo juntos? Aí está: "A reconciliação, o desanuviamento e a solução pacífica dos conflitos são preferíveis à violência e à guerra."
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Quando se olha para o comportamento de Jesus, por palavras e obras, com as mulheres, os estranhos, os samaritanos (hereges), os pobres, os doentes, os leprosos, os inimigos (romanos e cobradores de impostos), entende-se como a nova imagem do ser humano constituía um acto revolucionário, com significado político-religioso explosivo.
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O conflito foi mortal por causa de duas imagens de Deus. De um lado, o deus do sistema do Templo e do Império de Roma, em cujo nome as autoridades sacerdotais e o prefeito romano oprimiam e exploravam o povo. Do outro, o Deus dos últimos. Jesus acaba por ser crucificado, porque a sua mensagem e a sua acção abalavam na sua raiz um sistema organizado ao serviço dos poderosos da religião do Templo e do Império.
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E hoje? Jesus é o modelo da credibilidade, na harmonia entre ideias e actos. "Hoje, seria o deputado e o porta-voz ideal do povo, uma vez que, no seu tempo, defendeu as pessoas - de forma independente, aberta e corajosa - contra os detentores do poder."
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Prof. Anselmo Borges in Diário de Notícias de 08 de Janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que o Perdão pode Fazer por Si

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós."
(Mateus 6:14)
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Perdão”. Palavrinha difícil esta... É incrível como muitas pessoas, não poucas, tem uma dificuldade gigantesca em lidar com este assunto. Não raro, vejo muita gente sendo devorada e corroída por dentro através das feridas inflamadas e purulentas que estão guardadas nas lembranças. Às vezes estas memórias estão escondias atrás de grandes muralhas de rejeição, impaciência, depressão, melancolia, autocomiseração, irritabilidade e algumas vezes transmitem uma falsa sensação de força, mas sempre acabam se revelando na brutalidade com que a dor retorna de vez em quando e a gente tenta esquecê-la sem sucesso. Cresci ouvindo a sabedoria popular e ela dizia: “quem bate esquece, mas quem apanha não.” Esta é uma verdade que acompanha invariavelmente qualquer ser que tenha consciência de si memo. A ofensa, o tapa, a humilhação, a traição, o roubo, o abuso, o abandono, a injustiça... Seja qual for o nome que você dê à sua ferida de estimação, por mais que se coloque sobre ela o peso do tempo ou da dureza de levar a vida amargamente, dificilmente ela vai cicatrizar, no máximo vai criar uma leve casca, mas ao menor toque vem à tona a dor novamente carregando consigo todo o potencial doloroso da lembrança de quando a ferida foi aberta.[...]
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Continuar a ler AQUI no Blogue de Hermes Fernandes

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Navegar à Vista...

+ + + Fonte: Pavablog

Muçulmanos Oram a Alá em Templos Evangélicos nos USA

Na retrospectiva de 2010, os repórteres que escrevem sobre religião nos EUA falaram do debate sobre a construção de um centro islâmico e uma mesquita perto do local onde antes ficavam as torres gêmeas em Nova York. Mencionaram também o pastor que ameaçou queimar o Alcorão como alguns dos eventos religiosos mais importantes do ano passado. Em várias outras cidades americanas há debates acirrados sobre os direitos dos muçulmanos de expressarem livremente sua fé e manterem seus princípios.
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Enquanto isso, algumas igrejas evangélicas têm um modelo mais acolhedor de abordagem. Na Igreja Metodista Unida Heartsong, da cidade de Cordova, Tennessee, o pastor Steve Stone e sua congregação colocaram na entrada uma placa dando as boas vindas ao Centro Islâmico de Memphis que seria construído em seu bairro. Pouco tempo depois, a Heartsong permitiu que seus vizinhos muçulmanos usassem o seu santuário como uma mesquita improvisada durante o Ramadã, enquanto o Centro Islâmico estava em obras. O pastor Stone e sua congregação receberam uma vasta cobertura positiva da mídia, elogiando sua postura.
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Para Stone, permitir que muçulmanos adorem Alá no espaço físico de sua igreja cristã era uma questão de praticar o pensamento “O que faria Jesus?”. Ou seja, a congregação deveria exemplificar o amor de Jesus aos estrangeiros, da mesma maneira como Jesus os acolheu em seu tempo.
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Outro pastor de uma igreja metodista, a cerca de 500 km de distância dali, chegou a uma conclusão semelhante, quando uma congregação islâmica vizinha pediu para usar o templo cristão durante cinco meses para as orações de sexta-feira.
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Jason Micheli, pastor dessa igreja metodista de Aldersgate, em Arlington, Virginia, defende sua decisão de maneira semelhante, apelando para Jesus e amor cristão: “Quando dizemos que Jesus é o único caminho para o Pai, não significa apenas que cremos em Jesus como o único caminho para Deus. Também significa que o estilo de vida de Jesus é a única maneira de manifestarmos o amor do Pai. Acolher estrangeiros muçulmanos em nosso espaço sagrado, sem pedir nada em troca, não é diminuir o que cremos sobre Jesus, nem uma traição. Penso que essa é a expressão mais completa possível do que cremos a respeito de Jesus”.
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A decisão desses dois pastores, permitindo um culto muçulmano em sua propriedade, apela para o amor exigido dos cristãos como um guia para tomar suas decisões.
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Mas não é uma evidência de que os cristãos sejam obrigados a oferecer seus templos para o que consideram uma falsa adoração. As questões teológicas em jogo no mandamento de Jesus para amar incondicionalmente também exigem que certas práticas sejam evitadas. Como Wesley dizia, “o mandamento para fazer boas obras também inclui evitar ou causar danos aos outros”, compartilhem eles ou não da mesma fé. Essa facilitação ou a falsa adoração violam o mandamento de amar?
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