quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Muçulmanos Oram a Alá em Templos Evangélicos nos USA

Na retrospectiva de 2010, os repórteres que escrevem sobre religião nos EUA falaram do debate sobre a construção de um centro islâmico e uma mesquita perto do local onde antes ficavam as torres gêmeas em Nova York. Mencionaram também o pastor que ameaçou queimar o Alcorão como alguns dos eventos religiosos mais importantes do ano passado. Em várias outras cidades americanas há debates acirrados sobre os direitos dos muçulmanos de expressarem livremente sua fé e manterem seus princípios.
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Enquanto isso, algumas igrejas evangélicas têm um modelo mais acolhedor de abordagem. Na Igreja Metodista Unida Heartsong, da cidade de Cordova, Tennessee, o pastor Steve Stone e sua congregação colocaram na entrada uma placa dando as boas vindas ao Centro Islâmico de Memphis que seria construído em seu bairro. Pouco tempo depois, a Heartsong permitiu que seus vizinhos muçulmanos usassem o seu santuário como uma mesquita improvisada durante o Ramadã, enquanto o Centro Islâmico estava em obras. O pastor Stone e sua congregação receberam uma vasta cobertura positiva da mídia, elogiando sua postura.
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Para Stone, permitir que muçulmanos adorem Alá no espaço físico de sua igreja cristã era uma questão de praticar o pensamento “O que faria Jesus?”. Ou seja, a congregação deveria exemplificar o amor de Jesus aos estrangeiros, da mesma maneira como Jesus os acolheu em seu tempo.
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Outro pastor de uma igreja metodista, a cerca de 500 km de distância dali, chegou a uma conclusão semelhante, quando uma congregação islâmica vizinha pediu para usar o templo cristão durante cinco meses para as orações de sexta-feira.
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Jason Micheli, pastor dessa igreja metodista de Aldersgate, em Arlington, Virginia, defende sua decisão de maneira semelhante, apelando para Jesus e amor cristão: “Quando dizemos que Jesus é o único caminho para o Pai, não significa apenas que cremos em Jesus como o único caminho para Deus. Também significa que o estilo de vida de Jesus é a única maneira de manifestarmos o amor do Pai. Acolher estrangeiros muçulmanos em nosso espaço sagrado, sem pedir nada em troca, não é diminuir o que cremos sobre Jesus, nem uma traição. Penso que essa é a expressão mais completa possível do que cremos a respeito de Jesus”.
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A decisão desses dois pastores, permitindo um culto muçulmano em sua propriedade, apela para o amor exigido dos cristãos como um guia para tomar suas decisões.
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Mas não é uma evidência de que os cristãos sejam obrigados a oferecer seus templos para o que consideram uma falsa adoração. As questões teológicas em jogo no mandamento de Jesus para amar incondicionalmente também exigem que certas práticas sejam evitadas. Como Wesley dizia, “o mandamento para fazer boas obras também inclui evitar ou causar danos aos outros”, compartilhem eles ou não da mesma fé. Essa facilitação ou a falsa adoração violam o mandamento de amar?
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