" ... Amigos, alguém lá dentro trabalha num grande tear;
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canta melodiosamente e todo o chão ressoa:
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é deusa ou mulher. Chamemos depressa por ela.
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Assim falou; e eles chamaram, elevando a voz.
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Ela saiu logo, abrindo as portas resplandecentes,
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e convidou-os a entrar; e les, inscientes, entraram todos.
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Só Euríloco ficou para trás, desconfiando de algum logro.
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Circe sentou-os em assentos e cadeiras
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e serviu-lhes queijo, cevada e pálido mel
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com vinho de Pramno; mas misturou na comida
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drogas terríveis, para que se esquecessem da pátria.
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Depois que lhes deu a poção e eles a beberam,
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bateu-lhes com a vara, para logo os encurralar nas pocilgas.
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Eles tinham cabeças, voz, cerdas e aspecto de porcos,
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mas o seu espírito não mudou: permaneceu como era.
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E choravam, encurralados, enquanto Circe lhes lançava
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bolotas, sementes e o fruto da cerejeira para comerem,
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coisas de que se alimentam os porcos que dormem no chão "
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Excerto de Odisseia de Homero - Canto X
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( Tradução de Frederico Lourenço )