Quando se sentam atrás do volante, elas são mais seguras, menos agressivas e, mesmo quando têm um azar, os acidentes em que se envolvem são por norma pouco graves. Esta a conclusão de um estudo sobre tráfego realizado em Nova Iorque e divulgado na semana passada.
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Os números foram divulgados pelo jornal New York Times (NYT). E basta um exemplo: 80 por cento de todos os acidentes em que resultaram peões mortos ou gravemente feridos registados em cinco anos na "Grande Maçã" envolveram condutores homens.
Uma discrepância que é "grande de mais para ser explicado pela predominância de motoristas homens nos autocarros, táxis e carrinhas de entregas", admite ao NYT Seth Solomon, porta-voz do Departamento de Transportes de Nova Iorque.
O problema poderá ser explicado pelas... hormonas. Cientistas sociais e especialistas em tráfego automóvel ouvidos pelo NYT dizem que, por norma, os machos são mais agressivos e propensos a assumir riscos, por causa da testosterona.
Assim, é mais comum encontrar-se homens (do que mulheres) a conduzir com álcool no sangue, ou após o uso de drogas, em excesso de velocidade ou a fazer manobras perigosas.
"Nós temos instinto maternal. Os homens sentem que são donos da estrada", diz ao NYT Amy Forgione, condutora há 19 anos que, descreve, sempre que é conduzida pelo marido mete o cinto de segurança e sustem a respiração.
Uma ideia corroborada por Anne T. McCArtt, vice-presidente do departamento de investigação do Insurance Institute for Highway Safety. Para que ocorra um acidente grave, "o comportamento agressivo ao volante tem mais influência do que a habilidade do condutor", afirma.
Mas nem tudo é mau para o ego masculino. O mesmo estudo indica que eles de facto percebem mais de mecânica automóvel do que elas. E até terão mais habilidade ao volante.
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