E havia laranjas. Havia um país de leite
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e de limão.
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Havia cântaros carregados de azeite.
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Pedras e cabras.
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Raparigas.
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Ai ruas estreitas. E o sol. As sombrias. Havia uma canção
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que falava do vento e das espigas.
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E agora só palavras. Só palavras.
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Minha nação já só de cardos e caruma
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Ausências. Fantasmas.
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Poema de Manuel Alegre no livro Um barco para Ítaca***Edição Centelha - Coimbra, 1974