terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Grito do Ipiranga

( Imagem Wikipédia )
Ontem foi dia de honrar o Brasil e os povos do Brasil, pela celebração da sua independência. Aqui, no Ab-Integro, queremos honrar não só o povo Brasileiro mas em particular os cristãos Brasileiros e o esforço que têm feito pela evangelização da sua terra e dignificação e salvação do seu povo.
Estamos habituados, ultimamente, a olhar, a partir aqui de Portugal, com alguma sobranceria ( será um velho hábito da herança colonialista ?! ) para tudo o que ocorre no Brasil relacionado com o mundo cristão-evangélico. Assistimos a muita coisa má, é verdade. No entanto é preciso não esquecer que a esmagadora maioria da igreja cristã-evangélica brasileira, é uma igreja séria, conduzida por bons princípios bíblicos tanto nas práticas eclesisiais quanto na doutrina. O resto são sombras que procuram tapar a Luz do Evangelho.
Não podemos, nem devemos esquecer, aqui em Portugal, que uma boa parte do movimento cristão-evangélico se expandiu com base no trabalho missionário que no início do século XX atravessou o atlântico rumo ao território português. Mesmo na actualidade, o trabalho cristão deve muito a missionários brasileiros que, guiados pela vontade de Deus, têm vindo até Portugal, muitas vezes mal compreendidos, senão mesmo mal aceites pela igreja local que vê neles um alvo a abater. Confunde-se regularmente a "nuvem com juno", colocando num mesmo saco os verdadeiros cristãos-evangélicos e homens de Deus esforçados, com oportunistas religiosos que, tendo sido desmascarados no Brasil, vêm até Portugal a coberto do desconhecimento local dos malefícios que provocaram à Obra de Deus do outro lado do mar.
O Evangelho em Portugal, em muitos aspectos, deve muito aos evangélicos no Brasil e ao seu investimento em prol da Obra de Deus aqui. Mas muitos erros foram cometidos quer por quem chegou, quer por quem estava. Como ouvia hoje de manhã num programa de rádio, "os portugueses são muito ciosos dos pequenos poderes", e isso é realmente característica endémica da nação e não necessariamente uma boa característica. Estou certo que um maior conhecimento sobre as realidades e diversidades culturais bem como as tradições de um e do outro lado do Atlântico, e nomeadamente no que à igreja cristã-evangélica diga respeito, só poderá trazer ainda mais vantagens à expansão do evangelho, especialmente em Portugal, país velho de séculos a carecer de um desafio de fé. É que a língua comum nem sempre é um factor de aproximação e, às vezes, pode ser mesmo de divisão se cada um dos povos e cada uma das igrejas, brasileira e portuguesa, não fizerem nada para, em primeiro lugar, conhecerem bem o que as pode unir e o que as pode afastar.
Por último, uma palavra de agradecimento a todos os Blogueiros cristãos evangélicos brasileiros, em especial aqueles de quem sou "cliente habitual" na busca de bons textos que visem o conhecimento, crescimento, desenvolvimento e amadurecimento de todos os que acessam o Ab-Integro.
Abraço também os meus amigos brasileiros nesta hora.
Obrigado por serem uma Benção e uma fonte permanente de inspiração.
Jacinto Lourenço