segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tudo para Serem Felizes...


(Janis Joplin )

Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Amy Winhouse, Whitney Houston. Nomes mais recentes ou  mais gastos pelo tempo, mas nomes que correspondem a pessoas, seres humanos de excepção no mundo da música ( e podíamos citar outros do designado show business ) que nos deixaram quase todos da mesma forma e pela mesma razão,  levados pelos excessos, por consumos de drogas e alcool que os conduziram ao lugar de onde não tiveram forças para sair e onde se renderam à morte. 

Aparentemente, na perspectiva da esmagadora maioria das pessoas, tinham tudo para serem felizes. A imprensa, as rádios, as televisões e o cinema, enfim a indústria ligada ao espectáculo trouxeram  as suas  vidas glamorosas para a ribalta. Mostraram o lado iluminado  do seus dia a dia. Os seus nomes, as suas vidas, as suas casas e carros, os seus actos, as suas carreiras vendiam e davam lucro a uma corte que só pensava em promover ainda mais a sua aura de grandes artistas para obterem ainda mais lucro. Mesmo quando  a vida das superstars globais está em baixa ou passa por "zonas negras", mesmo essas fases, por si só, continuam a dar lucros de milhões aos "vampiros" que circulam à sua volta. Pouco lhes importa o que se passa com a vida pessoal de cada cantor ou actor que atingiu o topo da fama. Para os "vampiros" as pessoas não contam, nem a sua individualidade. O que conta é que continuam a facturar até na sua desgraça e miséria humana, como se viu ultimamente com Amy Winehouse, que vendia provavelmente muito mais jornais e dava muito mais motivos de reportagem quando entrava embriagada ou drogada em palco.

As canções de Whitney Houston, traziam muitas vezes a mensagem do Amor de Deus. Deus que a amava e a quem, estamos certos, ela também amava. Infelizmente a cantora perdeu essa visão do Amor divino, deixou que Deus fosse substituido por adições que gradualmente a foram destruindo e à sua vontade de se manter perto de Jesus. Só aí estaria protegida das muitas armadilhas e ciladas que o mundo em que se inseria lança aos que o integram e frequentam esquecendo muitas vezes a equidistância que é necessário manter para lhe sobreviver.

Estou certo que muitos foram os cristãos que intercederam por ela, que a tentaram ajudar, apoiar, encaminhar; mostrar o Caminho. Estou certo que Deus a levantou muitas vezes e que  esteve, até ao último momento, empenhado no seu resgate. Mas Whitney não terá porventura tido forças nem vontade própria para percorrer o Caminho de volta para a vida com determinação, como não tiveram outros que fizeram escolhas semelhantes. Do outro lado, do lado  obscuro da vida, a morte insinuava-se há muito com futilidades e coisas simples. Tão simples que parece fácil. Fácil de mais. Tão fácil que é capaz de destruir a vontade e a dignidade de qualquer ser humano. 


( Whitney Houston )

Jacinto Lourenço