sábado, 30 de janeiro de 2010

" A Humanidade sob Ameaça " ou as Quatro Revoluções

O título que encima este texto é, parte dele, retirado de um artigo de opinião de Anselmo Borges no jornal Diário de Notícias .
Afirma o articulista que, na actualidade , há quatro revoluções em marcha: económica, cibernética, genética e ecológica. Cada uma delas, diz o autor, citando outros diferentes autores que discorreram sobre estes temas, levar-nos-á a um caminho que tem consignada uma interacção global da humanidade para que esta mantenha alguma esperança de sobrevivência. Depois, e em jeito de remate introdutório, Anselmo Borges conclui pela necessidade de uma "governança" mundial e por um diálogo inter-cultural e inter-religioso global.
Qualquer um de nós, mais ou menos atento aos problemas mundiais, poderia facilmente chegar a uma conclusão do mesmo género. Afinal de contas é a mais fácil. Mas a questão que resulta , é que , tal conclusão, não é nada original.
O articulista merece-nos todo o respeito, e não é apenas pelo facto de ser padre católico-romano que nem sempre é favorável às opiniões do Vaticano que olhamos para a sua capacidade intelectual com grande respeito, até porque, para além disso, trata-se de um professor e filósofo do nosso tempo que sabe discorrer, integradamente, sobre o mundo e a cultura de uma forma abrangente.
É por isso que eu acho que não ficaria nada mal ao professor Anselmo Borges, de vez em quando, fazer um esforço de integração da Palavra de Deus nas suas discorrências : equacionar a Palavra de Deus como suporte fundamental e essencial na explicação das coisas que nos acontecem, porque acontecem e a que nos levam. Talvez assim lhe fosse mais fácil perceber que as Quatro Revoluções de que fala hoje, no Diário de Notícias, no seu artigo de opinião, estão claramente integradas pela Bíblia Sagrada, no plano dos acontecimentos muito mais vastos para os quais a humanidade se dirige a grande velocidade. É também por isso que, desta vez, não chega a Anselmo Borges ser brilhante filósofo e eminente professor universitário para poder ser original.
Ter-lhe-ia sido necessário, igualmente, debruçar-se, sem ideias feitas, sobra a Bíblia Sagrada, para perceber que as ideias sobre as quais discorreu e as conclusões a que chegou são afinal um "dejà vu" bíblico, e isso qualquer cristão humilde, simples e conhecedor da Palavra de Deus lhe poderia explicar.
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Jacinto Lourenço