sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Herança Judaica de Évora




Cidade em que o centro histórico é Património Mundial da Unesco.

Desde a idade média que Évora era a segunda cidade portuguesa e devido também a essa importância muitas vezes aqui se reunia a Corte. A Judiaria era por isso uma das maiores do país. Já no séc. XIV foi solicitada a sua ampliação.
A herança judaica de Évora está hoje patente num vasto conjunto de portais ogivais góticos que se situam bem perto da Praça do Giraldo local de uma feira anual desde 1275 (Ruas do Reimondo, Moeda, Alconchel, Palmeira, entre outras), Mercadores (agora Rua da República, Tinhoso). Durante o séc. XV a judiaria chegou a ter duas sinagogas e todos os serviços inerentes a uma vasta comunidade; escola, hospital, estalagem, “ mikve” (local de banhos rituais) e mesmo aí teria existido uma gafaria (leprosaria).

A Biblioteca pública possui ainda hoje raridades tais como o famoso "Almanach Perpetuum"  de Abraham Zacuto (impresso em Leiria em 1496 e traduzido então por mestre José Vizinho) e o "Guia Náutico de Évora" (1516), obras que contribuíram para o avanço científico que Portugal registava então sobre a Europa. Em Évora sediou-se também uma das 7 ouvidorias jurídicas (tribunais judaicos portugueses).
A cidade foi igualmente sede de um dos tribunais da inquisição em Portugal, mais precisamente o que processou mais processos de acusação por judaísmo (cerca de 9.500). O Tribunal e o Palácio do Inquisidor de Évora encontram-se defronte ao museu de Évora e nas portas  ainda hoje se pode ver o brasão de armas do Santo Ofício.

Fonte: 

Via Eterna Sefarad