“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo”
Aquele que se levanta e pode mesmo apreciar
uma pequena nesga de sol discreto
no modo como entra no quarto
onde nada detém a sua língua de lume
Aquele que toca com as mãos na água fria
como se tocasse gota a gota
numa pérola
e depois em cada sombra de árvore
em cada caminho sente o verão
e habita num esconderijo
que tem no ar um perfume.
© João Tomaz Parreira
13-3-2012