Os alentejanos caiam a terra da casa de branco imaculada como a mãe farejam-na como cães
orégão poejo cardo para conduto do pão no touro no Sol e papoilas derramam sangue vermelho calam palavras e sonhos, lágrimas seca-as o vento só grilos cigarras e corvos quebram tanto silêncio!
sua esperança é ao nascer que o seu destino é partir tão antigo é esse anseio como a amargura de o fazer solidão de vagabundo de que meu corpo é possuído!
Maria José Lascas
in "Morada da Poesia, poetas celebram Manuel da Fonseca", desenhos de Manuel Passinhas e edição da C.M. de Castro Verde