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O Verdadeiro Ensaio sobre a Lucidez Cristã Evangélica

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domingo, 30 de agosto de 2009
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sábado, 29 de agosto de 2009
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Compreender as Dependências

"Caim" : A Secreta Esperança de Saramago

sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Crónica de Férias - 9 : De como o Alentejo me faz bem à Alma

quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A Ética da Vida e o Consenso Impossível

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Galileu : Um Preso de Cons(ciência) - 400 Anos de Telescópio
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Mosaico Romano posto a Descoberto em Alter do Chão

Um mosaico Romano, de grandes dimensões e “único” na Península Ibérica, foi descoberto durante os trabalhos de arqueologia que decorrem na cidade romana de Abelterium, em Alter do Chão (Portalegre), revelou o arqueólogo responsável.
Jorge António, arqueólogo na Câmara Municipal de Alter do Chão, considerou o mosaico “único na Península Ibérica” e garantiu que a descoberta tem “extraordinária importância”.
Esta peça arqueológica, que remonta ao século IV, foi encontrada há cerca de um ano, mas só agora foi divulgada, mantendo-se durante todos este tempo no “segredo dos deuses”(…). As ruínas da antiga cidade romana, onde vão continuar a ser realizadas escavações arqueológicas, “porque muito há ainda por descobrir”, segundo o arqueólogo Jorge António, vão ser abertas ao público a partir de 21 de Maio, dia do Município de Alter do Chão.
Publicado no jornal Diário de Notícias em 02 de Fevereiro de 2009
Ler aqui versão integral do texto
Crónica de Férias-8 : Alter do Chão / Abelterium

A Vila-Concelho de Alter do Chão, situa-se no Nordeste Alentejano de Portugal, fazendo Fronteira com outros Municípios pertencentes a pelo menos três distritos que dividem geograficamente o território . Integra, Alter do Chão, quanto a nós, uma região das mais marcantes na história portuguesa. Lembremos, por exemplo, algumas figuras a ela ligadas: D.António Prior do Crato ( “Prior do Crato” era o título dado ao superior da Ordem dos Hospitalários por possuir esta grandes domínios territoriais na zona do Crato, concelho que dista de Alter do Chão cerca de 13 Kilómetros ). D.João I, que antes de ser proclamado rei nas cortes de Coimbra, em Abril de 1385, na sequência da crise dinástica de 1383/1385, era Grão-Mestre da Ordem de Avis, ordem cuja sede se situou também na vila-concelho com o mesmo nome e que dista 18 Kilómetros de Alter. D. Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal no reinado de D. João I, nascido em Flor da Rosa ( pequena e interessante povoação encostada ao Crato e dona de uma excelente pousada inserida num antigo mosteiro, muito bem conservado ) e figura das mais relevantes da nossa história. José Régio, que em período muito mais recente elegeu a cidade de Portalegre como sua terra de adopção e onde lhe dedicaram uma casa-museu.
Pontuam igualmente esta região do Nordeste Alentejano, outras terras de igual importância, especialmente a nível turístico e económico, pautadas pelas belezas naturais, pelo património edificado e mesmo humano, bem como ainda pela produção de artigos tradicionais manufacturados no âmbito das diferentes actividades locais. Castelo de Vide e Marvão, Monforte, Fronteira, são povoações que, por uma ou outra razão, não podem deixar de ser visitadas, para além de outras, claro.
Voltando um pouco atrás, a Alter do Chão, destacamos o seu património edificado, como o Castelo de Alter, no centro da Vila, dono de uma arquitectura curiosa e de fácil alcance, mesmo para pessoas com dificuldades motoras. Em termos de acessibilidades para uma visita é notório o esforço feito pelos seus proprietários para que ninguém fique impossibilitado de a efectuar. Merece igualmente realce a Coudelaria de Alter, fundada em 1748 e onde são “produzidos” os famosos cavalos raça Alter. Roteiro obrigatório de qualquer viagem de lazer.
Particular destaque para uma das mais bem conservadas pontes romanas ( a ponte de Vila Formosa ) que conheço no nosso país. Situada na estrada que liga Alter do Chão a Ponte de Sôr, perto da vila de Seda. Esta ponte servia, até há bem pouco tempo, todo o tipo de trânsito, mesmo o pesado, que foi entretanto proibido, mantendo-se no entanto aberta para o restante tráfego rodoviário actual que a procura, até porque a alternativa seria de muitos Kilómetros para quem pretendesse fazer o trajecto actualmente ligado por esta infra-estrutura. Ponte de seis arcos e que resiste , intacta, na sua estrutura e arquitectura desde finais do século I, princípios do século II, A.D.
Enfim, como verificamos, toda uma região a merecer uma visita com algum “vagar”, como dirão os nossos “compadres alentejanos” que por lá habitam. Gente afável, acolhedora e trabalhadora. Infelizmente, o que lhes falta é trabalho, não a vontade de trabalhar.
Jacinto Lourenço