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O Hospital Real de Todos os Santos (HRTS) cuja edificação se iniciou em 1492, sofreu, tal como outros edifícios de Lisboa, graves danos causados pelo terramoto de 1755 e subsequente incêndio, tão ou mais destrutivo que o próprio terramoto. Ocupava toda a actual área da praça D. João I (Praça da Figueira), tendo por limites o Convento de S. Domingos a norte, a rua da Betesga a sul, rua do Borratém a nascente e a praça do Rossio a poente. Possivelmente no dia 1 de Novembro de 1755 não estaria a funcionar em pleno, em virtude de um outro grande incêndio ocorrido em Agosto de 1750, que lhe destruiu 11 enfermarias e quase todas as áreas adjacentes [1]. O terramoto e o incêndio foram arrasadores para a maioria dos edifícios de Lisboa, deixando-os numa espécie de “grau zero”. Os poucos testemunhos existentes sobre o HRTS sugerem que ficou bastante danificado. Ainda assim não se justifica falar em destruição total, porque através das escavações arqueológicas dirigidas pela Dr.ª Irisalva Moita em 1960 é perceptível a sobrevivência de algumas secções do hospital anteriores ao terramoto de 1755. Os trabalhos arqueológicos, na zona noroeste da praça do Rossio, identificaram parte da famosa arcaria da fachada principal. Puseram igualmente a descoberto o claustro noroeste e toda a área do piso térreo sob a enfermaria de Santa Clara, bem como a Ermida de Nossa Senhora do Amparo, a enfermaria dos entrevados e incuráveis e mais alguns compartimentos não identificados [2].
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