Já se sabia, várias grandes empresas colaboraram, com maior ou menor entusiasmo, com o 3º reich.
A IG Farben (que incluia a BASF, a Hoescht e a Bayer - esta patenteou em 1898 a heroína como antitússico para crianças, sem efeitos colaterais...) foi a maior doadora da campanha eleitoral de Hitler, produziu o ziklon B usado nas câmaras de gás e tinha uma avença anual com as SS, contra o fornecimento de prisioneiros (83.000) para trabalharam na sua fábrica de Auschwitz.
Também a Daimler-Benz apoiou os nazis, obtendo em troca reduções fiscais, contratos para a produção de armas e trabalhadores forçados.
O mesmo se passou com a BMW, com o pormenor do seu fundador, Helmut Quandt (os seus netos controlam hoja a empresa), se ter filiado no NSDAP em 1933 e ter recebido de Hitler, 4 anos depois, o impronunciável título de Werhwirtschaftsführer (líder da economia do Armamento).
Curiosa é a entusiasta colaboração de certo estilista, que se filiou em 1931 no partido nacional-socialista dos trabalhadores alemães, e que na década anterior (ainda Hitler liderava um grupúsculo bávaro) criou as espartanas fardas dos 'camisas castanhas', a claque para-militar do partido, das SS e da juventude nazi. Não destoando, pela sua fábrica passaram 140 trabalhadores forçados polacos ('angariados' pela gestapo) e 40 prisioneiros de guerra franceses - o que dá algum requinte à griffe...
A sua graça, Hugo Ferdinand Boss
Fonte: A Rês Pública