Somos resultado de tudo o que vivemos até hoje. Pelo menos, é nisso que muitos têm crido. Até a psicologia endossa tal teoria. Freud, o pai da psicanálise acreditava que o passado seria o factor determinante na formação da personalidade. Somos todos produtos dos nossos traumas e afectos. Alguns movimentos religiosos também subscrevem tal teoria. Alguns chegam a atribuir influência determinante às vidas passadas. Segundo esta doutrina, há um karma que nos acompanharia até o final de nossa caminhada existencial. Estaríamos fadados a pagar eventuais dívidas contraídas em vivências anteriores. Nem mesmo igrejas cristãs escapam desta visão. Algumas até promovem cultos no afã de quebrar eventuais maldições hereditárias, outras promovem cultos de cura interior, com direito a sessões de regressão. Teria o passado tanto peso assim? Será que Paulo errou ao declarar que aquele que está em Cristo é uma nova criatura, e que as coisas velhas se passaram, fazendo-se tudo novo? Ouso discordar com veemência de todos os que atribuem tal poder ao nosso passado, a ponto de interferir determinantemente em nosso presente. É claro que o passado exerce alguma influência, porém, não é determinante. Há algo que exerce influência muito maior, atraindo-nos para a frente.
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Projectados para o futuro
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Há algo lá na frente que nos atrai como um ímã. Se retrocedermos ao princípio de tudo, encontraremos Cristo, o Alfa, exercendo poder impulsionador, empurrando todas as coisas para frente. Se fôssemos remetidos para o futuro, lá encontraríamos Cristo, o Omega, exercendo Seu poder atractor. É por isso que o fluxo temporal segue a direção passado-futuro. Não se pode nadar contra a corrente. O ponto Alfa, início de tudo, impele, empurra para a frente. Enquanto o ponto Omega, que é o fim objectivo de tudo, atrai, puxa para a frente. [...]
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Por Hermes Fernandes *** Continuar a ler AQUI