quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sonda vai Estudar os "Humores" do Sol

( Imagem D.N.)

A Solar Dynamic Observatory é enviada dentro de uma semana para o espaço. O objectivo desta sonda é registar ao pormenor a actividade solar para melhor compreender os seus efeitos na Terra, nomeadamente os estragos que provoca nos nossos sistemas de telecomunicações

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Faltam sete dias para o lançamento da maior sonda jamais enviada para o espaço para estudar os "humores" do Sol. É a Solar Dynamics Observatory (SDO) da NASA, que parte para órbita no próximo dia 9, quando forem 15.36 (hora de Lisboa). A ideia é estudar com um detalhe sem precedentes os padrões da actividade solar, com os seus ciclos de 11 anos e as suas gigantescas explosões, para tentar compreender melhor o que está na sua origem e os seus efeitos na Terra e no espaço que a envolve. Nomeadamente no que diz respeito aos estragos potenciais nos sistemas de telecomunicações.

Com três toneladas e painéis solares com 6,5 metros de comprimento, a SDO leva consigo uma bateria de instrumentos que lhe permitirá registar em contínuo diferentes parâmetros do Sol.

Telescópios de alta definição produzirão imagens dez vezes mais nítidas do que as actuais televisões de alta definição, e em diferentes comprimentos de onda, para analisar as diferentes radiações do espectro luminoso.

São três as áreas de estudo que estão na mira desta missão. Uma delas é a medição das emissões de radiação ultravioleta que têm um impacte directo na alta atmosfera da Terra, aquecendo-a. Outra prende-se com o mapeamento dos campos magnéticos do Sol, para compreender a sua dinâmica. A terceira pretende estudar a atmosfera solar, graças a quatro telescópios que vão registar dados em dez comprimentos de onda do espectro luminoso.

"O Sol muda em cada momento em que olhamos para ele, nunca é o mesmo", disse, em conferência de imprensa, Dean Pesnell, um dos cientistas do projecto no centro espacial da NASA Goddard Space Flight Center.

Uma das questões essenciais em estudo prende-se com o ciclo da actividade solar, de cerca de 11 anos, em que a estrela alterna entre um pico mínimo e um pico máximo de actividade. Os cientistas pensam que isso tem que ver com alterações no campo magnético do Sol, mas desconhecem como isso acontece exactamente. Nos momentos de pico máximo da actividade solar, produzem-se na superfície da estrela explosões gigantescas que chegam a afectar os sistemas eléctricos na Terra, bem como os satélites e os sistemas de telecomunicações, podendo igualmente causar estragos na estação espacial internacional.

Compreender melhor estes humores potencialmente negativos, para se tentar desenvolver sistemas de protecção, é o propósito desta missão.

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In Diário de Notícias Online