terça-feira, 15 de março de 2011

Barbárie Inqualificável

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Udi Fogel, (37 anos), Ruth Fogel (36 anos), e os seus filhos Yoav (10 anos), Elad (4 anos) e Hadas (3 meses), foram assassinados sexta-feira à noite, enquanto dormiam. O crime foi cometido por um terrorista palestiniano das “Brigadas de Al-Aqsa” (ver Al Aqsa Brigades claims responsibility for West Bank killing). A brutalidade deste massacre deixa-me perplexo. Um leitor desatento poderá interrogar-se como será possível que alguém possa alguma vez considerar sequer a possibilidade de degolar uma pessoa, quanto mais uma família inteira; quanto mais uma criança de dez anos, e outra de quatro e ainda uma bebé de três meses. Mas um observador atento lê a descrição do massacre num site palestiniano ( “traduzido” para português via Google ) e compreende que a linguagem efusiva e as felicitações ao autor do crime apenas são possíveis numa sociedade que desumaniza “o outro”, que justifica e incita qualquer acto de terror contra qualquer israelita (bebés de três meses incluídos). Quem lê este blogue sabe onde me situo e saberá, por certo, que sempre defendi e defenderei a necessidade da paz. Mas, honestamente, como se pode falar de paz com alguém que olha uma bebé de três meses nos olhos para depois a degolar? Alguns virão lembrar que a Autoridade Palestiniana condenou o massacre. E que o Hamas negou qualquer envolvimento. Mas é a passividade (para não dizer pior) dos primeiros e o acicate constante dos últimos que mantém em lume brando o ódio extremo e a cultura de morte que permitem que uma família de cinco pessoas seja degolada enquanto dorme. E não me venham dizer que ser colono ou deixar de ser colono pode constituir uma justificação qualquer que atenue a gravidade do crime. Porque quem assim pensar estará muito próximo do nível de quem o perpetrou. + +
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