No dia seguinte, as grandes multidões que tinham vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém,
tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o rei de Israel !
( Lucas 12:12,13 )
Não era a primeira vez que Jesus estava em Jerusalém mas agora o Senhor sabia que iria ser diferente, alguns dias depois do domingo que passaria para a tradição cristã como o domingo de ramos, esta glorificação que lhe era prestada pelas multidões à entrada da cidade redundaria em sacrifício e morte para Cristo.
O trajecto terreno de Jesus teria terminado cinco dias depois de Ele ter acedido a Jerusalém e a história dos hebreus registaria apenas, se registasse, que por aqueles dias, um jovem rabi, com um grande dom de oratória e que até operara alguns milagres, fora considerado culpado por blasfemar do nome de Deus e que o Sinédrio o teria enviado aos romanos para que estes validassem a sua condenação e o crucificassem.
O dia que o cristianismo celebra hoje não existiria no calendário cristão se aquilo que se passou entre o domingo de ramos e o domingo de páscoa fosse apenas um mero episódio na história de um povo do médio oriente como tantos outros povos que por lá existem. O ministério de Jesus, pese embora a vontade dos judeus de então, não se quedou engulido por um sepúlcro. Cristo ressurgiu no domingo de páscoa e apareceu ressurrecto a muitos discípulos. Jesus não era apenas um simples rabi que falava muito bem e operara alguns milagres; Ele era o próprio Deus que tomara a forma de um homem para se dar em sacrifício vivo por todos os homens.
A partir desse momento, da ressurreição de Jesus, a história da humanidade mudaria para sempre. O relacionamento de Deus com os homens não voltaria a ser o mesmo; a páscoa não mais seria apenas uma festa de ritualização, uma passagem.
Este tempo pascal que vivemos faz parte da vida dos cristãos e indica a permanência do sangue de Cristo naqueles que o aceitam como Salvador . E isto muda tudo; desde logo porque o acesso de todos os homens a Deus se passou a fazer sem a necessidade de qualquer intermediário. Ou seja: passámos, todos, a ter acesso directo a Deus num relacionamento íntimo e pessoal falando com Ele acerca de tudo o que faz parte da nossa vida e das nossas preocupações.
Este tempo pascal que vivemos faz parte da vida dos cristãos e indica a permanência do sangue de Cristo naqueles que o aceitam como Salvador . E isto muda tudo; desde logo porque o acesso de todos os homens a Deus se passou a fazer sem a necessidade de qualquer intermediário. Ou seja: passámos, todos, a ter acesso directo a Deus num relacionamento íntimo e pessoal falando com Ele acerca de tudo o que faz parte da nossa vida e das nossas preocupações.
Cristo vive, aleluia, e isso é motivo de júbilo para todo o povo de Deus. Não precisamos usar mais de "vãs repetições" para com Ele porque o Senhor compreende a nossa linguagem e entende tudo aquilo que nos está na alma, mesmo até o que não lhe falamos. Não precisamos ter medo d'Ele, temos um Pai amoroso que conhece a nossa natureza. Temos um Senhor que tudo fez para se aproximar de nós e devemos entender isso como uma Graça particular de Alguém que nos ama profundamente. Afinal, foram as suas mãos que nos modelaram. O salmista disse: "As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos". É isto que Deus requer de nós, o entendimento da sua obra, da Sua Palavra que se projecta em cada ser humano. Foi por isto que Cristo foi à cruz, morreu e ressuscitou. A páscoa cristã, não é apenas um episódio histórico, é a verdadeira história e operação de Deus em movimento e que ninguém poderá parar, mesmo que a queiram negar.
Jacinto Lourenço