terça-feira, 12 de julho de 2011

" A tentativa de reintegração do Brasil (1823-1824) "


( D. Pedro de Souza & Holstein, Duque de Palmella, (gravura de Richard James Lane, sl.: s.n., ca. 1850 )


Na sequência do golpe de estado Vila francada, levado a cabo pelo infante D. Miguel nos dias 27 de maio a 3 de junho de 1823, foi nomeado um novo governo, conhecido como o governo dos inauferíveis direitos, na medida em que restituía ao rei D. João VI os direitos reais abolidos pela Constituição de 1822. Nesse governo estava o conde de Palmela na pasta dos Negócios Estrangeiros, que nas suas memórias descreve como sendo um dos objectivos primordiais do governo o regresso do Brasil ao domínio da monarquia portuguesa, objectivo. Só pela via diplomática Portugal poderia obter alguma vantagem nesse negócio, devido à situação económica e política débil e ao nítido favorecimento inglês à independência brasileira, condicionalismos que dificultavam a via militar como solução.

Descreve-nos o Duque de Palmela nas memórias: «A primeira tentativa, que naturalmente lembrou, foi a de solicitar a intervenção do Imperador da Áustria. Este, na qualidade de sogro do príncipe D. Pedro, interessado por isso na sua fortuna e bom nome, assim como pela sua condição de Soberano Legítimo, também devia influir na sustentação dos direitos da Coroa Portuguesa e parecia mais que ninguém indigitado para intervir nesta questão de um modo eficaz. O Gabinete austríaco, porém, contra a expectação de Portugal, recusou-se à intervenção solicitada, e conhecendo eu que esta recusa provinha do receio de ciúmes no Gabinete inglês, resolvi alterar o primeiro pedido e solicitar a mediação da Áustria conjuntamente com a Inglaterra, na esperança de neutralizar por este meio a parcialidade do Ministério inglês. Aceita esta proposta, entabulou-se em Londres uma negociação entre plenipotenciários portugueses e brasileiros debaixo da mediação do ministro britânico e do ministro austríaco. [...].


Ler Texto integral AQUI no Blogue de História e Estórias