!Y nadie sospechaba com qué temblor de urgencia
buscaba ella en la gente un resto de ternura!...
Andrés Quintanilla Buey
Diziam que ia ao poço
escondida sob o cântaro
que perdera já o olhar
varrendo o chão
a mulher samaritana
via apenas sombras
na água que do poço recolhia
ninguém suspeitava
que enchia de lágrimas o cântaro
Há quem diga que pecava
por um gesto de ternura
quando a rosa do sol incandescia
e trespassada de silêncio
se escondia, diziam
da mulher samaritana tanta coisa
ia ao poço para beber
da água repetida, na quietude frágil
da água, a sua vida.
João Tomaz Parreira
In blogue Papéis na Gaveta