sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Deus concedeu-nos o Dom de viver, compete-nos a nós Viver bem" - Voltaire



Passam hoje precisamente três anos que este blogue, uma página simples e necessariamente isenta de qualquer exercício de pretensiosimo, começou a ser editado. Nasceu no meio de um determinado contexto da minha vida pessoal. Foi uma coisa nova para mim, que sempre procurei proteger-me da exposição pública. Com o Ab-Integro assumia o risco dessa exposição, em várias vertentes, em particular a que incide sobre o meu pensamento e a forma como me posiciono no mundo e em relação a tudo o que me cerca. 

Poucos têm a coragem de assumir a ruptura de alguns mantos diáfonos que escondem fantasias que parecem querer camuflar. Ora, no que me diz respeito, nunca sustentei fantasias nem me escondi atrás de mantos de ilusão ou contrafacção da verdade. Tomo a vida por inteiro, como ela se apresenta e as minhas opções pessoais são disso consequência, para o bem, para o bom, mas também para as coisas menos positivas que me acontecem. Interrogo-me muitas vezes se poderia ter descrito  outra trajectória, sublimado os meus defeitos, melhorado as minhas virtudes. A resposta é sim e é não. Por um lado somos sempre resultado das nossas circunstâncias e das opções que tomamos face às mesmas, por outro lado há coisas que nunca conseguiremos mudar, que são intrínsecas a nós próprios, estão nos nossos genes e é isso que faz do ser humano a criação perfeita; somos, a um tempo, todos diferentes e todos iguais. Foi Voltaire que disse que "Deus concedeu-nos o dom de viver, compete-nos a nós viver bem" . O Ab-Integro é um pouco consequência desta perspectiva. Viver bem a vida de acordo com a visão daquele que no-la concedeu, sem peias, amarras ou receio de críticas daqueles que discordam de nós. Damo-nos, por inteiro, com toda a  frontalidade e lealdade à vida que recebemos dEle. Este blogue integra-se nesse propósito há três anos. Deus nos tem abençoado através dele e, se posso alimentar um desejo, é o de que continue por mais anos e que a sua influência,  positiva, se estenda a todos os que por aqui repousam o olhar. Bem hajam. Obrigado pela companhia nesta caminhada.

Jacinto Lourenço