quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mas afinal o que Fala esta gente com Alá quando Ora ?




Mais de 2500 polícias vão proteger as igrejas cristãs no Paquistão no fim de semana de Natal para impedir ataques de radicais islamitas.

Asia Bibi, acusada de blasfémia, é cristã e está presa apenas por ter ousado beber água do mesmo poço do que outras mulheres muçulmanas
As cerca de 430 igrejas cristãs existentes no Paquistão vão estar sujeitas a especiais medidas de seguranças no próximo fim de semana, que coincide com o período do Natal, para evitar ataques contra esta minoria, visada com regularidade pelos radicais fundamentalistas muçulmanos. 
"Vamos colocar cerca de 2500 polícias, entre os quais atiradores de elite, para os proteger no Natal", anunciou um porta-voz da polícia de Lahore, onde se concentra a maioria dos cristãos e dos seus lugares de culto. 
Estes representam apenas 3% da população paquistanesa.  
"Foram consideradas prioritárias 38 igrejas, das quais 20 onde os estrangeiros costumam assistir à missa de Natal". 
Quase cinco mil pessoas foram mortas em ataques de grupos fundamentalistas desde Julho de 2007, um quarto das vítimas são cristãos. 
Os cristãos são particularmente discriminados no Paquistão, como o prova o caso de Asia Bibi, uma mãe de família condenada à morte e actualmente na prisão por, alegadamente, ter insultado Maomé. 
O estado de Asia Bibi inspira, aliás, grande preocupação a ONG que defendem os direitos dos cristãos paquistaneses. Asia Bibi, de 46 anos, "está física e mentalmente muito debilitada", referiu um elemento que a visitou na prisão onde se encontra, no Penjabe.  
"Parecia muito nervosa, chorava e ria. Não conseguia fixar o olhar", disse um membro da Fundação Masihi. A cristã paquistanesa aguarda a decisão sobre um recurso no tribunal superior de Lahore. 
Um ministro cristão e uma outra figura política que falaram a favor de Asia Bibi foram assassinados no início de 2011. 
A jornalista francesa Anne Isabelle Tollet conta em co-autoria com Bibi a história da cristã paquistanesa no livro "Blasfémia", o qual esteve a promover recentemente em Portugal.