É inegável o contributo do povo judeu na construção da Europa e da cultura ocidental. Reconhecendo este facto, o Conselho Europeu de Cultura decidiu inscrever nos seus roteiros de turismo cultural uma Rota dos judeus. E esta rota tem-se revelado bem atractiva e capaz de cativar um nicho de mercado bem definido, de grande capacidade económica e elevado interesse cultural.
Por toda a Europa, muitas cidades e vilas procederam à elaboração de estudos de arqueologia e urbanismo judaico, com vista à definição das suas próprias rotas dos judeus.
Também em Portugal isso vem acontecendo e podem referir-se os casos de Coimbra, Viseu, Castelo de Vide, Belmonte…
Bragança é, sem qualquer dúvida, uma das terras portuguesas onde sobreleva o património judaico. A começar pelos homens que de Bragança partiram e foram em chãos estranhos fazer obras valorosas e erguer-se entre aqueles em quem poder não teve a morte – para usarmos a linguagem do autor de Os Lusíadas.
Mas há também monumentos de arquitectura que em Bragança nos falam da gente da nação hebreia que importa assinalar. E há gestos banais, usos e costumes… uma culinária que deles recebemos como herança.
E certamente que as dezenas de homens e mulheres que morreram nas cadeias da Inquisição e as centenas de outros que nelas sofreram a fé mosaica bem merecem ser recordadas em monumento a construir pela actual geração. Sim, as terras, tal como as pessoas, não podem perder a memória, porque a perda da memória é a mais terrível das doenças.[...]
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