“Quando olho diferente para um rico e para um pobre e considero o primeiro mais gente, ou algo assim, no fundo estou partilhando da ideia de que é o dinheiro que faz um ser humano. E se compartilho dessa ideia, preciso também ter coisas, comprar, para me tornar mais gente. Assim, surge a ansiedade para o consumo, porque anseio tornar-me mais gente. O consumo é visto como o caminho para a humanização.
É possível compreender, a partir disso, o desejo infindável de consumir. É o desejo de humanização. Mas a humanização não se encontra em produtos, não acontece com o acto da compra. No acto da compra, nos sentimos mais gente, nos sentimos melhor, porque já internalizamos essa maneira de ver a humanização pelo consumo. Mas, logo após desembrulhar o pacote e guardar a compra, parece que a realização humana se esvazia e desaparece no ar como fumaça.”
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Jung Mo Sung em Deus: Ilusão ou Realidade?***Via Laion Monteiro